Ando cansada
De procurar respostas
Nas frestas das portas do mundo
Vivo de tolas ilusões
Igual a tantos
Que tropeçam nas pedras do tempo
Sou o adverso de tudo que reluz
Sou as ruínas
Do teu castelo de sonhos
E do teu sorriso perfumado
Sou espectador
Neste lado opaco da terra
Onde não há paz
Nem o sol da esperança.
Fico inerte...
Observando os anos passarem
Modelando teu corpo,
Moldando-te o rosto
Com formas perfeitas
E fórmulas mágicas...
Quando canso dessa inércia,
Recolho o que resta de mim,
(enclausuro-me em meu mundo)
... E choro.