Altruism

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Flashback off

- Entenderam agora? Nosso inimigo é muito maior do que pensaram. Não confiem em ninguém além de vocês mesmos, os guardas são comprados e as provas foram falsificadas. Alternei o olhar. - Mas não se preocupem, vou resolver isso sozinho.

- Não aceito isso chefe, somos uma equipe. Tine esbraveja irado.

- Um membro valioso da equipe está em perigo e como lider desse pelotão é meu dever ir a procura dele. Falei sem rodeios. - E como amigo, eu peço 'pra ficarem fora dessa vez. Finalizei me arrumando e eles apenas assentiram. - Relaxem, tudo vai voltar a ser como era. Saí antes de darem alguma resposta.

***

Finalmente chego na sede, entrei quieto e sério, indo a minha sala, mas sou parado pela recepcionista de antes.

- Bom dia Tenente, chegou uma caixa pra você, deixei ela na sua sala. Eu agradeço assentindo e volto ao meu caminho.

Assim que entro, tranco a porta e abro a caixa, ela estava sem remetente, mas eu fui obrigado a fazer uma nota mental sobre isso, tirei outra câmera digital com um novo vídeo.

- Parece que estamos destinados a isso, não é mesmo? Ele ri sarcástico com a voz distorcida. - Mas desta vez será diferente... ao que notei, seus amigos estão bem acabados. Forçou segurar o riso. - Como sabe, seu protegido está comigo. Uma luz acende e vejo Ae na mesma situação dos outros, mas ele estava bem, apenas desmaiado. - A não ser que queira os miolos dele espalhados pelo chão, venha sozinho para este endereço. Alguns numeros e palavras aparecem na tela. - Te aguardo lá... ah e... não perca a fé. E o vídeo acaba. Respirei fundo, tentando controlar todo o ódio dentro de mim, mas alguém bate na porta.

- O que é!?!? Pelo reflexo pude o homem se assustar pelo meu grito.

- E-eu posso v-voltar mais tarde... Gaguejou amedrontado.

- Essa é uma ótima ideia. O encarei esperando ele sair pra pegar a chave e voar para o local desejado.

***

Tudo pronto para entrar, mas do nada eu sinto algo estranho, um calafrio seguido de um arrepio na pele, esquisito, nem está frio. Deduzo que seja o medo de entrar no enorme galpão metálico abandonado, principalmente quando sei quem é o inimigo. Sacudo a cabeça pra afastar os pensamentos e preparo a arma.

- Essa merda toda acaba aqui. Sussurrei a mim mesmo.

E empurro a porta dupla, com a arma mirando e a lanterna, averiguei o local até achar o interruptor, assim o ligando. Não tinha muita coisa, apenas meu amigo quase acordado e despenteado na cadeira bem no meio do salão. Corro até ele e me agacho.

- Ae? Você 'tá bem? Puz arma no suporte e segurei seus ombros o balançando, mas senti um líquido estranho na ponta dos dedos. Olhei-as e notei o vermelho. - Não. Afastei a camisa e vi o simbolo que temia.... .

- Hum... Can... Ae balbucia desorientado. - Onde a gente 'tá? Pergunta mexendo a cabeça levemente.

- Não se preocupe com nada, vamos sair daqui. Falei, mas Ae arregala os olhos encarando algo atrás.

- Can, cuidado! Ele tenta se soltar, mas em vão. Ja eu fui puxado e jogado com força pra longe dele.

- Argh... mas q... olhei para quem tinha me afastado... era ele... - Tin! O mesmo segurava minha arma na cabeça do acorrentado.

- Queria esse reencontro em melhores condições, mas da 'pro gasto. Esnobou irritante como sempre.

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