A gruta da morte VII

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Tomy acordou ao outro dia e Ema ainda dormia no seu peito.
Tomy ainda estava a pensar no que tinha se passado no dia anterior, levantou-se devagar e deixou Ema na cama enquanto foi tomar banho, quando voltou Ema estava acordar.
- Bom dia herói- disse Ema espreguiçando-se
- Bom dia Ema- disse Tomy vestindo-se - nanaste bem?
- Muito bem meu anjo- respondeu Ema se levantando como veio ao mundo.
Ema vestiu seu robe e despediu-se de Tomy para ir se preparar para o pequeno almoço.
Tomy desceu para tomar o pequeno almoço e já estavam lá Vítor e Joana
- Bom dia Tomy como foi a noite?-perguntou Vítor
- Como foi a noite, como foi a noite? Como assim?- perguntou Tomy a pensar que Vítor suspeitava de algo sobre a noite com a filha.
- Sim, Tomy se dormiste bem, e gostaste da comodidade do quarto- respondeu Vítor
- Ah isso, sim dormi muito bem obrigado- respondeu Tomy sorrindo
- Mais café querido- perguntou Joana a Vítor
- Sim querida pode ser- respondeu Vítor comendo uma torrada.
Não tardou todos se juntaram ao pequeno-almoço, o avô de Tomy não vinha com a sua cara sorridente do costume, o Miguel sempre cheio de sono e Maria parecia que ainda estava chateada, mas Ema estava feliz como nunca e não escondia a felicidade.
- Ema vejo que dormiste bem- reparou Joana dando-lhe uma chávena de café.
- Sim maravilhosamente- disse Ema enquanto piscava o olho a Tomy.
Tomy reparou que Maria tinha visto Ema a piscar-lhe o olho e ficou ainda mais zangada.
- Alberto tenho que te alertar de uma coisa- disse Vítor com ar preocupado
- Sim estava para te perguntar isso- continuou Alberto- Essa tal gruta da morte nunca ninguém da aldeia lá foi?
- Oh sim já- respondeu Vítor tristemente- Mas como sabes nós não somos bruxos e para passar os obstáculos da montanha é preciso ter poderes mágicos por isso é que estamos aqui aprisionados a gerações.
- Sim eu sei disso mas nunca ninguém soube o que poderá existir na gruta?- perguntou Alberto.
- Apenas o que sabemos é que segundo os antepassados vem dizendo a cerca da gruta é "nunca sejas ganancioso isso pode ser a tua ruína" e também "nunca te deixes levar pelas aparências elas te iludem" é tu que sei Alberto, desculpa não podermos ser grande ajuda de momento.
- Pelo contrário essa informação vale ouro obrigado Vítor, por tudo- agradeceu Alberto.
- Vale ouro? Mas com essa informação ficamos a saber o mesmo- interrompeu Miguel.
- Sabes Miguel nem todos tem o cérebro do tamanho de uma noz como tu- respondeu asperamente Maria.
- Que bicho é que te mordeu?- perguntou Miguel ofendido.
- Bem Vítor, Joana, obrigado por tudo- agradeceu mais uma vez Alberto- Nós vamos andando.
Despediram-se todos e Tomy ficou um pouco para trás enquanto se dirigiam a saída da aldeia.
Quando Ema veio a correr atrás de Tomy chamando por ele.
- Tomy, promete que no fim disto tudo desta guerra voltas- disse Ema triste com as lágrimas no canto do olho.
- Se não morrer eu volto Ema- disse Tomy brincando.
- Parvo pah, tu tens que sobreviver, és um herói Tomy- beliscou-lhe a bochecha em seguida de um beijo.
- Sim Ema eu prometo que volto- prometeu Tomy.
- Toma- disse Ema entregando um colar com um crucifixo em ouro.
- Não, não posso aceitar- rejeitou Tomy amavelmente.
- Cala-te, lembra-te que estarás sempre no meu coração- disse Ema colocando o colar no pescoço de Tomy.
Tomy despediu-se de Ema com um beijo na testa, e rapidamente se juntou aos seus parceiros para rumar a gruta da morte.
A medida que se afastavam da aldeia o tempo começava a ficar mais pesado e assustador o nevoeiro era tão denso que não viam nem um palmo à frente dos olhos.
- Não se vê nada como vamos encontrar a gruta da morte se não vemos nada?- perguntou Miguel
Do nada o senhor Alberto começou a cantar alto.
- Sem dúvida o teu avô é meio apanhado da pinha Tomy- disse Miguel aborrecido.
- Cala-te Miguel o senhor Alberto sabe o que está a fazer- disse Maria e começando também a cantar.
Caminharam mais um pouco e as vozes de senhor Alberto e Maria começaram a fazer eco.
- Agora perceberam porque é que cantávamos meninos?- perguntou o senhor Alberto.
- Sim avô porque as grutas fazem eco quando estamos suficientemente perto- respondeu Tomy.
Entraram na gruta e estava escura e escutavam pingas de água a cair do teto.
- Meninos usem feitiço de iluminação- ordenou senhor Alberto.
- Iluminação total- todos disseram
E cada um formou uma esfera iluminante que flutuava perto dele e os acompanha para onde quer que fossem.
- Não toquem em nada que virem- alertou senhor Alberto.
Continuaram gruta a dentro em silêncio absoluto apenas escutavam a água a cair do teto e os passos deles, chegaram a uma espécie de monumento dentro da gruta, a volta dele tinham vários túmulos.
O monumento tapava a passagem da gruta.
- Boa a gruta não tem saída- comentou Miguel- Vamos ter que voltar para trás
- Tem saída Miguel temos que atravessar através do monumento- disse senhor Alberto sério.
- O queeeeee?- disse Miguel assustado- mas não sabemos como iremos encontrar lá dentro.
- Pois não sabemos mas é a única forma de passarmos- respondeu senhor Alberto.
Aproximaram-se da entrada e abriram a porta que fez um enorme barulho a abrir, entraram e lá dentro tinha bancos alindados de cada lado e ao fundo um altar talhado a ouro, diamantes, rubis e safiras, perto dele encontrava-se outra porta.
- Ali está a saída meninos- disse senhor Alberto.
Quando se aproximavam da porta ouviram um barulho vindo do teto, todos olharam e viram o que preferiam não ter visto.

Tomy rojerOnde histórias criam vida. Descubra agora