Don't call me

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Dias se passam, os casos aumentam, assim como o numero de condenados. Realmente estou cansado disso, tanto esforço em vão, parece que eles não aprendem nunca. Me pergunto por que aceitei esse trabalho.

Flashback

Ultimamente meu trabalho se resumia a limpar aquela bancada empoeirada de cabeça baixa, porém, aquela sensação ruim, como se algo estivesse me engolindo de dentro pra fora, não sumia de jeito nenhum. Já se passaram dois anos desde que terminei com Tin, suas mensagens nunca mais apareceram, as ligações não aconteciam mais, acabei por ficar com o mesmo número, não na esperança de ele me ligar ou coisa parecida, mas pelo simples fato de não fazer sentido trocar, estou bem com que tenho.

"Uma cerveja bem gelada, por gentileza". O freguês me tira dos pensamentos.

"Lata ou litro?".

"Litro".   

"Ok". Fui até o balcão e pequei seu pedido. "Aqui está. Beba com moderação". Entrego a ele junto com copo, podendo ver o homem melhor, um rosto simples, porém com trajes de um detetive.

 Entrego a ele junto com copo, podendo ver o homem melhor, um rosto simples, porém com trajes de um detetive

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"Depois que aconteceu, a ultima coisa que preciso é de moderação". Ele ri alto e saúda a si mesmo, dando um gole do líquido.

"Até onde sei, os detetives precisam estar sóbrios no trabalho". Me apoiei no extenso balcão.

"Como sabe que sou...". Indagou com rosto confuso.

"Além do fato de ter uma 9mm na cintura, seu distintivo está aparecendo". Expliquei o olhando, que escondeu os objetos e deu de ombros. "Me diz, o que aconteceu?".

"Interessado nos horrores desse caso não resolvido?". Perguntou desafiante.

"Bom, desde criança eu mostrei interesse em livros de investigação. Então sim, e com você falando eu posso cobrar as cervejas extras que provavelmente vai pedir". Citei, gesticulando a esquerda.

"Pois bem, tudo começou por causa de uma chamada....

E assim foi o resto das noites, ele sempre aparecendo no mesmo horario, se sentando na frente do balcão e me contando algumas informações sobre os casos que ele pegava, vez ou outra ele me perguntava o que eu faria na situação. Entretanto, chegou uma certa noite que ele me ofereceu uma vaga como investigador iniciante, já que ele ia ir para outro distrito, e eu aceitei.

Depois de muito tempo trabalhando, consegui chegar ao cargo de chefe e pude montar minha própria equipe de detetives criminais. Pedi ao Ae para ser "sub-chefe", botar ordem e organizar os pelotões, seu pulso firme e visão única eram de extrema importancia, mas ele queria que Pete estivesse ao seu lado, porém, eu não consegui convencer o diretor e eu entendo o por quê. Ambos eram muito carinhosos e apegados, podendo botar em risco a reputação da unidade, sem esquecer que é proibido relacionamentos entre agentes da mesma unidade.

Flashback

Hoje, podemos nos orgulhar de tudo que temos, além de termos a maior taxa de casos resolvidos, somos respeitados por nossos esforços. É, seria realmente bom se eu demontrasse ânimo ou me importasse com esse tipo de coisa.

Enquanto pensava neste passado estranho, meu celular vibra e eu logo o atendo.

"Rathan".

"Temos um 12-34 no centro de comércio". O policial explica, afobado.

"Chego ai em dez minutos". Pego meu casaco e saio da sala o vestindo, indo para o escritório compartilhado. "Temos um caso. 12-34 no comércio".

"Eu dirijo". Ae pega a chave e todos avançamos ao carro.

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