Girassóis amarelos

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oi mais uma vez! (:


Na mesa do café da manhã, Ava passou um recado desagradável para Camila.

- Tem certeza que ele quer falar comigo?

- Parece que sim. – Ava confirmou. – Estava passando na cidade quando Griffin me avisou. Não disse mais nada sobre o assunto.

- Será que ele vai te matar e enterrar seu corpo lá mesmo? – Sara sondou.

- Não duvido. – dona Eduarda disse. – A gente pode esperar qualquer coisa daquele homem. Toma cuidado, Camila.

- Vou tomar.

- Acho que é sobre a dívida. – Ava especulou. – Agora que a cidade está funcionando, certeza que ele vai querer mexer nas dívidas.

- Nem fala que atrai. – Camila resmungou. – Só de pensar em falar nesse assunto já me sobe o ódio.

Todos sorriram conhecendo o gênio de Camila.

A menina saiu da estância logo depois do café da manhã, cavalgando preguiçosamente em Vênus. Não tinha pressa em encontrar Pete. Adentou as portas da fazenda e encontrou – novamente – a família toda a esperando na sala.

- Bom dia.

- Camila! Estava te esperando, guria. – Pete disse se levantando.

Camila apenas o encarou desconfiada, aquela simpatia não era normal.

- Vamos até o escritório conversar.

Pete sentou satisfeito em sua cadeira, aumentando a desconfiança de Camila.

- Eu tenho uma proposta para ti.

- Que tipo de proposta?

- Para que você pague a dívida finalmente comigo.

- Estou ouvindo.

- Eu quero você domando meus cavalos. Ouvi falar que você é boa, estou precisando.

Camila ficou confusa, o que ele queria afinal?

- É claro que vamos abater no valor das parcelas tudo isso.

- Quanto?

- 50%.

- Ok.

- Ok? – Pete perguntou.

- Ok.

- Esteja aqui hoje à tarde.

Camila assentiu e se levantou.

- Pete, eu sei que não precisa de domador e que com certeza não queria que eu mexesse com seus animais. Sei que me quer aqui pra me humilhar e parecer sair por cima, como faz com todos aqui.

- Você não...

- Mas eu disse que faria o que pudesse pra manter a Estância e farei. Não é meia dúzia de cavalos que vai me fazer virar as costas.

Pete ainda ia falar algo, mas Camila não deixou e simplesmente saiu batendo a porta – como fazia toda vez que ia até aquela casa.

- Camila? – Hailee chamou, mas Camila não parou até chegar em seu cavalo. – Camila! O que foi dessa vez?

Camila endureceu a mandíbula.

- O de sempre. O que esperar, não é mesmo?

- Ele estava animado, não te chamou aqui pra brigar.

- Animado. – Camila sorriu em escárnio. – E o que anima aquele homem além de humilhação e trabalho escravo?

- Camila? O meu pai não...

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