O desaparecimento de miguel IX

33 1 0
                                    

Caminharam num corredor longo e pouco iluminado, Tomy ainda estava a pensar como seria possível ele ser o único que conseguiria derrotar o máscara.
- Meninos mais um pouco e segundo o mapa chegamos ao exterior da gruta- informou senhor Alberto.
Quando alcançaram o exterior da gruta estava tudo escuro numa floresta sem vida.
- Espera como é possível já estar de noite se ainda nem a uma horas estivemos lá dentro- observou Miguel pensativo.
- Lembra-te do que disse o Vítor, "não te deixes levar pelas aparências elas te iludem"- recordou senhor Alberto- estamos presos numa ilusão de alguma criatura ou de um feitiço.
- De um feitiço não pode ser avô- disse Tomy- eu estou imune a feitiço, se fosse um feitiço pelo menos eu não seria afetado.
- Tens razão Tomy, por isso isso é ilusão de uma criatura- afirmou o senhor Alberto- meninos vamos embora.
Caminharam floresta dentro, a visibilidade não era boa e a vegetação era bastante densa.
Caminharam parecia horas e a vegetação não cedia nem o sol dava sinais de nascer.
- Meninos vamos acampar aqui- parou o senhor Alberto para os encarar- O não, nao, não, não.
- Que foi avô?- perguntou Tomy
- Onde está o Miguel?- perguntou o senhor Alberto em pânico.
Miguel tinha desaparecido sem deixar rasto, ninguém tinha dado conta do seu desaparecimento.
- Quando foi a última vez que o viram?- perguntou o senhor Alberto.
- Foi a dez minutos a trás quando ele parou para atar as atacas- disse Miguel
- Temos que o procurar imediatamente- ordenou o senhor Alberto.
Voltaram para trás e alargaram as buscas por toda a floresta nada encontravam nem rasto de Miguel, tinha desaparecido sem deixar rasto.
- Como é possível ele ter desaparecido assim- desabafou Tomy- já procuramos por todo lado e nada, ainda por cima aqui é sempre de noite, o que dificulta o resgate.
- Nem tudo é o que parece- disse o senho Alberto pensativo- Já sei, nós não estamos realmente fora da gruta, ainda estamos dentro isto é outra divisão da gruta só que contém vegetação como se estivéssemos no exterior, ou seja o Miguel não está perdido, está dentro desta decisão, nós temos andado às voltas por isso é que caminhamos por horas, por isso vamos dirigir-nos ao centro da divisão da gruta.
- Bem visto senhor Rojer- felicitou Maria
- Mas a questão é que não estamos sozinhos, alguém raptou Miguel- disse avô preocupado.
- Alguém ou alguma coisa- disse Tomy- por isso temos que nos despachar
- Ok meninos vamos lá- disse senhor Rojer convicto.
Começaram a correr o mais rápido possível para o centro da floresta, não pararam de correr até chegarem a uma cabana assustadora, com tábuas pregadas nas janelas.
Pararam todos em silêncio a observar a cabana, senhor Rojer aproximou-se da cabana e encostou o ouvido a porta para tentar escutar algo.
Quando voltou para trás ele vinha em pânico, um pânico silencioso.
- Meninos, esta algo dentro da cabana e Miguel está lá ouvi a sua voz- disse o senhor Alberto baixinho.
- E agora que fazemos- murmurou Tomy- Como o tiramos dali?
- Primeiro temos que saber com o que estamos a lidar- disse o senhor Alberto- Vamos fazer o seguinte vamos nos esconder atrás destes arbustos e atiramos umas pedras, vamos fazer com quem raptou o Miguel venha cá fora e aí vemos o que devemos fazer depois.
Assim fizeram pegaram em pedras e atiraram para a porta e esconderam-se, momentos depois a porta abriu-se e todos puderam ver a criatura por causa da luz do interior da cabana, era uma hag, é uma criatura feia e velha, um tipo de fada idosa ou até uma deusa ou divindade selvagem, que vive em florestas escuras e isoladas e que se alimentam de carne, muitas vezes humanas.
- Oh isso não é bom- disse Maria- É uma hag, as hags são...
- Maria nós sabemos o que é uma Hag- murmurou Tomy- Guarda essas explicações para o Miguel.
A hag voltou para dentro e a chaminé da cabana começou a fumegar
- Bem já sabemos que é uma Hag- disse o senhor Alberto- E se não agirmos rápido o Miguel será o seu almoço.
Eles avançaram destemidamente até a cabana arrumaram a porta e viram a hag com uma faca na mão em direção a Miguel que estava amarrado a uma cadeira, a hag quando viu a invasão na cabana gargalhou e correu para senhor Alberto que era o que estava mais perto
- Atarduar- pronunciou ele sem hesitar.
A hag caiu para trás inconsciente, Tomy enquanto isso desamarrava Miguel para saírem daquela cabana cheia de ossos de animais e algumas pessoas.
Abandonaram a cabana e tentaram encontrar uma saída.
- Pensava que ia morrer ali- disse Miguel ofegante.
- Como é que te deixaste apanhar?- perguntou Tomy.
- Não sei eu ia a trás de vocês e não me lembro de mais nada- respondeu Miguel
- O que interessa é que estás a salvo- disse senhor Alberto- Agora vamos encontrar uma saída rápido.
Andaram mais um pouco no centro da floresta interna e encontraram uma espécie de uma gruta.
- Bem que ironia- disse Maria- uma gruta dentro de outra.
Entraram na gruta e caminharam por mais de meia hora até que começaram a ver a luz do dia, quando chegaram a saída viram que o sol já dava a suas últimas raiadas de sol, cá fora viram a paisagem e já se notava que estavam que estavam subindo a montanha, ao longe conseguiam ver o mar.
- Bem subimos mais um pouco até encontrar um lugar seguro para acampar- sugeriu o senhor Alberto.
Subiram a volta da montanha sem fim até o sol se pôr, e arranjaram o pequeno espaço perto da ravina da montanha para acamparem para o próximo dia.
Acomodaram-se e fizeram uma fogueira
- Que dia meninos- disse o senhor Alberto
- Mesmo- afirmou o Miguel- o dia inteiro debaixo da montanha e ainda por cima fui raptado por uma bruxa.
- Na verdade é uma hag Miguel- corrigiu Maria.
- Seja o que for, aquela velha maluca ia me matando- queixou-se Miguel
- Vá meninos acabem de comer para irem descansar que amanhã é outro dia e pode ser pior que este- ordenou o senhor Alberto
- Pior?- disse Miguel- Já começo a sentir falta da escola.
Todos acabaram de comer e foram para as suas tendas descansar.
Tomy deitou-se exausto e a pensar que na outra noite tinha sido maravilhoso, uma noite bem passada com Ema, sentia falta dela e queria sentir os seus beijos de novo, o amor que tinha sentido por Maria tornou-se em amizade.
Adormeceu observando o crucifixo que Ema lhe oferecera.

Tomy rojerOnde histórias criam vida. Descubra agora