XII. O Pior dos Casos

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Seulgi se olhou brevemente no espelho, vendo o reflexo sorrir e se contorcer em uma careta nervosa. O universo não deveria gostar muito dela, porque depois do que aconteceu no Sábado a noite, o dia de Domingo havia passado em um piscar de olhos, para o seu completo azar. Agora, em plena Segunda-feira, sua ideia de que deveria largar as escola e ir vender arte na praia era cada vez mais aceita.

A cada semana que começava, Seulgi tinha que lidar com um possível alguém da escola. Ah, como era ótimo.

Ela pegou a mochila que estava em cima da cama e saiu no corredor, e apesar do sono, hoje ela se sentia eufórica.

— Vamos, Yeo.

Gritou consideravelmente alto, passando pela porta do quarto do irmão e deixando suas batidas na porta. Estava pronta para descer as escadas quando escutou uma buzina do lado de fora da casa. Seus pés automaticamente pararam e sua testa se franziu.

— Ué, o Sehun veio buscar a gente? — Kang Yeosang colocou a cabeça para fora, igualmente confuso.

— Não sei...

Eles desceram as escadas rapidamente e quando Seulgi passou pela cozinha, pegou uma maçã do fruteiro e a levou direto para a boca, a mordendo. Ela abriu a porta, dando de cara com um Baekhyun para fora da janela do carro com um sorriso animado de mais para qualquer adolescente normal, ainda mais as sete da manhã.

— Oi, querida! — o sorriso pareceu brilhar, ele estava mesmo de bom humor.

— Por Deus, Baekhyun, são sete da manhã... — a voz rouca da Kang anunciava que ela ainda estava morrendo de sono. Ela se aproximou lentamente do carro, puxando a porta de trás e se enfiando para dentro. — Boa sorte para ir a pé, maninho.

O rosto de Yeosang ficou pálido como se ele fosse chorar por isso, ele iria abrir a boca para contestar quando Seulgi o fez primeiro, mas foi para rir.

— Eu tô brincando, entra aí.

Ela chegou para o lado e o irmão, que ficou um pouco sem jeito, entrou pela mesma porta. Sehun era quatro anos mais velho do que ele e Baekhyun era dois, mas na sua cabeça, isso era uma diferença enorme.

— Oi, hyungs — ele murmurou, e Seulgi quis rir pela timidez repentina.

— Ah, Yeosang! Quanto tempo! — Baekhyun praticamente pulou no banco, e todos no carro escutaram o rangido que ele fez. Sehun mordeu os lábios e Seulgi chegou perto de si, em um ar divertido.

— Tem forçado muito o banco desde que o Baek chegou, não é, Sehunnie? — ela perguntou e literalmente um segundo depois, Oh Sehun tossia no banco da frente.

— Cala a boca!

— Você está mais bonito, Baekhyun hyung — Yeosang murmurou, fazendo Seulgi estranhar e arquear uma sobrancelha.

— Yah, para de puxar o saco dele! — Seulgi empurrou Yeosang que riu sem jeito.

O Sehun deu partida no carro e ele começou a andar lentamente, antes de pegar mais velocidade e seguir pela rua. Seulgi se derramou no banco velho e sacou seu celular, a postura tentando claramente esconder o pequeno nervosismo a que estava aumentando com o passar do tempo.

— Eu não sabia que você iria vir me buscar, Hunnie — ela murmurou, abrindo o aplicativo de livros e tentando escrever alguma coisa para Carnal, enquanto comia a maçã.

— Eu te mandei mensagem Domingo de madrugada, não viu? — o garoto respondeu, em um tom de que sabia o que tinha acontecido.

— Ela vê as suas mensagens!? — o tom abismado de Byun Baekhyun abafou o resmungo baixo da garota quando não veio nada a sua cabeça, e ela apagou o celular, irritada. — As minhas nem chegam!

MY (SEX) BOOK ⌇ seulreneOnde histórias criam vida. Descubra agora