No dia seguinte... 20h...
Novamente, em uma lanchonete, comendo alguns petiscos com Ae e o resto da equipe, eles trocando risadas e conversando, já eu, estava olhando para o vidro da frente, querendo ir embora e dormir até amanhã. De repente algo, ou melhor alguém, me chama atenção, uma silhueta bem conhecida... Tin. Sim, era ele. Estava sorrindo maleficamente para mim, também me chamava com o indicador. Estranhei aquilo e me levantei franzindo o cenho.
- Algo de errado chefe? A jovem pergunta e eu a olho.
- Ah.. acabei de me lembrar que tenho uma reunião com a promotoria. Menti. Procurei a maldita carteira, mas o Ae me alerta.
- Pode deixar, eu pago. Ele sorri me parando.
- Na proxima sou eu. Assenti em agradecimento e quase corri para fora.
Mas quando saí... não tinha ninguém. Estranho. Girei alguns graus a direita e vi suas vestes brancas voarem para dentro de uma rua e com toda discrição que pude o segui. Estava ocorrendo bem, ele entrava em algumas lojas, ficava por um tempo e depois saia, não conseguia ver muito, para não estragar o disfarce.
Chegou um momento que ele andava tranquilamente pela calçada com o aparelho na orelha, um pequeno cisco entrou no meu olho, fui forçado a fecha-lo e coçar até sair. Entretanto, assim que voltei minha atênção a ele, alguém havia o puxado para um beco escuro do nada, arregalei os olhos e corri na sua direção. Assim que cheguei, o beco estava vazio, apenas algumas lixeiras grandes coladas nas paredes de tijolos, fui até o final do lugar, obviamente parando na frente de uma parede tijolada.- Será que 'tô vendo coisas? Coçei a cabeça confuso. - Podia jurar que vi ele entrar aqui. Dei de ombros e virei para ir embora, mas me surpreendo pelo maior. - Tin! Sem falar muito, ele sorri e me prensa na parede. - T-tin, o que está fazendo? Pergunto tentando me soltar dele, ja não respirava direito.
- Shh... Calou ele, deslizando seu nariz pelo meu pescoço, enquanto sua direita apertava meu maxilar na parede.
O embrulho me pega, assim como o rosto quente e a dificuldade para respirar.
- T-tin... me solte... você pode ser preso. Forcei a voz, mas ela saiu tão baixa e estranha que nem eu reconheci.
- Admita. Beijou a base do ombro. - Fale que ainda me pertence. Ele vai de encontro aos meus olhos.
- N-não estamos... mais juntos. Suspirei puxando o ar, segurando seu braço em vão. - E poderá... ser preso por isso. Puxei o ar novamente, quase embaralhando a visão.
Ele trava por alguns segundos, mas depois me larga e eu encontro o chão cimentado. Puxei rapidamente o ar nos pulmões, regulando a respiração aos poucos, tossindo algumas vezes e coçando a garganta. O que ele tem na merda da cabeça?!
- O que ia fazer seu maluco? Me estuprar? Perguntei irritado, me levantando.
- Não é uma má ideia. Botou as mãos nos bolsos.
É nesse momento que realmente fiquei mais que sem reação, além de confuso, eu não sabia o que falar.
- Achou mesmo que iria fazer isso? Tombou a cabeça. - Me sinto ofendido. Disse colocando a ponta dos dedos no peito. - O que eu quero é te ver implorar pra me ter dentro de você. Chorar rios para ser fodido por mim. Ele se curva um pouco e abre aquele sorriso nada puro.
- Sabe que nem se eu quisesse isso iria acontecer.
- Eu sei esperar, Cantaloupe. Ele abre ainda mais o sorriso depois do meu nome inteiro. - Até lá, eu vou te provocar até ceder.
- Não me chama assim. Rasguei entre os dentes, travando o maxilar.
- Eu adoro quando você faz essa cara, me excita ainda mais. Ele morde o lábio me olhando de baixo pra cima. - Mas, agora não é o momento certo. Ele se retrai, afastando-se de costas pra mim. - Te vejo por aí, meu diamante bruto. Finalizou saindo de cena. Momentos depois, meu celular toca.
- Tenente Can.
- Chefe, outro caso, mas... temos um problema. Ae fala do outro lado.
- Os que eu já tenho não são suficientes? Suspirei nasalmente alto, pressionando o meio da sobrancelha. - Qual o problema?
- Vou ligar a câmera. Em instantes recebo a imagem de uma parece branca com uma palavra escrita, "silêncio". - A escrita diferenciada, é o nosso serial killer chefe, mas não achamos corpo nenhum.
- Eu sei o que ele quer dizer. Foi aí que liguei os pontos. - Já ouviu falar dos dez mandamentos?...
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P.O.V Tin
- Você ainda vai ser meu Can, é só uma questão de tempo. Me aproximei da janela enquanto secava meu cabelo pós-banho.

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Horror Summer
Fanfiction{Segunda temporada de Imparcial Summer.} Anos se passam, os jovens crescem e a vida continua. Can, agora com seus 23 anos, é chefe de uma equipe de policiais da C.I.A da Tailândia, tendo milhares de casos ligados a um serial killer para resolver, qu...