Com os olhos brilhantes,
veio murmurante como brisa noturna, roubar beijos... e a vida.
O ar ficou impregnado
com o perfume do seu sorriso,
que se fez mel no meu mundo.
Queimou! Feriu!
Em mim cicatrizou-se
em forma de amor.
Depois se foi,
como quem morre...
Morreu em mim a fé,
eternizou em mim a dor.
Vejo agora, em cada ser,
que o destino se cumpre,
ninguém muda a rota...
Encontro vidas que choram,
outras que riem...
- Eu?
aborto os sonhos
que construí ao seu lado.
Assassino recordações...
e continuo minha viagem,
inocentemente...
feliz com o simples fato de viver,
e renascer a cada dia,
sem a punição da saudade.
