oie. vou deixar uma atualizacao dupla hoje
Camila nunca tinha sentido seu sangue ferver e a experiência definitivamente não lhe agradou. Ao ouvir as palavras de Dona Eduarda, Camila quis chorar e matar alguém ao mesmo tempo. Não sabia bem como era possível.
Dona Eduarda ainda a observava esperando uma reação, mas Camila estava muda e permaneceu assim enquanto subia as escadas até o quarto do pai.
Ela entrou sem bater. Ainda bem que Celeste não estava na Estância.
- Por quê?
Ela perguntou a Alejandro, mas ele apenas franziu as sobrancelhas como se não tivesse entendido.
- O quê?
- Por que você vendeu meu cavalo?
- Ah, isso. Eu te falei que precisava do dinheiro. E aqui tem outros cavalos, pensei que não precisasse mais daquele.
- Ah, você pensou? – Camila perguntou irônica automaticamente abrindo seu sorrisinho torto.
- Sim. – ele deu de ombros.
- Entendi. Então você pegou o meu cavalo e vendeu sem falar comigo, porque pensou que eu não ia mais precisar?
- Isso.
Camila riu.
- Eu quero meu cavalo de volta. – ela falou assumindo uma postura séria que Alejandro provavelmente nunca vira. E saiu batendo a porta, sem dizer mais nada.
-/-
Sara e Camila conversavam na sala. Os ex-peões da estância se alojaram em seus antigos aposentos, e dona Eduarda foi descansar enquanto Ava estudava.
- Então, eu tive uma ideia sobre isso. – Sara falava. – A gente podia fazer um núcleo de decisões. Fechado e com poucas pessoas pra não virar bagunça. Tipo eu, você, a Ava e quem eles escolherem de líder. A gente toma decisões e o líder leva até eles e vice-versa. Eu acho que pode funcionar.
- Sim, eu acho também. Mas tem outra coisa me preocupando. Primeiro é onde vamos erguer esse lugar. E segundo com que dinheiro.
- Eu acho que a primeira coisa que a gente tem que fazer é colocar a estância pra produzir. Com coisas simples e que dão lucro em curto prazo. Mas pra isso, lógico, a gente vai ter que desembolsar alguma coisa.
- Sim, concordo. A gente precisava de um patrocinador, isso sim. Alguém com o dinheiro do Pete, por exemplo.
Sara riu. – Sim. Algo assim.
As duas foram interrompidas por Celeste descendo as escadas.
- Camila? Posso falar com você?
- Claro. – Camila se levantou e levou a madrasta até o escritório. – Está tudo bem?
- Sim. Eu queria te entregar isso. – e coloco um bolo de dinheiro na mão da outra. – Eu cheguei e seu pai me contou o que fez, não achei certo.
- Bacana, mas isso não me ajuda em nada. Eu não sei pra quem ele vendeu.
- Bom, ele me disse. Ele vendeu... pro Pete.
E mais uma vez o sangue de Camila estava fervendo. Parece que ela deveria se acostumar àquela sensação.
- Você tem certeza? – ela perguntou a Celeste.
- Sim. Ele me disse.
Camila apenas assentiu e saiu, sem dar explicações. Pegou as chaves do Jeep de Sara, que guardou suas perguntas para si mesma, e pegou a estrada a caminho da fazenda dos Steinfeld. Camila dirigia com lágrimas nos olhos, sentindo o peso de ter sido traída pelo pai mais uma vez. Ao mesmo tempo, a raiva lhe preenchia os olhos. Aquilo parecia quase um complô dos dois para lhe machucar e humilhar.
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Araguaia
FanfictionÀs margens do rio Araguaia, Hailee Steinfeld estava acostumada com sua vida regrada e ditada por seu pai. Até que um dia a chegada de uma desconhecida revira toda a vida dos moradores da região, inclusive a vida de Hailee. *eu escrevi essa históri...