Capítulo 10 - You can run away with me any time you want

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Olá, gente ♡

Não tenho muito o que falar desse ep, na real. Apenas que a partir de agora eu vou citar a Jamia às vezes, mas queria deixar claro que não tenho nada contra ela. Acho ela fofíssima, usei o nome dela mais pela questão do easter egg.

Também tem umas críticas ao catolicismo e tudo, mas, olha, é super na paz, sério.

Não é um ep super cheio de ação, mas a gente descobre umas coisas importantes sobre os dois e eles começam a se conectar aqui. Lembrem-se que o contexto histórico é Guerra Fria e tudo, isso vai ser importante.

Agora um mechandising totalmente desvinculado à fic, então pulem isso se quiserem. Se vocês forem no meu twitter, @Gayestx, vão ver que no fixado tem uma thread. Eu decidi fazer edições do povo do MCR como capas de livros de terror clássico. Se de repente quiserem dar uma olhada, seria legal. Lá no finzinho vou deixar uma amostrinha pra vocês verem.

É isso. Boa leitura. ♡

Gerard atravessava o refeitório, desviando-se das cadeiras espalhadas remanescentes do intervalo, rumando ao ginásio. Raramente ia lá, uma vez que faltava a absolutamente todas as aulas de educação física, entregando trabalhos escritos para recuperar a parte da nota necessária para que não reprovasse – achava medieval e desumano fazer pobres adolescentes fumantes correrem como burros ao redor de uma quadra. Então, na verdade, não sabia exatamente como era o lugar, muito menos conseguia pensar o que Frank poderia querer fazer lá. Mesmo assim, daria uma chance a Frank. Aceitar, é o que você precisa fazer. Não seja tão paranoico.

Estava parado em frente à entrada do ginásio. Hesitava em abrir. Olhou pelas janelas da porta. Podia ver Frank sentado nas arquibancadas, seus antebraços apoiados nos joelhos. Não havia mais absolutamente ninguém na quadra, então ao menos apanhar de uma enorme quantidade de brutamontes Gerard não iria, o que, okay, já era um progresso. Tudo bem. Vai lá, você pode fazer isso.

Gerard empurrou cuidadosamente a porta e Frank levantou-se imediatamente que o viu entrar. Estivera há alguns dias pensando em formas de ver novamente Gerard. Precisava ser discreto, as pessoas daquele colégio vigiavam umas às outras. Se elas pensassem que estavam conversando, considerando a fama que Gerard tinha, associariam na hora a um relacionamento homo secreto – e não era nem de longe o que Frank queria. Foi quando se lembrou do lugar onde ele próprio costumava se esconder quando se sentia frustrado ou cansado. Pensou que parecia uma boa ideia levar Gerard lá porque aumentaria entre eles a aparente intimidade, além de ser um lugar seguro para se encontrarem (não existiam muitos outros caras no mundo que pensassem ser cheiro de suor e água sanitária os melhores aromas para um quase encontro, então provavelmente ninguém apareceria por ali por um bom tempo).

Gerard se aproximou. Se sentia tão tenso que mesmo o ruído surdo do seu sangue fluindo espremido em suas artérias o enlouquecia. O chão polido da quadra fazia cada passo seu ecoar, retumbante. Frank descia os degraus da arquibancada. Estava nervoso também e sentia que cada passo era em falso, incapaz de sequer sentir a madeira gasta na qual pisava. O barulho do all star de Gerard no piso martelava em seus tímpanos.

_Por que estamos aqui? _Gerard perguntou.

_Eu só estava entediado, você não? _soltou uma risadinha aguda e sibilante.

_E você achou que exercícios ajudariam? _Gerard suspirou pesadamente.

É claro que Gerard estava entediado. Pra caralho, pra ser honesto. Na aula, o professor havia distribuído tantas bananas e laranjas para simular os aparelhos reprodutores que Gerard se perguntou se não havia se inscrito acidentalmente para alguma matéria extracurricular sobre horticultura. Mesmo assim, entre ficar sentado colocando camisinhas em frutas e correr exaustivamente pela quadra, ele preferia – bom, preferia se esconder em seu quarto ou em um banheiro qualquer, a salvo tanto da anatomia quanto dos shortinhos de tactel.

Drowning Lessons  -,' Frerard ,'-Onde histórias criam vida. Descubra agora