XXII. O Clube Yag e... Park Sooyoung

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Os dedos ágeis de Yuri não se enrolaram, ao contrário da voz da própria, ao agarrar o rosto fragilizado de Yena. A pobre garota estava a um passo de um surto, diferente da mais baixa, que parecia inerte a aquilo tudo.

— Choi Yena, por favor — ela suplicou, completamente desesperada com a ideia de a perder.

— Por favor o que, Yuri? — ela engoliu o amontoado de saliva que se formava na boca e a avisava que talvez pudesse vomitar. — Você não é capaz de perdir para que eu fique.

— Mas sou capaz de falar que te amo.

(×)

Seulgi batucou os dedos no celular, atitude que antigamente fazia com o lápis contra as folhas de seu caderno. Estava completamente nervosa, mas conseguia disfarçar quando algum aluno passava por si. Seu nervosismo todo se dava o fato de que em seus romances eróticos, estava acostumada a focar na parte erótica, se esquecendo do romance. Estava focada a arrancar alguma segurança dentro de si, imaginando que seus leitores poderiam sim, ficar tocados. Estava no final do seu projeto e as personagens estavam mais sensíveis, logo, os leitores também, certo?

Ela suspirou, jogando o celular ao seu lado, na mesa em que estava sentada. Fez uma breve conta de quando postaria o capítulo, e deu um sorriso satisfeito, um sorriso orgulhoso de si mesma. Escrevia essa história desde que entrou no ensino médio, e era gratificante terminar o projeto.

Seus olhos finalmente se ergueram depois de tanto tempo, e percebeu que estava sozinha na sala de aula. Os murmúrios distantes ecoavam sobre as paredes, dos adolescentes em seus intervalos. Seulgi suspirou, cogitando ficar ali o intervalo todo, mas se lembrou rápido de que essas duas semanas que se passaram em um borrão, ou estava colada a Bae Joohyun - trocando alguns beijinhos eventualmente, mas quem perguntou? - ou estava grudada ao celular. Seus amigos estavam prestes a cortar sua cabeça por isso.

Wendy era a que mais cobrava, geralmente mandando áudios enfurecidos pelo celular dizendo que iria mata-la antes de inventar xingamentos novos e especiais para a Kang. Minutos depois, estava completamente manhosa a beira do choro, perguntando se, por acaso, Kang Seulgi começara a lhe odiar do nada.

— Está olhando para a parede por quê?

A voz ecoou da porta até si, ou seja, escutou a garota ao seu lado e não demorou nada para balançar a cabeça.

— Nada, estou pensativa — piscou os olhos, como se o ato a fizesse acordar. — Oi, Joohyunnie.

Bae Joohyun sorriu.

— Oi, Seulginnie — a mais velha deu um beijo na bochecha da outra, que segurou um sorriso idiota. — Tô com fome, vamos comer?

Antes da Kang ter a chance de responder, foi puxada por Joo. As duas saíram correndo da sala e Joohyun a guiou até o grande refeitório. Elas entraram de uma vez, atraindo alguns olhares. Não foi nada difícil acharem a mesa lotada com os amigos de Seulgi, que estavam ocupados demais rindo uns dos outros para notar a Bae e a Kang. As duas se aproximaram, e logo, ambas estavam com as sombrancelhas franzidas, e com um bom motivo; Son Seungwan ria alto o suficiente para todos escutarem, com o olhar apaixonadamente preso a Yerim que, ao seu lado, ria mais timidamente.

— Eu... Eu acho que perdi alguma coisa — Seulgi chegou mais perto, atraindo a atenção de todo mundo.

— Você começou a ficar grudada para lá e para cá com a Joohyun sunbae e não percebeu isso — disse Baekhyun, comendo biscoitos.

MY (SEX) BOOK ⌇ seulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora