Faith - Part 1

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Algumas horas depois...

P.O.V Can

Cheguei no carro, abri a porta e parei me encostando na batente, aquela dor já estava me irritando, além de não conseguir sentar direito, as pernas ficam tremendo e minhas costas estão queimando. Não acredito que fui idiota o suficiente para ceder a ele.

- Quer ajuda? Tin surge, encostado na porta do lado passageiro.

- De você não, obrigado. Encarei seus olhos escuros com a melhor cara de poucos amigos.

- Estou surpreso por você ainda conseguir andar. Falou enquanto dava a volta e parar na minha frente.

- Achou que eu ia ficar igual a sua empregadinha mal-comida? Desse jeito você me ofende. Olhei de cima pra baixo.

- Parece que está com ciumes mesmo, voltou no assunto da empregada. Sorriu de canto e pegou meu queixo. - Entenda Can, só porque dormiu comigo não quer dizer que perdi o interesse. Os mesmos dedos deslizam pescoço abaixo. - Acredite, quero te ter por completo.

- Me poupe do seu papo obsessivo Tin, tenho mais o que fazer. Tirei sua mão boba fora.

- Ora, ainda com essa atitude repentina. Não foi isso que eu vi ontem a noite. Sua outra mão aparece com uma câmera digital... E um vídeo nosso estava rodando nela. Arregalei os olhos e ele abriu mais o sorriso.

- Não acredito que chegou nesse nivel tão baixo de desespero. Me da isso. Tentei pegar, mas ele afastou.

- Cada um joga com as cartas que tem. E digamos que isso é minha resposta por você agarrar o Ae na minha frente. Deu de ombros. Ele guarda a câmera e me pega estilo noiva, me levando ao passageiro.

***

- O que quer, afinal? Perguntei, depois de um tempo calado e emburrado.

- Você, é claro. Respondeu óbvio, sem tirar os olhos da rua. - Mas hoje quero mostrar 'pra todos que tem dono.

- Hoje? Como assim hoje?

- Simples, eu sei que em algum momento alguém vai notar os hematomas que deixei em você. Então, se alguem perguntar o que aconteceu, apenas diga a verdade. Explicou, gesticulando a mão, mas a outra estava no volante. - E eu sei que não quebra promessas.

- Se eu fizer isso, vai apagar esse video?. Ele assente sorrindo satisfeito. Umedeci os lábios. - Tudo bem. Mais alguma coisa? Ja estou num beco sem saída mesmo.

- Vai ter planos 'semana que vem?

- Vou viajar com minha mãe e a Lay, vamos passar o ano novo em Taipei. Abaixei a cabeça e abri o celular.

- Entendo. E amanhã a noite?

- Eu tenho reunião com o Procurador geral a tarde e provavelmente vou chegar cansado.

- Ok, marcado 'pra amanhã as sete na sua casa.

- Espera o que? Desviei o olhar e o encarei confuso.

- Quero você lá. Ele para o carro e noto que já tinhamos chegado na série.

Suspirei alto. - Tanto faz. Abro a porta e Tin segura meu braço. - O que foi agora?

- E o beijo de despedida? O encarei nojentamente surpreso.

- Até parece. Beijo minha bunda. Arranco o músculo e saio do carro a passos apressados.

Assim que abro a porta dupla não vejo muita gente, mesmo sendo um pouco cedo, deveria ter mais pessoas. Procuro minha equipe e não encontro ninguém, vou a recepcionista da outra unidade e pergunto por eles.

- Estranho, ligaram 'pra pedir dispensa. Tine não tava bem, o Ae tinha um encontro e a Fay tinha ingressos 'pra um show do BLACKPINK. Citou a moça.

- Hein? Filhos da mãe. Revirei os e saquei o celular.

- Perdão?

- Tine não fica doente a dois anos, Ae não tem um encontro por que está deprimido pelo término e hoje não tem show. Disquei seus números e nenhum atendia.

O que pode ter acontecido?...

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