Capítulo 10

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Tamires P.O.V

Quando acordei na manhã seguinte, olhei para o relógio na mesa de cabeceira ao meu lado e vi que  estava atrasada.
Levantei rapidamente, tomei banho, troquei de roupa, comi alguma coisa e segui para a empresa, onde eu tinha que encarar meus irmãos.

— Bom dia Senhorita Sanches. - Uma das secretárias me comprimentou e eu respondi com a cabeça.

Cheguei na minha sala e já dei de cara com Gabriel sentado.

Essa hora da manhã, ele já está querendo encher minha pouca paciência?

— O que você quer? - Perguntei.

— Sua noite foi boa, em ? - Ele falou e eu franzi as sombrancelhas.

— Como assim? - Questionei.

— Você e o preguiçoso do Northside estavam em um encontro ontem, não foi? - Meu irmão se levantou e encarou meus olhos.

— Andou espionando minha vida ? - Cruzei os braços.

— Francamente irmãzinha, você merece coisa melhor do que o Northside. - Ele disse e colocou as mãos nos meus ombros.

— E quem é você pra dizer o que eu mereço? - Retirei duas mãos dos meus ombros.

— Sou seu irmão. - Gabriel respondeu.

Respirei fundo tentando me acalmar e não matar meu irmão.
Desde que virei amiga do Samuel e da família dele, meus irmãos insistem que os Northside não prestam, que são um bando de manipuladores e várias outras coisas.

Toda essa implicância me irrita!

As vezes eu penso que eles tomaram o ódio do meu pai pelos Northside não é possível, duas pessoas odiarem tanto outras duas pessoas que nunca fizeram nada a eles.

— Saí. - Falei e apontei para a porta.

— Está me expulsando? - Ele perguntou.

Não, estou te convidando para um chá.

— Sim. - Dei as costas a ele.

Ouvi a porta da sala abrir e depois bater com força.

Eu não sei o que é pior o temperamento irritante do meu irmão ou essa sensação de que algo ruim vai acontecer.

Balancei a cabeça afastando os pensamentos e resolvi me concentrar no trabalho.

•••

Eu havia passado a manhã inteira na minha sala e agora estava terminando uma reunião com uma das herdeiras da Dragon Company.

— Tenho certeza que não vai se arrepender, Senhorita Sanchez. - A mulher a minha frente disse, ela tinha seus cabelos escuros, com algumas mechas azuis, olhos castanhos escuros e ostentava a marca registrada dos donos daquela empresa; uma marca  que parecia um dragão, a dela era no colo.

— Eu digo o mesmo senhora Garcia. - Levantei e estendi minha mão.

— Me chame de Melissa, não sou tão velha assim. - Ela disse e apertou minha mão. - Se quer um concelho, siga seu coração.

Fiquei sem saber como reagir, vi a mulher sair da minha sala e fiquei pensando no que ela queria dizer.

Samuel P.O.V

Eu estava dando uma olhada em alguns papéis, quando minha mãe entrou.

— Podemos conversar? - Ela me perguntou.

— Claro. - Me arrumei na cadeira.

— Você sabe que eu amo você e que desde a morte do seu pai, sua opinião é muito importante pra mim e como somos só eu e você, eu queria saber a sua opinião sobre uma coisa. - Ela disse e pegou na m minha mão.

— Alguma coisa errada? - Encarei seus olhos.

— O que você achou do Ítalo? - Ela perguntou.

— Vocês estão saindo? - Questionei.

— Sim. - Minha mãe disse.

— Se você está feliz, eu também estou. - Sorri para ela.

— Você é um filho incrível e me lembra muito seu pai. - Ela disse.

Levantei de onde estava e abracei minha mãe.
Eu estava preocupado com essa história? Estava, mas podia ser apenas a preocupação de um filho em relação a sua mãe.

— Vamos jantar todos juntos hoje e convide a Tamires. - Minha mãe falou.

Ri do seu jeito e concordei com a cabeça.

Minha mãe, assim como eu, sentia falta do meu pai, mas ela estava seguindo em frente e isso me deixava feliz.

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