O espírito de Apoêna

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oie. sim, eu usei o >mesmo< plot da novela.


Flashback

Celeste passeava pelas obras recém-começadas quando algo na floresta a chamou atenção. Um índio vagava pela mata, acompanhando seus passos. Quando Celeste parou, ele também parou. Estranhando aquilo, seu primeiro instinto foi sair de perto, mas algo a segurava ali.

- Quem é você? – Celeste perguntou.

O rapaz não respondeu, apenas virou as costas e sumiu mata adentro. O comportamento se repetiu por vários dias. Celeste tentava fazer contato e o homem sumia sem falar nada.

Um dia Celeste decidiu não ficar mais na curiosidade, e quando o homem entrou na mata, ela entrou atrás. Seguiram um longo caminho até chegar ao que parecia um acampamento. O homem parou ao lado de uma mulher.

- O espírito de Apoêna. – ele disse.

- Espírito?

- O espírito de Apoena precisa se comunicar com você.

- Por quê?

- O que sabe da sua herança, menina? – o espírito perguntou.

- Minha herança? Quem são vocês?

- Sua família. – o homem disse.

Celeste franziu o cenho, assustada com aquela situação e saiu correndo da mata.

Muitos dias depois, Celeste voltou àquele lugar. E voltou várias vezes, durante algum tempo, sempre ouvindo mais coisas sobre sua descendência.

Celeste nunca havia conhecido a mãe ou o pai. Não sabia de nenhum parente vivo e, se fosse sincera, estava cansada de estar sozinha. Ouvir sobre sua história, seus antepassados, acendeu a chama de familiaridade. Aos poucos, foi inserida na cultura de sua família.

Naquela noite específica, Celeste recebeu a primeira pintura a qual era costume de sua tribo fazer no corpo. Um desenho pequeno nas costas que ficaria escondido a menos que ela quisesse que soubessem.

- Onde estava? – Camila perguntou.

- Por aí. – ela disse evasiva. – Fui espairecer.

- Ok... mas você sabe que pode perigoso? Quer dizer, você toma cuidado nessas matas? – Ava perguntou.

- Não tem nada de perigoso na mata. – ela respondeu rude e deixou as duas sozinhas na varanda.

-/-

No outro dia, Camila resolveu ir de manhã a fazenda de Pete já que a tarde estaria cuidando de assuntos relacionados ao campo de girassóis. Colocou jeans velhos, botinas, uma camisa xadrez azul e um boné preto virado para trás.

- Quando vai parar de usar essas coisas na cabeça? Esconde seu cabelo. – dona Eduarda dizia toda vez que a via usar um boné.

Camila tomou café da manhã com Ava e dona Eduarda e saiu cavalgando em Vênus para a fazenda dos Steinfeld.

Quando chegou, encontrou Hailee cuidando (tentando cuidar) dos cavalos que ainda precisavam ser domados.

- Bom dia. Eu estou procurando uma mulher alta com olho quase verde igual o mar e pose de princesinha do papai.

Hailee riu antes de se virar pra ver quem era.

- Fico impressionada como você consegue manter o humor nesse nível essa hora da manhã.

Hailee se aproximou e puxou Camila pela cintura, beijando seus lábios.

- Alguém não gosta de acordar cedo. Jura?

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