A Caçadora

CAP: 47 BONUS KELLY

Hoje é meu dia... 30 anos e vivi muita coisa boa e ruim... Que Deus abençoe ainda mais minha vida... E pra comemorar vamos de capitulo eu faço ano e vocês ganham presentes...😄😄😄

Curto mais tá valendo...

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Kelly Malaquias 

Levo a Kira a sala de raio x e aguardo o Pedro fazer os procedimentos. Preciso me certificar de que não há nada quebrado diante dos seus machucados. Ao sairmos daqui já solicitei uma tomografia e uma ressonância magnética da cabeça pra vermos se está tudo realmente bem. O fato dela não acordar está me preocupando. Não alarmei os familiares porque sei como ficariam ainda mais preocupados. Na região da barriga preciso de uma ultrassonografia pois há ematomas no local. Uns anos atrás era meu irmão quem passava por tudo isso. Tirando umas costelas quebradas ele não teve nada ainda mais grave. Espero que ele não esteja aprontando nada. Lhe observo e por incrível que parece ela parece com ele. Coincidência. O rosto...

— Pode levá-la doutora. — Saio dos meus pensamentos e e caminho a Kira para os próximos procedimentos. Depois de 3 horas ela começa a se mexer. Isso é bom não vai demorar acordar. Mando deixá-la no quatro de observação enquanto me dirijo a outra emergência. Hoje não parei um só momento. Chego a emergência e me deparo vom uma garota de uns 15 toda ensanguentada.

— O que houve com ela?—  Pergunto preocupada a seus pais.

— Encontramos ela no banheiro mutilada e desmaiada. — A mãe fala chorosa.

— Quanto tempo ela está assim? — Duas enfermeiras tentam estancar o sangue sem muito sucesso.

— Eu não sei... Quando chegamos em casa ela já estava assim. — O pai fala desesperado.

— Encaminhem ela para a sala de UTI agora enquanto chamo o cirurgião Marcos.

— Parada cardíaca. — Os batimentos estão fracos demais.

— Desfibrilador rápido. — A enfermeira pega tudo que precisamos e a corrida contra o tempo começa. Massagem cardíaca e desfibrilacão e nada... — Aumenta a intensidade. — Um,  dois,  três e nada. Mais tentativas em vão? Droga vamos perdê-la. — Aumenta mais... — Nada, os pais são tirados da sala enquanto continuo os procedimentos.

— Doutora ela se foi. — Droga, droga, droga. Isso me mata quando acontece. Tão jovem.

— Levem na para o necrotério. — Hora de dar a triste notícia aos pais. Não sei o que eu faria se fosse a minha filha ali. Um aperto no peito me toma. Me encaminho ao banheiro e fico me encarando no espelho. Apoio as mãos ma pia e abaixo minha cabeça. Essa profissão é linda, poder salvar as pessoas e curar suas doenças é inexplicável, mas quando acontece uma coisa dessas é como se tudo que agente faz não valesse de nada. É tão doloroso perder alguém assim e mesmo você sabendo dos procedimentos e a pessoa se vai corta minha alma como médica. Tão jovem... Tão jovem e tirou a própria vida. Isso é tão triste. É Kelly vamos lá. Você não pode ficar se lamentando. Lavo o rosto e darei a noticia aos seus pais.  Eles estão abraçados e a mãe chora desesperada. Caminho devagar até eles. São pessoas importantes.

— Como ela está? — A mãe corre até mim. Meu semblante é triste.

— Eu sinto muito. — A mãe entra em pânico e o pai vem até ela e a toma em seus braços.

— Não, ela não pode nos deixar, não. — Saio de perto deles.

— Daqui a pouco poderão vê-la.

— Obrigada doutora. — Os dois ficam se consolando enquanto isso me retiro e caminho até a sala de observação. Tenho tanto medo de dia meu irmão chegar aqui e não puder salvar ele. Chego na sala e entro. Ela está acordada e parece zangada... Que coisa...

— Vejo que já acordou. Isso é muito bom. — Todos me olham e ela me analisa. Deve ser coisa de policial. — Me aproximo dela e namorado dela se afasta. Vi no jornal que os dois estão juntos. Eles são famosos por aqui. Não que me importo com a vida dos outros,  mais sendo noticia nacional é difícil não sabermos das coisas. E fora que o Heitor é bem conhecido nacionalmente. Empresário bonitão e bem sucedido está sempre nas manchetes. E fora que nos últimos dias um maluco está ameaçando a vida de todos. — Como está se sentindo Kira? — Ela fixa seu olhar em mim e parece que está pensando em alguma coisa. O que será?

— Estou bem. Fora uma dorzinha atrás da cabeça estou bem. Quando vou embora? — Ela tá doida pra sair daqui.

— Calma, você ficou um tempo desacordada e precisa ficar de observação.

— Odeio hospital. — Todos os  pacientes odeiam estar aqui.

— Ninguém gosta. — Verifico seu soro e seus batimentos cardíacos. Um pouco agitada mais normal. Esperar agora o resultado da ultra-som e da ressonância.

— Espero não demorar demais. Tenho uns assuntos pra resolver. — Ela olha pra todos em volta com olhar investigativo e com cara de poucos amigos.

— Sei que tem maia como minha paciente ficará sobre minha supervisão. Então mocinha outro momento vai resolver isso. — Ela não me olha com a cara muito feliz. Fica emburrada. — E nem pense em fugir. Daqui a pouco tomara mais antibióticos para a ferida na cabeça e prescreverei anti-inflamatórios para tomar em casa.

— Não se preocupe doutora farei ela tomar tudo direitinho. — Heitor responde do outro lado.

— Eu já sou bem grandinha sei muito bem me cuidar. — Fuzila Heitor com o olhar. Acho melhor mandar sairem e deixarem ela descansar.

— Agora gostaria que deixassem a paciente descansar...Ela não pode passar por momentos extresantes. Apenas uma pessoa poderá ficar com ela. Vejam entre vocês quem será.— Todos concordam.

— Quero que minha mãe fique. — Kira fala com um ar sério. A mãe concorda e os outros vão até ela se despedir. Na vez de Heitor ela vira a cara e o beijo sai na bochecha. Ela deve estar zangada com ele.

— Já vou indo mais tarde venho lhe ver de novo. Descanse.

— Tá bom. — Me retiro e me dirijo até minha sala. Descansar uns 2 minutos que essa madrugada está agitada.   Ligo para a babá e pergunto se está tudo bem por lá. Agora estou mais tranquila. Mais algumas ocorrências e finalmente o resultado da ressonância, da tomografia, do raio x e da ultrassonografia chega até mim. Analiso tudo com cuidado e está tudo normal. Apenas a lesões superficiais no corpo. Faço a prescrição dos medicamentos que ela ira tomar e pela manhã lhe darei alta. Agora me pego pensando onde andas aquele maluco a quem chamo de irmão. Espero que ele fique bem e volte de novo para nós.

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Espero que tenham gostado. Deixem seus comentários e seu voto!...

Bjss e até o próximo.