Both Sides Now

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Willie e Alex vinham se encontrando mais e mais desde que se conheceram, e hoje ele queria lhe mostrar um de seus lugares preferidos. Willie disse que "você não viveu realmente sem ter andando de skate pelos chãos de um museu de arte contemporânea". Bom, Alex tentou lembrar ao Willie que, na verdade, eles não podiam viver, no momento, já que eram fantasmas, mas ele não parecia tão apegado à linguagem.

- Eu acho que isso não tem nada a ver com arte-  o loiro disse, parado na frente das portas fechadas - e trancadas - do museu. - Você só gosta de quebrar regras. 

- Talvez - respondeu. - Você deveria tentar algum dia.

- Nós vamos entrar ai, não vamos?

O moreno sorriu e pegou na mão do outro. Entre essas duas coisas, de repente Alex não ligava mais sobre quantas regras eles estariam quebrando. Ele teria seguido Willie para qualquer lugar... Uma vez que estavam dentro, Willie rapidamente pôs seu capacete.

- Irado - o loiro disse, absorvendo o grande e vazio espaço e os chãos de concreto. O átrio estava fechado para reformas e havia todos os tipos de cavaletes e coisas espalhadas - claramente uma pista de skate improvisada.

- E o espaço é todo nosso - Willie disso, saindo em cima do skate. Depois de um tempo contornando o redor das esculturas (as quais, o baterista tinha que admitir, o deixaram bem nervoso), ele deu uma pausa. - Ei, traz esse banco para cá. Eu vou tentar pular ele - ele apontou para algo gigante e feito de pedra. 

- Eu não consigo mover isso - Alex respondeu. - Eu mal posso mover coisas pequenas.

- Confia em mim - Willie riu. - Se você se concentrar em por toda sua energia nas suas mãos, você pode mover qualquer coisa. Aqui, vamos fazer juntos.

Juntos. "Eu gostei de como isso soou". Willie pegou uma ponta do banco e o loiro tentou pegar a outra, mas suas mãos passaram direto por ele, do mesmo jeito de sempre. 

- Acho que eu preciso começar a fazer umas flexões fantasmagóricas...

- Só precisa se concentrar - aconselhou.

- É, eu tenho dificuldade em me concentrar - admitiu. - Eu sempre fui muito ansioso, e então eu morri, o que não me acalmou.

Gentilmente, Willie colocou sua mão na dele. Ele o guiou de volta para o banco. Dessa vez, Alex imaginei sua energia como um feixe de luz, brilhando diretamente na sólida pedra do banco.

Perto... perto...

Se o banco se moveu, foi só um centímetro. Mas era algo. Ele sentiu. E isso era incrível.

- Nada mal - Willie disse, em aprovação. - Nós vamos continuar trabalhando nisso. Você vai ver - vai pegar isso rapidinho. - É por isso que você começou a tocar bateria? - ele continuou. - Para ajudar com a ansiedade?

- Basicamente. Não tem jeito melhor de esquecer seus problemas do que descontar numa bateria - o moreno o olhou como se estivesse pensando em algo. 

- Sabe o que faz eu me sentir melhor? Gritar em museus - ele deu um grande sorriso e soltou: - AHHHH!

- Ahh - Alex tentou.

- Você tem que fazer com o coração! - ele insistiu, o segurando. Ele se inclinou, tão perto que o loiro pôde sentir seu hálito quando ele abriu a boca para gritar de novo. - AHHHH!

- AHHHH! - Alex gritou, também. Ele finalmente libertou todo o estresse, todas as preocupações... vinte e cinco anos de choro! 

Agora os dois estavam gritando. Eles estavam rindo, também.

- É bom, né? - ele perguntou, seus olhos cintilando.

- É - respondeu. - É sim.

Alex estava falando sobre gritar, mas também estava falando sobre estar ali, naquele momento, com Willie.

ALL I WANT - Reggie Peters (HIATUS)Onde histórias criam vida. Descubra agora