Forasteiro do universo

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A música do Raul representa as paranoias constantes da minha cabeça, e pra alguém que escreve ela é sem dúvida a música certa.

Nicole representa as fases da minha vida e como elas me afetam e afetam quem eu amo, tanto direta como indiretamente. O jeito descontrolado do xamã no clipe é exatamente como eu me sinto internamente, essa música também dá o ar de despedida, do fim de um ciclo de dor.

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Música: palavra que destrava ideias e move o corpo, um mesmo beat te desperta uma infinidade de sensações e emoções, é isso, exatamente isso. Eu não disse um nome, mas você pensou em várias músicas...

Uma pra cada momento, seja um momento já vivido ou só mais um momento planejado nas vossas cabeças.
Música, seja ela leve pra viver a vida leve e relaxado, fumando um baseado e curtindo sua história baseada em fatos reais, ou uma música triste que te faça refletir sobre o mundo e te lembre que tudo na vida sempre tem finais, e que nem sempre são felizes.

A vida é repetição, e dessa vez não estou falando de música, mas sim de erros, cometidos na tentativa de acertar uma única vez. É a mesma história sempre, pensa que tudo se repete pra que enfim algo novo possa tomar forma. Eu repito a música, repito meus erros, repito até o meu jeito tosco de escrever, tudo isso só pra que um pensamento novo entre dentro de você...

Repetindo meu erro de beber demais, de discutir com a minha irmã ou de escutar mais de cinco vezes uma música do xamã, tanto faz, entre repetições de erros e músicas eu tô aqui rimando e escrevendo de novo as 07:33 da manhã, e em meio a tudo isso, aquela velha saudade de ficar descontrolado bateu firme, saudade de repetir um erro e lutar por ele como alguém com uma ideia diferente que luta por ela contra todo um grupo de pessoas com ideias iguais, como se fosse a cena de um filme.

Meu pensamento é embaralhado porque como eu já disse, na minha cabeça eu vivo constantemente acelerado. Não é que eu seja advogado do diabo, só que fico puto quando alguém fala do meu pecado sem ao menos olhar pro próprio rabo.
Meu paraíso é proibido pra você, só peço que Deus abençoe o rolê e também você que lê tudo que eu escrevo, se eu escrevo merda? Papo reto nem percebo.

Nesse momento penso nos amigos e em todos esses malditos erros cometidos com eles, é difícil entender, que o amigo de hoje pode ser o inimigo de amanhã!
Não, não olha pro sentido, só mantém o foco na escrita, é muita coisa louca eu sei, tudo porque dentro da minha cabeça eu sou meu próprio parasita. Prazer, meu nome é Márcio Plástino, mas pode me chamar de paranóico, descontrolado, ou então me deixa dizer que eu só quero abraçar o mundo e também ser abraçado.

A vida é Loka muito antes da música do racionais aparecer, só queria te fazer entender que no meio dessas loucuras da vida, a bebida é a única resposta racional pra uma mente insana como a minha, que xinga a vizinha e quer mais que o mundo se exploda, um meteoro, bomba atômica, tanto faz, só acaba logo com essa porra.
Escrever, apagar, tudo isso é difícil, a cada palavra apagada parece que joguei minha história no lixo.
É exaustivo escrever tanto, por mais que me faça bem, já que o meu otimismo em relação ao que eu escrevo pode ser o pessimismo de alguém. Pensar nisso me deixa inseguro, eu nunca sei quando vou escrever pela última vez, posso escrever isso e não ter tempo de escrever mais nada. Vivo ou morto, a música vai continuar tocando independentemente de eu estar ouvindo ou não, e eu não quero que a última música toque em vão.

A luta é diária, a crise sempre aparece, mas enquanto isso acontece eu escrevo o que a minha cabeça pensa e ouço quantas músicas eu puder, já não tenho mais noção de tempo e espaço, eu apenas liguei pela milésima vez o piloto automático do foguete que me guia, e já que foguete não tem ré, eu vou pagar pra ver até onde ele pode me levar, mas se caso eu não estiver aqui depois de escrever isso, pense você, até onde ele me levaria?

Quantas palavras será que eu vou precisar escrever pra te dizer que o que eu penso é infinito, e não tem motivo? É como uma doença que aparece do nada, e que muito provavelmente não tem cura.

Não espero por inspiração, eu sou a junção de todas as coisas sem razão que alguém sente no coração e não pode mostrar, eu tô exausto de tudo e ao mesmo tempo querendo fazer o mundo mudar, e esse foi e ainda é o meu maior erro, porque você não muda o mundo, ele te muda e te muda por inteiro. Eu, o forasteiro do universo, não me sinto parte de nada mas sinto que o nada faz parte de mim, já que tudo tem um fim, eu paro de escrever e nesse momento começo a levantar a  minha voz, pra dizer pro universo do qual eu não faço parte, uma única coisa, que ele se lembre de nós, de mim e de cada um como eu, cada forasteiro desse universo gigante.

Not alone  faz referência a um estado crítico meu, que só eu entendo e sinto.



E pra finalizar, ela... Sinônimo de felicidade e nostalgia, música que representa os meus sonhos mais bonitos. eu não preciso entender tudo pra dizer o quanto essa música me ajudou a superar traumas que eu não pensava que pudessem ser superados, ela tem uma grande influência sobre o modo como eu vejo o mundo hoje em dia, tudo nessa música se encaixa, inclusive o beat!


Escrevendo Em Busca De ÊxtaseOnde histórias criam vida. Descubra agora