Faith - Part 2

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Entro quase correndo na minha sala e tentei ligar para todos novamente, mas nenhum atendia. O que 'tá acontecendo? Eles não podem simplesmente sumir. Me viro para a mesa atrás de mim e noto uma pequena caixa lacrada e um bilhete dizendo que era pra mim.

- O que será isso?... Pego o objeto e logo o abro, vendo um pendrive preto. Rapidamente puxo o notbook pessoal e plugo o dispositivo. - Só tem um arquivo de vídeo. Encarei a tela. O nome diz.. "assista sozinho", e foi o que eu fiz. Abri.

A princípio, não tinha muito valor, era uma sala preta mal iluminada, sendo que a qualidade do vídeo lembrava de uma câmera qualquer, tanto que "bugava" de vez em quando. Segundos após isso, uma luz se acende e vejo um homem jovem, de cabeça baixa, sentado na cadeira, parecia estar desacordado e amarrado, havia sangue seco no chão.

- Olá Tenente Can. Dei um espasmo pelo susto, já a voz estava distorcida. - A investigação acelerou de uma forma que não estava me agradando, então... resolvi atrasá-la um pouco. Você não vai se importar, não é? Ele solta uma risada maligna, seguido de um suspiro descontraído. - Mas... não é disso que se trata esse vídeo. Uma figura toda preta com uma máscara surge de trás de do jovem e puxa seu cabelo, obrigando-o a encarar mostrar sua face. Arregalei os olhos.

- Aquele... é o Tine?! E ele estava amordaçado.

- Reconhece? Eu sei que sim, ele é seu amigo, assim como todos os outros... Um estalo de dedos é soado e mais duas luzes foram acesas. - Acho que se lembra da querida Fay e seu colega Techno. O que? Até o No está no meio dessa loucura. Assim como Tine, suas cabeças são erguidas e estavam amordaçados. - Se quiser ve-los, siga para o endereço que irá aparecer. Vá sozinho, terá dez minutos. As luzes se apagam. - Ah, 'pra dar um incentivo... não perca a fé. Aquela risada maldita ecoa novamente e o vídeo acaba.

- Preciso ser rápido, não adianta contrariar e... Foi aí que me toquei. O Ae não estava lá! - Esse serial killer pegou os meus amigos e o Ae está sumido. Não, pode ser só uma coincidência. Balancei a cabeça, afastando os pensamentos ruins e corro pra fora da cede, avisando que tinha uma emergencia.

***

Logo no galpão de metal abandonado, os grandes portões estavam abertos e pude ve-los de longe, desacordados. Preparo a arma e sigo diretamente encurvado, já dentro não se ouvia nada além dos meus passos. Quando do nada, ouço os portões serem arrastados e fechados, me deixando num escuro completo, mas não demorou muito para algumas lâmpadas ligarem e eu ter a visão dos desmaiados, com um bônus de três homens de preto, em pé, logo atrás das cadeiras, todos com marcadas de Halloween. Apontei a arma para o do meio.

- Calma tenente, não faça movimentos bruscos, a não ser que queria a cabeça dos seus amigos espalhadas pelo chão. Sua voz disfugurada aparece "apaziguando" a situação.

- Verme. Rosnei baixo.

- Achou mesmo que seria tão fácil assim, tenente? Ele ri debochado.

- O que quer, cretino?! Gritei irritado, olhando para os cantos.

- Quero jogar um jogo...
 

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