CAP:48

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...Deixo meus parabéns a minha leitora crisenilda....atrasado mais desejo toda felicidade do mundo!!!

Kira Campebel

Minha cabeça está pesada. Tento e não consigo abrir os olhos. Flexes de memória me vêem a mente.

"- O nosso pai é culpado pelo que aconteceu a nossas mães e a nós. Dona Maria sabe."

Forço mais os olhos e nada. Não consigo. Que droga. Que diabos eu tenho. O que será que ele quis dizer com relação a minha mãe saber? Essa conversa vai ser longa.

"— ... E mais seja cautelosa ele tem olhos por todo lado." —  Ele o conhece... Dei mole pra esse cara. Não serei mais tão descuidada assim. Quando o pegar de novo ele vai me levar direto a esse maldito. Se não fosse minha mãe ele estaria morto ou na prisão.

"— Descubra a verdade sem dá bandeira ou estaremos todos perdidos."

- Quero entender porque ele falou essas coisas. Não acredito nessa coisa de irmão e é isso que vou tirar a limpo com a minha mãe. Só preciso abrir os olhos e levantar daqui. Ouço vozes distantes ao fundo. Parecem familiares. Me esforço mais um pouco e consigo ouvi-los melhor. É o Heitor, e a Angel. Porque porra não consigo abrir os olhos? Tento mais um pouco e mexo as pálpebras devagar. Ouço a voz da minha mãe.

- Gente ela parece que está acordando. - Sinto que todos se voltam para mim. - Filha...você consegue me ouvir? - Abro os olhos e a luz se torna muito forte e o fecho rapidamente. Quando consigo me acostumar com a claridade vejo minha mãe com os olhos lacrimejando e a Angel do mesmo jeito. Sinto uma pontada atrás da minha cabeça. Deve ser por causa da coronhada que levei. Maldito.

- Graças a Deus você acordou. - Heitor se pronuncia aliviado. Olho para ele e aquelas fotos e meu encontro com aquela mulher invadem minha mente e a raiva me toma. Ainda estou zangada com ele. Depois da minha mãe ele é o próximo. Minha mãe pega minhas mãos e a beija delicadamente.

A Angel se aproxima e me abraça. Momento melancólico agora.

- Desculpa Kira. - Hummm.

- Pelo quê?

- Por não ter ajudado. Quando cheguei na sala você já estava desmaiada. - Ela fala rápido.

- Não tinha como você saber, não é? - Ela se solta de mim e me olha. Seu olhar se torna distante e triste. O que você sabe Angel? Não esteja envolvida nisso, por favor. Não é hora de confronta-lá.

- Não. Não tinha. - Sinto que ela não fala a verdade. Heitor pega minha mão direita. E olho para ele com a cara fechada. Ele nota meu incômodo mais continua a me olha com essa cara linda de sempre.

- Fiquei tão preocupado... - Ele suspira. - Não consegui falar com você e isso me deixou frustado e angustiado.

-Estou bem. Você estava muito ocupado. Não precisa se preocupar comigo e sim com você mesmo. - Falo seca. Mais ao mesmo tempo doida pra lhe dar um beijo. Ele parece confuso e antes dele falar alguma coisa a mais uma mulher entra no quarto. Ela é bonita e parece simpática. Analiso-o minuciosamente. Aprendi com o tempo a não confiar em todo mundo. Até aqueles que estão do nosso lado traem nossa confiança. Olho de relance a Angel que se contrai.

— Vejo que já acordou. Isso é muito bom. — Ela fala com uma voz angelical e Heitor se afasta um pouco relutante.  — Como está se sentindo Kira? — Volto meu olhar para ela e não sei, ela parece familiar. E isso de certa forma me incomoda. Porque?

— Estou bem. Fora uma dorzinha atrás da cabeça estou bem. Quando vou embora? — Odeio estar aqui.

— Calma, você ficou um tempo desacordada e precisa ficar de observação. - Fala sério. Isso me deixa irritada. Tem tanta coisa pra mim ver e aquela pista que encontrei. Ficar mais tempo aqui não me ajuda em nada.

— Odeio hospital.

