Capítulo 12 - Art is the weapon

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Olá, gente ♡

Eu vou deixar um ep aqui mais cedo do que de costume (pra variar) por dois motivos: (1) vou aproveitar que ainda não me bateu uma daqueles crises de insatisfação com as merdas que escrevo e tentar compensar a demora de todos os outros e (2) hoje é o último dia do ano então pensei em deixar aqui como um presente, então se alguém aí do outro lado ainda curtir essa fic, bem, é seu.

Feliz ano novo, de qualquer maneira, se alguém comemorar esse tipo de coisa. Boa sorte no próximo ano.

Esse ep é importante pra uma grande transição no relacionamento desses dois caras. A partir daqui as coisas vão ficar beeeemm caóticas

Agora uma realização aleatória que eu tive: talvez eu sinta mais gender envy pelo Frank e pelo Gerard do que atração. Vocês já sentiram algo assim?

Enfim, é isso. Boa leitura.

Gerard adentrava à sala quando percebeu que Frank também estava nela - por um momento, se esqueceu que compartilhavam essa aula. Ele estava sentado de lado no tampo de sua mesa, de forma que podia ver a porta, enquanto que Jeph e Bert estavam em suas cadeiras, de frente para ele. Frank percebeu a entrada de Gerard, encarando-o por um momento enquanto ele andava até seu lugar, próximo à mesa do professor, sendo correspondido brevemente. Gerard parecia especialmente bem vestido hoje, como um artista britânico ou algo do tipo, e Frank chegou a se questionar se era algum tipo de tradição gay vir a caráter para as aulas. Não se cumprimentaram dessa vez, visto que Frank sabia que uma atitude tão explícita podia fazer surgirem boatos sobre os dois, limitando-se a apenas olhar-se.

Não demorou muito para que o professor adentrasse à classe. Frank imediatamente desceu do tampo, sentando-se devidamente, e seus amigos viraram-se para frente. O professor era um homem baixo, cabelos oleosos à altura do ombro e barba desgrenhada e cheia. Em geral, os alunos desmereciam muito suas aulas, havendo poucos interessados em seus devaneios apaixonados e descometidos. Frank particularmente achava-o uma figura interessante, um pouco risível talvez, mas tinha lá suas qualidades. Já Gerard tendia mais à fascinação quando se tratava do professor, uma vez que possuía um apreço extraordinário das artes. As artes eram a coisa mais livre que Gerard conhecia, um lugar seguro para pessoas como ele (em qualquer realidade naquela década, Gerard seria apenas uma bichinha suburbana, mas nas artes ele poderia facilmente ser visionário ou excêntrico, o que são nomenclaturas definitivamente mais agradáveis), e por isso ele a amava em todas as suas formas. Frank olhou-o de longe, rindo baixinho um risinho terno, vendo alguma graça na seriedade com a qual Gerard parecia ouvir a aula, a qual podia ser considerada qualquer coisa, exceto séria.

_Eu caminhava com dois amigos - o sol se pôs, o céu tornou-se vermelho-sangue. _disse o professor, recitando um trecho do diário de Munch no qual ele falava sobre sua obra, O grito.

Frank não estava verdadeiramente entusiasmado com nada daquilo que ele dizia e, apoiando seu rosto na palma de uma das suas mãos, analisava despretenciosamente a sua mesa, arranhando-a levemente com seu lápis. Passaram-se alguns segundos. Frank bocejou e voltou sua atenção outra vez para o homem, torcendo para que estivesse falando algo infimamente mais interessante agora.

_Parecia-me escutar o grito imenso, infinito, da natureza. _concluiu sua citação, falando pausadamente as palavras, crispando e estalando seus lábios em seguida e percorrendo silenciosamente com os olhos toda a sala por um instante, levemente curvado. Então, endireitando o corpo e sorrindo, anunciou: _Eu espero de vocês, para a semana que vem, um trabalho de pelo menos dez páginas sobre o expressionismo alemão, especificando como foi caracterizado na pintura e no cinema. _houve uma interjeição de descontentamento geral na sala. _Mas _disse, levando o indicador. _vocês podem fazer em duplas.

Drowning Lessons  -,' Frerard ,'-Onde histórias criam vida. Descubra agora