Escrevendo Em Busca De Êxtase

Minha tradução atual de família parte I

Vou dividir esse capítulo em duas partes porque ficou muito grande, mas não garanto que eu vá publicar a segunda parte por agora.

Um começo melancólico como o de um funeral, pessoas por todo lado que não viram ou até viram mas ignoraram o fato de Chester Bennington estar praticamente derrotado em cima do palco. Não falo só de cansaço físico mas também era nítido o seu cansaço emocional, e por ser uma música de sucesso, quando a reconheceram as pessoas pularam como se a música falasse de uma festa, como se o que Chester estivesse vivendo fosse uma festa.

Alguns talvez tenham pulado pela emoção do beat, outros por entenderem do que a letra se tratava e enxergarem ela como a libertação de tudo que os sufocava.

Não tenho ideia de quantas músicas ele cantou nesse dia, mas falo em específico da música "Numb" que traduzindo fica: "dormente" "entorpecido"

Enfim, a vida é isso. As vezes estamos derrotados, e mesmo assim tentando dar o nosso melhor para ver a satisfação no coração das pessoas, só que infelizmente isso nem sempre funciona, porque entendemos elas mas elas nos ignoram e ignoram a nossa dor, assim como ignoraram a dor de Chester disfarçada em forma de música.

Não sei o que ele sentiu quando compôs essa música, se foi dor, sentimento de sufocamento, alegria por se libertar de alguém ou no caso, tudo isso junto.

Também não sei pra quem ele cantou, se foi para alguém da família, um amigo, enfim...

"Pela última vez, preciso de todos berrando
Que diabos você está esperando?
Depois de mim não haverá mais ninguém
Pela última vez, façam barulho."

O pior disso tudo é que teve um "pela última vez" teve um sorriso pela última vez, talvez um choro pela última vez e até um suspiro, também pela última vez antes dele se enforcar.

Eu não falo inglês e por isso não fazia ideia de que a letra da música se tratava disso, também sempre cantei com a voz alta mas com a visão cega.

Nunca procurei entender o porque das coisas ou me importar realmente. Eu também já fui e as vezes ainda sou como a maioria das pessoas. Porque a natureza do ser humano é ser falho, e comigo não foi diferente.