A Caçadora

CAP:58

Kira Campebell / Heitor Duarte

Parece que o hospital se tornou tão longe. O Heitor segura minha mão carinhosamente. O Carter e eu trabalhamos a tanto tempo juntos e passamos por cada coisa e vê-lo assim é difícil pra mim.  E minha mãe, como será que ela estar? Cuida dela senhor...  

Ela não esta bem. Queria poder estar com ela sozinho e lhe encher de carinho e dizer que toda essa loucura vai passar logo. ela se faz de forte mas no fundo esta sofrendo mais do que demonstra. Chegamos ao hospital. Estaciono o carro e saímos. antes de entramos pela porta lhe puxo num abraço forte. 

- Estou aqui para o der  e vier. Não esqueça disso. - Beijo o topo de sua cabeça e ela me aperta contra si, sem me dizer nada. Eu entendo que é o jeito dela de passar pelas coisas da vida.  

Porra, preciso ser mais forte do que eu nunca fui. Heitor me abraça e sinto um nó em minha garganta. Não consigo falar nada. Só sei que ele aqui me dar uma força descomunal para enfrentar tudo. Passamos um momento assim e depois seguimos para dentro do hospital. Me identifico na recepção e procuro por informações do Carter. A recepcionista pediu para aguardar porque ele esta em cirurgia. Pergunto sobre o agente Colson e ela me informa que está na emergência fazendo curativo.  Nos afastamos do balcão e sentamos em um sofá. Passo as mãos pelo meu cabelo e desço até o meu rosto. A imagem da minha mãe me vem na mente. Se ele fizer alguma coisa com ela eu acabo com a vida dele. Nem que seja a ultima coisa que eu faça. espero que o Carter fique bem. 

- Esse traste não vai morrer Kira. - Não quero que ele morra...ele é amigo dela. 

- Também espero. - Esse  Heitor não tem jeito mesmo. - Levanto meu olhar para ele e ele sorrir de lado. Minha perdição. Mesmo em meio a tanta loucura que esta minha vida meus sentimentos por ele só aumentam a cada dia. Me aconchego mais a ele e ficamos um apoiando o outro. Passou um certo tempo e nada de noticias, isso está me angustiando. Levanto e vou até a recepcionista em busca de informações e nada. Heitor me observa. Respiro fundo e volto a ele.

- E ai? 

- Nada. Nenhuma notícia. - Já passou um bom tempo... não estou com um bom pressentimento. - Alguém poderia  vir nos dar alguma notícia.- Esperar é um saco.  

- Calma cirurgias demoram mesmo. Vou ver o que posso fazer. O responsável pelo hospital é um conhecido meu. - Tento passar um pouco de força a ela e ajudar no que for preciso. 

- Eu espero aqui. - Ligar pra Angel e ver se ela está bem. - Ele se levanta me dá um selinho e some nos corredores. Pego meu celular e disco o numero da Angel. Conversamos um pouco e ela ainda está abalada pela minha mãe. falo a ela que não se sinta culpada e que vou trazê-la de volta. Nos despedimos e desligo o celular. 

- Não se preocupe vai ficar tudo bem. - O agente Colson  está parado ao lado da parede me observando. 

- Você está bem? - Ele me olha profundamente. 

-Sim. Não foi nada de mais. - Ele sorrir de lado. Posso sentar. - Lhe mostro o sofá a minha frente. Ele caminha até ele e fica sentado de frente pra mim. 

- Sabe alguma noticia do Carter?

- Quando chegamos ele foi direto para a  sala de cirurgia. Segundo o médico a bala atingiu partes delicadas e como ficou alojada precisava ser retirada. E eu fui para a emergência. - Ele não desvia seu olhar do meu. 

- Que bom que está bem. - Sou resumida nas palavras. Gosto de analisar as pessoas. E no momento ele me parece bem tranquilo.   

- Seu namorado não veio com você? 

- Sim. Deu uma saída. 

- Você gosta mesmo do Carter não é?

- Sim, meu parceiro e amigo.

