A Caçadora

CAP: 8 Bônus

Angel

Amanhã é dia do aniversário da Kira e quero fazer uma surpresa pra ela, mesmo ela dizendo que não gosta de festejar. Ela é uma chata isso sim mais eu a amo. Esse tempo todo morando juntas aprendi muitas coisas com ela e mesmo Kira sendo uma pessoa difícil de conviver nos damos super bem,  ela é como uma irmã pra mim. Coisa que as minhas de sangue não são, salvo minha mãe que se preocupa um pouco comigo. Mais deixa pra lá não quero falar disso não a única família que eu tenho é a Kira. Pensando nisso que fiz o que fiz. Vejo que ela ama muito a sua mãe e faz tempo que não  se vêem então liguei pra dona Maria e combinei dela vir passar uns dias aqui conosco. Tudo em segredo minha amiga vai ter uma baita surpresa.
Combinamos que ela chegaria hoje e eu irei buscar ela e hospeda-lá num hotel aqui perto pra ela poder descansar e curtir o domingo ao lado de sua filha. Me arrumei e saí do quarto, se Kira perguntar onde vou digo que vou ver um gatinho.

Kira tem essa mania de super proteção sempre quer saber onde estou, segundo ela é pra minha proteção pois ela tem inimigos e podem querer atingi-lá através de mim. De certa forma me sinto protegida ao lado dela.

— Pra onde pensa que vai mocinha a essa hora? — Apontou para o relógio de parede da sala.

— Não enche Kira. Agora que são 9:30 tá cedo ainda.  Combinei de me encontrar com um gato agora. Eu não sou você que não areda o pé desse sofá.

— Estou trabalhando não está vendo. — Mostrou-me um monte de papel sobre sua mesa. Não sei o porque trazer trabalho pra casa, notei serem fichas do DP mais não ia me meter nos assuntos dela. Olhava minha amiga sozinha sem sair de casa a não ser pra trabalhar e isso me deixa triste demais, ela precisa se jogar, ter um amor, transar muito e ser feliz. Mais é uma cabeça dura me fazendo maquinar um monte de loucuras pra arranjar um namorada pra ela. Estou cogitando colocar um anúncio no jornal: "Procura-se um namorado pra uma Polícial durona. Quem se habilita? Favor falar com a Angel". Sorri com esse pensamento olhando pra ela.

— Viu alguma palhaça aqui por acaso? — Falou séria me despertando dos meus devaneios. Eu só posso está ficando maluca mais não vou descartar essa possibilidade não.

— Não! Só um pensamento maluco rsrsrsr. — Sorri novamente.

— Novidade. Leva o celular e qualquer coisa me liga. Pessoas doidas sempre se perdem por ai. — Resmungou.

— Engraçadinha. Deixa eu ir que já estou atrasada.

— Não estou te segurando. Levantou as mãos. — Cuidado. — Advertiu.

— Tá bom.

    Beijei sua testa peguei as chaves do carro e sai em direçao a rodoviária, o ônibus de dona Maria deve está quase chegando. Estacionei do outro lado da rua e fiquei aguardando. Passados 1:00hs o ônibus chega e os passageiros começam a descer e vejo ela de longe. Desço do carro e vou em sua direção.

— Olá dona Maria que prazer revê-la. — Lhe dei um abraço apertado. Conheci ela a 3 anos atrás quando fomos visitá-la no dia do seu aniversário, Kira pegou uma folga e passamos dois dias com ela. Dona Maria é uma pessoa maravilhosa e muito divertida diferente da Kira que é toda fechadona. Mais perto da mãe ela se solta, fala umas besteiras e se diverte, digamos que é bem diferente da Kira habitual, ainda bem que já me acostumei.