o que eu quero não tem nome

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Noites em claro, dias também, o tempo parece querer me manter acordado já que a liberdade não vem, nem pra mim nem pros amigos privados, quando a minha hora chegar não quero choros mal chorados, e vou dizer porque: a música toca alto nos alto falantes do telefone, enquanto isso, tudo que eu tento dizer  acho que as pessoas não entenderiam nem se eu usasse um microfone.

Fico acordado pra escrever o que a boca não diz... Porra, que saudade da época que eu era feliz!!

Eu não vou só rimar, também vou escrever e vou escrever até toda a minha criatividade acabar, porque  o que eu escrevo é tudo o que a minha garganta quer vomitar, mas eu tô vivo(mesmo com alguns problemas, sujeito a delírio e reações extremas.) o que tá dentro dos parenteses é o que a minha boca já não fala pros parentes.

[05:35] 30 de dezembro, Final de 2020 e começo de 2021

Minha mente:  você não dorme já tem dias, né?

Eu: já parei de contar, só sei que é mais um.

O dia clareia, a cabeça escurece e eu me pergunto: e agora, o que acontece?

Na teoria eu tô vivendo numa época fácil, muita tecnologia em volta. Televisores, computadores e processadores, mas o que eu quero saber é o que foi que aconteceu com os meus retrovisores...
Eu vivo lento mas a minha cabeça parece querer compensar essa lentidão, me sinto como um carro desgovernado no qual o volante é guiado por outras mãos, meus  retrovisores estão quebrados e por isso não vejo o que me atinge, não posso olhar pra trás e esquecer do volante, a estrada segue seu curso, só não sei se EU vou seguir o meu e conseguir chegar onde eu deveria.

Minha Poesia tem P maiúsculo porque é uma letra carregada pelos meus plurais e singulares PECADOS, PESADELOS, PROCRASTINAÇÃO, PÂNICO,  a PRISÃO que é o meu quarto, e a clássica PANDEMIA.

não escrevi nem metade do que eu posso, mas mesmo assim sei que deixei muito sentimento aqui. Vida maluca, vida sofrida, vida em que as lágrimas são como as ondas, se formam e se quebram pra que eu saiba que mesmo que eu esteja num mar de palavras e dor, essa lágrima é só mais uma onda dentre muitas outras que já passaram.

Desde que aprendi a ser nada, ou melhor, fui forçado a isso, passei a entender o sentido da frase "aprenda  não ser nada pra ser alguma coisa"

A vida me desmontou e me refez do zero,  talvez os amigos de antes não me encontrem em meio as feridas que ganhei, e de uma coisa eu sei, não sou mais aquele que sorri de verdade, que brinca, zoa e fica a vontade.

Ontem eu era feliz, hoje eu não sou nada, então quem sabe amanhã eu seja alguma coisa  além de um simples espaço vazio.

Escrevendo Em Busca De ÊxtaseOnde histórias criam vida. Descubra agora