A Caçadora

CAP: 17

Kira Campbell / Heitor Duarte

Estou sentada sobre ele e fui pega de surpresa por essa declaração não esperava que ele se declarasse pra mim assim. E sonho, será que ele sonhou comigo também? Depois eu questiono ele sobre isso. Como isso é possível? Não posso me envolver mais com ele. Tenho impressões bem ruins em relação a nós.

— Saiu sem querer. Esquece isso.  — Droga porque eu fui falar isso pra ela agora. Deve ter sido o calor do momento, ela comigo aqui olhando pra mim desse jeito, entregue me deixou vulnerável.

—Eu vou esquecer mesmo. Como já te falei não quero isso pra mim. E não tenho tempo pra relacionamentos. — Espero que ele entenda de uma vez.

—Tudo bem! Eu também não quero relacionamentos agora. — Você tá se saindo um grande idiota. Porra mais essa foda com ela foi coisa de outro mundo e ainda mais tendo sido o primeiro dela, isso é especial. Ela ainda está sentada no meu colo e isso tá me matando, quero senti-la de novo. — Preciso confirmar uma coisa.

—O quê?

— Você...era...virgem? percebi que se sentiu desconfortável quando a penetrei. Eu não sabia. Desculpa se te machuquei.— Espero que ela esteja bem em relação a isso. A primeira vez de uma mulher é pra ser especial e eu fui um ogro sedento.

—Era sim. Não esquenta com isso. Mais não quero falar disso agora. Deixemos pra outro momento. Temos que levantar e nos vestirmos antes que a polícia chegue. Concerteza alguém já ligou pra eles e é questão de minutos até estarem aqui.

— Claro tinha até esquecido disso. — Estou abraçado com ela ainda e a visão dela sentada em mim é inexplicável. Acho melhor pararmos por aqui mesmo não quero me apaixonar por ela, mesmo já tendo quase certeza disso. Quebrar minhas regras estava fora de cogitação, mais essa mulher veio quebrar minha certeza do que quero pra minha vida.

—Poderia me soltar. — Confesso que ficar assim com ele é muito muito bom. Preciso manter distância dele e a partir de  agora teremos que manter o profissionalismo. Vai ser difícil nunca estive em uma situação parecida. 

—Esta bem.— Soltei ela devagar e ela se levantou tirando meu pau que ainda estava dentro dela. Fizemos sexo sem camisinha, fomos extremamente imprudentes e isso pode trazer graves consequências pra nossa vida. Não quero filhos agora sem ter certeza do que nós queremos pra nós mesmo. — Fizemos sexo sem proteção. Você sabe dos riscos não sabe?

— Sei sim. Vou dá um jeito nisso. — Nossa ele tem razão agi pensar, nunca havia agido sem pensar. Espero que não tenha consequências irreversíveis. Não sei se sou capaz de cuidar de uma criança. Balanço a cabeça afastando esses pensamentos. Não quero isso.

Olhei pra ela que estava absorta em seus pensamentos. E vi sangue escorrer pelas suas pernas. Droga isso deve ser normal não? — Você está sangrando.

—Droga! Isso é normal. Vou ao banheiro me lavar. Já li muito sobre isso. Não sou leiga, por mais que não tenha transando antes eu sei muita coisa a respeito. Caminhei em direção ao banheiro deixando ele sentado no chão.

Ela virou-se e saiu caminhado ao banheiro e fiquei olhando aquela escultura maravilhosa em forma de mulher. Bumbum perfeito feito sobre medida pra ela com estrias quase imperceptíveis mais que não atrapalham em nada sua beleza. Suas curvas bem alinhadas, suas pernas torneadas pelos exercícios que deve fazer, seu cabelo até o meio das costas dando um charme insano a ela. Passei as mãos na testa...—Eu estou ficando louco...— Levantei e ao olhar pra fora vi os corpos dos caras encapuzados caídos sobre o chão. Ela não errou nenhum. Ela realmente sabe o que está fazendo. Ouço a água cair no chuveiro e me vem um vontade louca de entrar lá e tê-la de novo. “ Para com isso Heitor. Ela tá me deixando muito louco.” Caminhei em direção ao banheiro e rolei a maçaneta assustando-a.