EIGHT

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                    Point Of View Bárbara

   Desde que eu e Carol nos entendemos, o convívio na mansão melhorou em 800%. Eu senti tanta a falta dela e agora que é pessoalmente, é ainda mais incrível. Eu senti vontade de confrontar a Lince algumas vezes e perguntar porque ela agiu daquele jeito, fiquei muito irritada quando liguei os pontos, mas todas as vezes que eu ameaçava fazer isso, Voltan me impedia. Ela sabe que eu iria falar demais e acabar perdendo a razão e de certa forma, ela está certa.  Ela me conhece bem o suficiente para saber que eu me irrito fácil demais e ia acabar falando mais do que o necessário.

   Já se passaram 5 semanas desde que eu e ela nos resolvemos e estamos no ápice do momento na vida profissional e na pessoal. Estamos mais próximas do que nunca e passando todos os momentos possíveis juntos. E inclusive, ela começou a dormir no meu quarto porque uma nova integrante está a caminho e ela cedeu o quarto. E para ser sincera, fiquei muito feliz com isso. Nunca gostei de ter minha privacidade sendo invadida ou de dividir as coisas, mas deixo de me importar a partir do momento que é a Carol. Não consigo explicar o motivo.

— Bom dia, flor do dia! - Carol dá um beijo no topo da minha cabeça atrapalhando os meus pensamentos, não pude segurar o sorriso.

— Bom dia, loirinha! Dormiu bem? - Perguntei virando a cabeça para a mesma que assentiu com a cabeça.

— Demais. - Se espreguiçou e só então pude prestar atenção na mesma: ela estava com um babydoll de ursinho, que eu dei para ela, o cabelo meio bagunçado, os olhinhos semicerrados e o rosto inchado de sono. Bizarro como ela consegue ser tão linda até depois de acordar. — Sabia que uma das coisas que eu mais senti falta foi de você me chamando assim? De loirinha.

— Sério? - Tentei não demonstrar o quanto aquilo me enfraqueceu e escondi ao máximo o sorriso bobo.

— Sim. - Ela riu fraco caminhando até o banheiro. — Só você me chama assim e é o meu apelido favorito.

— Mas então pode deixar que eu vou chamar sempre.

— Eu fico agradecida. - Disse enquanto escovava os dentes e eu sorri por saber que ela não estava me olhando. Não sei porquê fiquei tão caidinha com isso.

   Hoje é um dia muito importante para mim e para Voltan porque temos uma final, eu, ela, Gs e Coringa. Mas não é importante apenas pela final, o MVP do campeonato está entre eu, ela e Maellen, então temos que dar nosso máximo para que esse prêmio fique com a Loud. Eu não ligo se não for a melhor, eu sei o quanto ela merece também, não estou tão nervosa, estou bem tranquila para ser sincera. Diferente da mesma, que já falou vinte vezes que está nervosa e teve uma crise de madrugada e ameaçou voltar para a casa dos pais andando e nem adiantou eu dizer que são 2000 quilômetros. 

— Tá menos nervosa? - Perguntei mesmo já sabendo a resposta quando ela finalmente saiu do banheiro.

— Claro que não! Tô mais nervosa do que nunca. - Deu dois pulinhos e esfregou as mãos como uma mosca, quis rir com esse pensamento. — Babi, sério, e se eu for péssima?

— Meu deus, Carol! Que pessimismo é esse? - Levantei fiquei de frente para ela aue ela deu de ombros, logo segurei nos mesmos. — Olha, me escuta. Você não vai ser péssima porque você é ótima, você é a melhor do cenário, garota. Eu confio em você.

— Obrigada por confiar em mim. Eu te amo! - Sorri fraco.

— Tá menos nervosa agora?

— Não! Mas obrigada pela tentativa. - Beijou minha bochecha e seguiu para o nosso closet para trocar de roupa, acabei rindo do que ela disse. Às vezes a Carol é surpreendente. — Falta quanto tempo?

— Hmm. - Peguei o seu celular que estava na estante para ver as horas, reparei a foto que ali estava: era uma foto minha dormindo em cima do seu peito com a boca aberta, gostaria de saber quem bateu aquela foto e não pude evitar o sorriso.

— E então?

— Ah, as horas. - Ri por ter me distraído. — 1 hora ainda, dá tempo de você se ajeitar, fica tranquila. Vou tomar banho.

   Depois de sair do banheiro, tive que passar mais 15 minutos tentando acalmar Carolina. Mesmo achando tudo muito dramático, tive toda a paciência do mundo com ela porque eu sei o quanto essas coisas deixam desesperados no início e isso com certeza é muito importante para ela. Depois de muito esforço, ela acalmou e sentou no meu computador, que agora é nosso computador. Ajeitou as suas coisas e eu sentei do seu lado dessa vez, queria estar perto para conseguir passar confiança.

— Vai ficar aqui? - Me perguntou ao estranhar o lugar onde eu sentei.

— Posso ficar?

— Claro que sim, Babi! - Deu risada e se ajeitou na cadeira.

— Tá pronta, loirinha?

— Mais do nunca!

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   A final foi.. estranha. Como o MVP estava entre eu, Carol e Maellen, nós três éramos quem mais iam para cima e isso atrapalhou um pouco o nosso desempenho, mas quando conseguimos focar de novo, o jogo voltou a se encaminhar da forma certa. Carol foi incrível do início ao fim, Gs e Victor fizeram sua parte também e conseguimos garantir o prêmio ainda na segunda queda, era impossível passar a Loud. Eu já estava radiante, mas ainda tinha o MVP e eu queria muito aquilo.

   Na reta final da última queda, olhei para Voltan por canto dos olhos e vi o quanto ela queria. Faltava muito pouco para eu ser a melhor, já estava praticamente nas minhas mãos. Olhei para carol de novo e meu coração apertou porque eu sei o quanto é bem mais importante para ela do que para mim. Não pensei duas vezes e joguei uma granada em mim mesma como se fosse sem querer e insisti para que ela não viesse me salvar e fizesse o jogo dela. Fiz minha melhor atuação fingindo que estava muito triste por ter morrido e percebi que ela se convenceu, mas enquanto a assistia e a via se tornando a melhor, soltei um rápido sorriso.

   Ela treinou mais do que eu, ela jogou melhor do que eu, ela merecia mais do que eu. Não me arrependo!

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NOTAS DA AUTORA

e aí, como estamos?? desculpa a demora, fim de ano é tudo mais complicado.

comentem e votem bastanteeee. daqui a pouco posto o pov carol.

Odeio amar vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora