Samuel P.O.V
Eu observava minha mãe e Evie conversando e pensava no que Tamires estaria se metendo.
— Filho? - Minha mãe me chamou.
— Oi? - Olhei para ela.
— Sabe que existem grandes chances dos Sanchez estarem envolvidos nisso, não sabe ? - Ela perguntou.
— Eu sei. - Respondi.
— Quem garante que a Tamires não está envolvida nisso? - Evie disse e se levantou.
— O que você quer dizer? - Questionei.
— Os Sanchez odeiam os Northside, aí ela se aproxima de você e o acidente acontece, é a vingança perfeita. - Evie disse.
— Não seja leviana, Evie. - Minha mãe disse.
— Dona Yanai, Samuel foi ameaçado por um Sanchez e quase dois dias depois o acidente aconteceu. - Evie disse e foi interrompida por mim.
— E isso não significa que ela é parte disso e muito menos que ela saiba de alguma coisa. - Respondi.
Evie não disse mais nada e saiu do quarto, desde o início ela não havia simpatizado com Tamires, mas acusa-la de estar envolvida nessa história é maluquice.
Encarei o teto branco do hospital e fiquei pensando em tudo que havia acontecido, Kauê havia me ameaçado e ele havia quase comprido sua ameaça, com tudo, não havia nada que o ligasse ao acidente.
Toda essa história era mais complicada e problemática do que eu imaginei, quem era inocente e quem era culpado nisso? De que lado estava a verdade?
As únicas pessoas que podiam resolver toda essa confusão estão mortos.
— Mãe, a senhora não encontrou nenhum papel estranho, nas coisas do meu pai? - Questionei.
— Se você considerar estranho fotos de conversas entre Raul e outra mulher e fotos de encontros deles. - Minha mãe disse.
— Quando achou elas ? - Perguntei surpreso.
— Tem alguns dias, Samuel, Kátia, a mãe da Tamires, nunca cometeu suicídio. - Minha mãe disse.
As teorias da Tamires estavam certas, Raul Sanchez havia matado a própria esposa e feito tudo parecer suicídio.
A porta do quarto foi aperta rapidamente e por ela passou um Raví com cabelos bagunçados, nas mãos, uma pasta e uma feição preocupada.
— Cara, você não vai acreditar. - Raví disse.
Tamires P.O.V
Eu havia saído da casa dos meus irmãos e estava indo para a empresa, mas no caminho encontrei uma garotinha, de cabelos castanhos claros, ela devia ter uns cinco anos, a mesma se aproximou de mim.
— Tem uma moedinha ? - Ela perguntou e me estendeu a mão.
Senti meus olhos encherem d'água e coloquei a mão dentro da bolsa.
— Pegue e vá comprar algo naquela loja ali. - Entreguei um pouco de dinheiro nas mãos dela e apontei para a loja.
A garotinha sorriu e saiu pela direção que indiquei.
Enquanto andava até a empresa, mandei mensagem para Kaique, pedi à ele que buscasse a garota e a levasse até um orfanato.
Antes de entrar na empresa, ouvi alguém chamar meu nome e quando me virei, vi Talita parada um pouco a minha frente, ela levantou a mão e me deu... tchau?
O que ela estava fazendo aqui?
Depois de toda a confusão que causou, ela devia ter vergonha de aparecer na minha frente outra vez.
Senti alguma coisa bater na minha cabeça e tudo escureceu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Opostos
Teen FictionTodo amor enfrenta barreiras e esse nada seria diferente. Ela:é irritada e temperamental. Ele:é calmo e tranquilo. Ela:é órfã de pai e mãe. Ele:tem o pai entre a vida e a morte em uma cama de hospital. Será que dessas diferenças pode surgir um amor...