CAP: 37

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Heitor Duarte/Kira Campbell

Dona Maria volta do quarto da Angel depois de longos minutos.

— Não devia ter falado com ela daquele jeito Kira. — Eu fico em silêncio. Minha mãe se retira com olhar de reprovação. Eu e Heitor ficamos sentados no sofá aproveitando a companhia um do outro.

— Sua mãe gosta mesmo da Angel né? — Vi essa cumplicidade no dia que as conheci.

— Sim. Parece mãe dela. Coisa que a mãe de verdade não é. Mais não vamos falar disso nem a Angel menciona a familia dela, não sou eu quem irá fazê-lo.

— Tudo bem! Amanhã verei seus equipamentos de segurança. No máximo dentro de 5 dias estará tudo pronto.

— Tão rápido assim. Desse jeito vamos nos mudar antes do previsto. — É bom porque a segurança será maior.

— É sim. Vai poder monitorar tudo a distância.— Meu irmão está desenvolvendo um rastreador mais potentes do que esses que já estão no mercado. Permitirá maior abrangência a distância mesmo ofline. O que ele tem de antipático tem de inteligente.

— Isso será ótimo. — Preciso ficar de olho na minha mãe.

Estamos todos a mesa e a Angel não falou nada, ela está sentida comigo. Darei tempo a ela. Heitor ficou comigo e segurou minha mão por debaixo da mesa me dando apoio... Ele ficou comigo até a noite e foi pra casa. Amanhã trabalha cedo e não quero me aproveitar da situação.

" Corro desesperada e não acho ninguém, estou sozinha e tudo está em chamas. Sinto que ele está atrás de mim. Viro e o encaro pego minha arma e atiro contra ele que se esvai como uma sombra, e em seu lugar Heitor sangra.

—Kira porque atirou em mim? Porque matou todos nós?

Olho em volta e os corpos da Angel e da minha mãe estão desfalecidos no chão. Um tremor me toma e a dor me envade. Ouço sua voz e saio em disparada a procura dele.

—Eu te avisei Kira. Você é minha!

— Eu vou te matar seu desgraçado!

Chego perto dele e me assusto.

— Você! Mais porquê?

Ele apenas sorrir e some na escuridão da noite. "

Acordo atordoada...sonhando isso de novo...o mais estranho é que eu reconheci ele mais não lembro seu rosto. Presciso voltar logo.

Com dificuldades levanto e caminho devagar pra fora do quarto dando de cara com a Angel na porta. Ela está abatida, deve ter chorado.

— Sua teimosa, não deveria levantar assim.

— Eu sei me virar. — Dou de ombros.

— Você é impossível sábia. — Eu sei disso.

— Pode entrar eu espero. — Ela me dá passagem. — Desculpa mesmo... prometo não fazer isso novamente.

A CaçadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora