🌼 Açucena 📚
Assim que verifiquei em todos os lugares estavam okay fui até a enfermaria para ver o Danilo. E ele acordou e gritando de dor.
-Sossega criatura.- Mandei tentando deixar ele parado e ele parou.
-Açucena? Cadê a Aruna?- Questionou ele, mas olhando para os lados.
-Está na enfermaria da creche e se acalma. Sua filha está comigo. Policiais estavam aqui e Deus lhe deu livramento pois eles não te viram.- Informei e ele suspirou aliviado. -Mas tem uma bala dentro de você precisamos ir ao um hospital.-
-Não vou ao hospital, eles vão me prender assim que eu receber alta.- Concluiu ficando agitado novamente.
-Danilo me escute bem. Vamos para o hospital sim, você está perdendo muito sangue. Se continuar assim você irá morrer.- Alertei tentando deixar ele quieto. -Para Danilo!-
-Melhor eu morrer mesmo.- Resmungou ele e eu dei um tapa na sua cara.
-Olha aqui seu pamonha. Ocê não vai ficar na minha consciência me atormentando por ter deixado ocê morrer. Não agora que eu te perdoei. Não agora que eu enfrentei um bandido armado, te carreguei até aqui com sua filha, aguentei policiais me questionando. Não mesmo.- Acusei tentando me acalmar.
-Desculpa, eu só ferro com a sua vida.- Lamentou e eu o encarei. -Tipo desde o início você foi tolerante comigo, mesmo quando eu te esculhambava, teve paciência e ainda me trata com respeito até hoje. Fiquei até feliz pelo tapa. Mas não mereço seu perdão Açucena.- Confessou ele segurando a minha mão e a beijou.
-Não somos merecedores Danilo, de perdão ou de amor. Temos defeitos e desculpa pelo tapa. Mas esse perdão não vem de mim e sim de Deus, que me ajudou, assim como me perdoou.- Expliquei e ele segurava firme a minha mão. E eu não queria que soltasse.
Ficamos assim por tempo até que o meu celular começou a tocar. E eu atendi os meus pais e expliquei que estava tudo bem, não queria preocupá-los ainda mais por causa do Danilo. Depois deles, nem deu 5 minutos a Jess me ligou.
-Amigaaaaa você está bem?- Berrou ela do outro lado da linha e eu ouvi o Danilo rindo -Que risada foi essa?-
-Já acabou Jéssica?- Provoquei e ela rosnou do outro lado, foi a primeira coisa que eu falei para ela quando descobri o seu nome. -Estou bem amiga. Foi um baita susto mas deu tudo certo.- Confessei olhando para o Danilo que apontou para sua barriga.
-Só queria saber se está bem. Mas amanhã você me conta tudo viu.- Avisou ela animada do outro lado.
-Amanhã?- Questionei desviando o meu olhar do Danilo.
-Esqueceu a prova de vestido de noiva e madrinhas?- Perguntou ela incrédula.
-Me desculpa, aconteceu tanta coisa que esqueci que vamos passar a manhã juntas.- Admiti passando a mão no meu rosto.
-Poxa se eu pudesse eu adiava, mas o meu casamento já é domingo que vem.- Contou ela preocupada.
-Tudo bem amanhã eu estarei ai. Às nove né?- Adivinhei e ela deu berro gritando sim. -Quer me deixar surda mulher?-
-É empolgação. Até amanhã e eu quero detalhes.- Pediu e eu estranhei. -Açucena eu ouvi uma risada de homem, nem vem me dizer que é TV se não teria me falado invés de mudar o assunto.-
-Você deveria ser detetive invés de advogada.- Brinquei e ela riu.
-Quem sabe?- Provocou e desligou.
Respirei fundo pensando no que fazer. Eu tinha um neném dormindo em um dos berços, um bandido baleado perdendo sangue na minha enfermaria, um compromisso para amanhã de manhã bem cedo.
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A Necessidade De Perdoar - CONTO (Revisando)
SpiritualAçucena é uma garota cristã, nascida no nordeste do Brasil que foi morar no Rio, mas com a morte de seus pais, acabou sendo adotada por um casal da igreja que frequentava, e desde pequena foi criada nos ensinamentos de Deus. Sempre foi zombada com o...