— Ninguém gosta. —  Ela se aproxima e aquele incômodo continua. Ela me lembra alguém. Deve ser paranóia da minha cabeça. Ela verifica meu soro e meu batimentos cardíacos. Aguardo ela terminar e me pronuncio.

— Espero não demorar demais. Tenho uns assuntos pra resolver. — Olho a todos em minha volta e cada um deles tem algo pra me explicar. Odeio que me escondam as coisas.

— Sei que tens. Mais como minha paciente ficará sobre minha supervisão. Então mocinha outro momento vai resolver isso. — Mais que droga. Não gostei disso doutora.  — E nem pense em fugir. Daqui a pouco tomara mais antibióticos para a ferida na cabeça e prescreverei anti-inflamatórios para tomar em casa.

— Não se preocupe doutora farei ela tomar tudo direitinho. — Heitor responde rápido até demais. Lhe dou um olhar raivoso. Ele me olha com a cara safada o que me deixa mais irritada.

— Eu já sou bem grandinha sei muito bem me cuidar. Ele parece surpreso com minha resposta.

— Agora gostaria que deixassem a paciente descansar...Ela não pode passar por momentos estressantes. Apenas uma pessoa poderá ficar com ela. Vejam entre vocês quem será.— Todos concordam com a doutora e a primeira pra me dar alguma esclarecimentos é minha mãe. Apesar de tudo sei da preocupação de todos em me verem bem logo. Mais preciso de respostas o quanto antes. Meu semblante se torna sério, todos aqui sabem que eu não sou de tá com enrolação. Mais como aquele cara disse serei cautelosa.

— Quero que minha mãe fique. — Todos concordam. A angel se aproxima beija minha testa e se retira. Heitor se aproxima de novo e é duro resistir a ele... Quando ele tenta me beijar viro meu rosto e beija minha bochecha. Ele me olha e sei que ele não se irritou comigo por causa disso. Fala baixinho.

— Depois nos entendemos.

— Já vou indo mais tarde venho lhe ver de novo. Descanse. - A doutora se despede e se retira.

- Nossa conversa será quando eu estiver bem. - Ele sorri. - Sem pensamentos impuro seu Heitor. O caso é sério. Ele muda seu semblante e concorda.

- O melhor vem depois da reconciliação. -  Ele pisca e se retira. Sem chances para mim argumentar. Aff mesmo zangada meus pensamentos não me ajudam.... A angel acompanha o Heitor e ao fecharem a porta me volto pra minha mãe.

- Senta aqui. - Ela pega uma cadeira r senta do meu lado. Lhe olho séria e ela não desvia o olhar. Minha mãe tem esse jeito sorridente e carinhoso e é verdadeira. Ela não vai fugir dos meus questionamentos. Puxei isso dela.

- Pode começar.

- Conhece aquele cara? E essa estória dele ser meu irmão? O que sabe a respeito? - Ela respira fundo e cruza as mãos sobre as pernas.

- Não conheço ele. Dele ser seu irmão?  Talvez seja verdade. - Sério isso. Ela fala serena e eu lhe olho séria. Que porra é essa. - Você sabe que nunca lhe escondi nada. Se não sabemos muita coisa a respeito do seu pai é porque você nunca quis saber, então deixei de mão. Logo que você nasceu eu soube que a mulher que ele estava poderia estar grávida. - Ela pausa. - Mais não quis saber a fundo. Caso no futuro você quisesse saber sobre ele íamos fazer isso juntas. É isso. - Acredito nela. Justo agora ele apareceu. E porque está do lado dele. Não entendo. Isso são perguntas que farei a ele no nosso próximo encontro. Lhe peço um abraço e ela me envolve em seus braços. Ela é meu pai e minha mãe. Procurarei respostas e as terei.

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Olá meus queridos...
Tô sem celular ainda...

Pra matar a saudade um capítulo curtinho pra vocês. Espero que gostem.

Volto assim que puder...

Desculpem os erros...
Assim que der faço as correções.
Se cuidem se protejam e fiquem com Deus.!

A CaçadoraOnde histórias criam vida. Descubra agora