Paisagem poética da vida
Servida num cardápio
De variados pratos
De prazeres e tristezas.
De sonhos que estão
Logo ali na esquina,
Ao alcance de suas mãos
Ou de outras que paguem mais.
De vazio...
No vazio dos olhos
Que dissimulam,
Mentem,
Manipulam...
E friamente brincam de destino.
De primavera desperdiçada
Por aqueles que se fecham por trás
Das cortinas.
E,
Daqueles que assim como eu,
Também choram,
Sentem medo
E acreditam que não se podem cortar caminho,
Desviar a rota,
Pegar atalhos...
Mas, num mergulho mais profundo
Ir pra dentro de si
Numa viagem onde
A paisagem poética poderá ser ambígua
Mas de lá... Podemos descobrir
O verdadeiro sentido de existir.