chapter 1

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Los Angeles × 2020

POV's S/n

A semana havia sido cansativa por causa da escola e do meu estágio arranjado, podendo assim o chamar, pois a Emma — a vizinha do apartamento ao lado — o arranjou para mim, quando soube do meu amor pela biologia marinha.

Acho que tive muita sorte de a ter conhecido. Já que eu vim para Los Angeles pensando em estudar biologia marinha na faculdade, porque no Brasil há poucas oportunidades de trabalho.

Enfim, hoje é final de semana e como eu prometi a mim mesma, irei tirar um dia de descanso. Além disso, não me taxem de doida ao saber o que faço para descansar, ou melhor, renovar as energias.

Eu irei sair para andar de patins no parque que há na frente do meu apartamento. Isso será como uma recompensa pela minha nota A (10) que tirei esse semestre. Já que foi difícil ter que estudar, enquanto fazia as coisas do estágio, mas eu sou guerreira e venci! Agora irei poder tirar um dia de descanso fazendo o que gosto.

Desde que me entendo por gente eu amo patins. Eu sempre fui muito cuidadosa no quesito de não me machucar os usando, eu cai apenas duas vezes, e não me machuquei tanto. Mas com o passar do tempo, bom, eu acabei pegando o jeito e hoje eu ando correndo como se não tivesse medo de cair.

× × ×

Peguei os patins e saí do meu apartamento.

A rua estava movimentada, então tive que esperar alguns minutos antes de a atravessar.

Mas por sorte, hoje estou de bom humor, porque se não, na primeira oportunidade eu atravessava a rua correndo, mesmo se o sinal de pedestres estivesse fechado.

Eu não tenho paciência para ficar esperando os segundos do sinal, mas quando estou de bom humor já é outro assunto.

Quando cheguei no parque, inspirei, involuntariamente. Amo sentir o cheiro da natureza, e para completar, ainda choveu de madrugada, então o cheiro de terra molhada está no ar.

O dia esta belo para uma caminhada no parque, pois o céu esta limpo e azul.

× × ×


Me sentei em um banco e coloquei os patins.

— Preciso tomar cuidado, pois há muitas crianças correndo por aqui. — pensei alto.

Me levantei do banco e comecei a andar. Havia várias famílias fazendo piquinique e se divertindo, acabei sorrindo ao ver essas cenas. E um sentimento de tristeza repentina me abraçou.

— Já sinto falta de casa. — suspirei.

Continuei andando, e cada vez pegando mais e mais velocidade.

E, por alguma razão, o meu "sinal" de: "Cuidado, não corra tanto!" não havia apitado, então eu apenas continuei pegando mais velocidade.

Ah, isso de sinal é apenas o meu amor pela vida me dando um soco na cara e me fazendo acordar, e parar de ser doida e ter mais cuidado com a mesma, vulgo, a vida.

E, de repete, uma criança que estava correndo parou no meu caminho, eu estava indo em alta velocidade. Ele estava ouvindo a sua mãe falar algo, e quando a mulher me notou, gritou:

October 20th, 2020Onde histórias criam vida. Descubra agora