- É bom ter alguém que se preocupe com você. Vejo que seu namorado se importa muito contigo e você com ele.- HUMM

- Sim. Quando gostamos é assim, não é? - O que ele quer com essa conversa?

- Acredito que sim. Nunca tive essa sorte. Se tivesse feito umas coisas ai estaria em outra posição. - Ele pareceu lembrar de algo.

- Alguém em especial?- Levanto uma sobrancelha.

- Pra mim sim. Pra ela ainda não. Mais quem sabe em breve ela me olhe como eu a vejo. - Ele sorrir.

- Boa sorte. Tenho certeza que na hora certa ela vai te enxergar. - Opa, Kira Conselheira amorosa. essa é nova.

- Despois dessa estou confiante. O Heitor tem mesmo muita sorte... se ele te perder não vão lhe faltar pretendentes. 

- Espero não chegar a tal ponto. E sou decidida, se quero agarro, se não quero não me prendo. - Iria sofrer com toda certeza.

- Uall. - Os olhos dele brilham. Estou curiosa.

- Ainda bem que não pretendo deixá-la tão cedo. No que depender de mim do meu lado ela não sairá. - Heitor marcando território...Apesar de não precisar.

- Que bom. Desejo tudo de bom pra vocês.- Heitor senta do meu lado e encara o Colson. Homens. Nossos celulares tocam ao mesmo tempo. Ele se levanta.

- Se me derem licença. - Assentimos e atendo o meu e o Heitor levanta e atende o dele. É do DP. Só pode ser brincadeira. Aperto minha mão em punho.- Desgraça. - Desligo e o Heitor me olha preocupado.   

*** 

Deixo a Kira e caminho até a sala do diretor do Hospital. Chego até sua sala e bato.

- Pode entrar. - Entro e ao me ver ele vem até mim. - Quanto tempo cara. Nos cumprimentamos e coloco as mãos no bolso. 

- Sim. Muito trabalho ultimamente. - Se eu conversar muito não saio daqui e deixar a Kira sozinha tempo demais não é bom agora.

- Tá namorando...Fico feliz por você cara.  - Ele sorrir e sei que está sendo sincero. 

- Valeu... 

- A que devo a honra de sua visita. Vi nos noticiários  sobre os atentados contra vocês. Espero que isso acabe logo. - Ele fala preocupado.

- Eu também. Vim falar sobre um paciente que chegou baleado. Carter o nome dele. Ele é agente. 

- Senta. O caso dele é delicado. A bala está alojada e perdeu muito sangue. Os medicos estão fazendo de tudo para que retirem sem sofrer ainda mais danos. Vai demorar mais um pouco pra sabermos como ele vai reagir depois de ter feito os procedimentos e depois disso ele vai ficar em observação na UTI e não vai poder receber visitas. Se for amigo seu sugiro que vá pra casa e descanse e lhe manterei informado do caso dele. 

- Tá bom. ficarei no aguardo de notícias. Agora eu preciso ir. A Kira está me aguardando na recepção. 

- Tudo bem. Fica bem. Qualquer coisa eu estou aqui para o que precisar. - Lhe agradeço. Me retiro da sala e retorno a recepção. Avisto aquele cara conversando com ela. Não confio nele, na verdade não confio em nenhum cara que chegue perto da Kira. Não gosto desses caras perto da minha mulher. Me aproximo deles e ouço sua conversa Kira é muito segura de si e não tem medo de falar o que pensa ou sente. Essa mulher me preenche de todas as formas possíveis. Me intrometo deixando claro que não vou deixá-la e me sento ao lado dela. Ele me olha com desafio e se retira. Os nossos telefones tocam e me levanto para atender é um dos meus seguranças. O que será que houve? Droga. Mal nos recuperamos de uma e lá vem outra. Desligo e olho pra Kira. Parece que é a mesma informação. Ela aperta o celular com força e fecha as mãos em punho. Ouvi-la xingar me deixa preocupado ela me olha com fúria.   

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Olá amores! Depois de um século voltei.

Mais um capítulo.

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Nossa a Kira não tem paz...

Até o próximo!