Tomy acordou mais cedo que o previsto na sua janela já se notava o romper do dia, levantou-se para ir tomar banho e vestir-se, no fim de se preparar decidiu descer até a sala para esperar que todos acordassem.
Quando se dirigia à sala passou pelo quarto da Maria e escutou a voz dela.
- Por favor não, não me mate por favor- gritava ela.
- É a Maria, quem é que estará no quarto com ela- disse Tomy em desespero a aproximar-se da porta.
Tomy abriu a porta de repente e viu Maria se contorcendo na cama, estava a ter um pesadelo, Tomy aproximou-se dela e tentou acordá-la
- Maria, acorda, ACORDA- chamou Tomy enquanto a abanava.
- Tomy, estás a fazer no meu quarto?- perguntou Maria tapando-se, devido a estar a dormir de roupa interior.
- Desculpa eu ouvi-te gritar, estavas a ter um pesadelo e resolvi acordar-te- explicou Tomy embaraçado.
- Oh sim Tomy foi horrível- disse Maria abraçando Tomy- Sonhei que o sebastião era o máscara e queria matar-me.
- Pronto, pronto já passou foi só um pesadelo Maria- reconfortou Tomy enquanto a abraçava.
- Sabes Tomy és um bom amigo, obrigada por tudo.- disse Maria encarando Tomy nos olhos
- Ora essa os amigos servem para nos apoiar e ajudar em tudo que precisarmos não precisas de agradecer de nada. - disse Tomy ficando mais vermelho que um pimento.
- Agora sai que tenho que me preparar para o pequeno almoço- ordenou Maria acenando com a cabeça para a porta.
Tomy estava a fechar a porta e quando virou as costas deparou-se com Miguel boquiaberto.
- Ahhhhhhh- gritou Tomy- Miguel queres me matar de susto?
- Esse não é o teu quarto- disse Miguel chocado- não me digas que houve festa esta noite?
- Festa?- perguntou Tomy confuso- ohhhh na... não não claro que não, apenas estava a passar no quarto e ouvi ela a gritar e fui ver se estava bem só isso.
- Pois- disse Miguel desconfiado- vamos tomar o pequeno almoço?
- Sim vamos- disse Tomy ainda confuso com a situação.
Finalmente juntaram-se todos ao pequeno almoço.
- Bem espero que estejam todos com energia para a viagem- disse o senhor Alberto
- Vamos a voar certo?- perguntou Miguel ainda com sono
- Não Miguel, não vamos- respondeu senhor Alberto
- Porquê? Assim chegávamos lá rápido- resmungou Miguel
- Porque a viagem para a montanha da angústia é perigosa, e por via aérea eram fáceis de detectar- explicou o senhor Alfredo
Despediram-se todos do senhor Alfredo e começaram a viagem, durante uma hora ninguém falou até chegarem a entrada da montanha onde continha um enorme portão de ferro enferrujado aberto e no topo tinha um aviso
"Estranho, se não quiseres morrer de forma dolorosa não entres"
Os três amigos ficaram a olhar o letreiro petrificados.
- Muito bem meninos a partir daqui vocês irão obedecer as minhas ordens sem hesitar, se eu disser matem, vocês matam, se eu disser para fugir e me deixar para trás, vocês fogem, de acordo?- perguntou senhor Alberto muito sério
Os três ficaram calados a olharem uns para os outro
- De acordo?- repetiu senhor Alberto
- Sim- responderam os três sem ânimo
- Ótimo meninos- disse senhor Alfredo voltando a meter o seu sorriso do costume na cara- Bem segundo o mapa que o meu irmão me deu depois de entrarmos no portão iremos encontrar duas estátuas de duas crianças uma é a tristeza e a outra a miséria, dizem que quem as tocar ficará com o seu sentimento para sempre, por isso nunca toquem nas estátuas não iria querer entregar-vos aos vossos pais cheios de tristeza e miséria.
- Parece fácil, simplesmente não tocar nas estátuas- disse Miguel descansado
- oh espera esqueci-me de mencionar que as estátuas ganham vida e tentam atacar quem por lá passa- concluiu o senhor Alberto
- Ok Malta, esqueçam o que eu disse- disse Miguel desanimado
Eles entraram pelo portão e a cerca de 300 metros viram as duas estátuas imóveis, duas crianças uma assentada no chão com as mãos na cara e a outra com os pés descalços e roupa rasgada com as mãos elevadas para o céu.
Aproximaram-se das estátuas e elas nada fizeram.
- Bem parece que hoje as estátuas adormeceram- disse Miguel a rir
Mal disse isto as estátuas ganharam vida a criança que estava no chão levantou-se a choram e começou a correr para eles a outra caiu no chão e começou a gatinhar na mesma direção.
- Avô o que fazemos?- perguntou Tomy assustado
- Usem o feitiço de imobilização nelas- ordenou o senhor Alberto.
- IMOBILIZAR- gritaram os quatro ao mesmo tempo para a estátua que chorava
Nada resultou as estátuas continuavam a tentar tocar neles.
De repente Tomy sentiu um ódio inexplicável dentro dele e perdeu o controle
- Estátuas nojentas gostam de pedras então comam pedras- disse pegando numa rocha do tamanho de uma casa e atirando as estátuas desfazendo-as em pedaços.
Ficaram todos boquiabertos com a força surreal de Tomy
- Tomy que foi isso?- perguntou o senhor Alberto ainda chocado com o que tinha visto
- Não sei o que foi isto avô, nem eu sabia que era capaz disto- disse Tomy confuso com a sua força surreal.
- Tomy foste muito mais eficaz a levantar a rocha sem poderes do que com poderes- disse Maria ainda surpresa.
- Bem não sei o que foi isso Tomy mas muito bem- disse o senhor Alberto- vamos continuar até chegar a um sítio seguro para almoçar
Caminharam por mais de três horas até que chegaram a um sítio sem arvoredo nem vegetação e pararam para almoçar
- Como é que há pessoas que conseguem viver aqui- perguntou Miguel- Devem ser doentes da cabeça.
- Não Miguel, não são doentes- respondeu o senhor Alberto- simplesmente são pessoas que não tem poderes mágicos alguns e tem conhecimento da magia, e não conseguem fugir daqui sem magia, são pessoas pacíficas mas vivem atormentadas pela montanha, mas quem vos saberá explicar melhor é o representante da aldeia que espero conseguirmos chegar antes do escurecer.
- Boa não vamos dormir em tendas esta noite- disse Miguel feliz
- Por esta noite não Miguel mas para as próximas noites vamos dormir em tendas.- disse senhor Alberto- Bem continuar ainda nos espera uma longa viagem até a aldeia.
Continuaram com Miguel a queixar-se a cada passo que dava, com Maria a queixar-se do ambiente húmido da floresta lhe estragava o cabelo mas Tomy e o avô permaneciam em silêncio absoluto, Tomy estava a pensar como é que tinha sido capaz levantar um rochedo tão grande e o porquê daquela fúria repentina.
- Bem próximo obstáculo fica ali em frente- alertou senhor Alfredo olhando o mapa.
Todos olharam e viram um enorme buraco cheio de nevoeiro a rasgar o caminho, a única forma de passar era através dele.
- Tomy parte aí umas árvores com a tua força bruta para atravessar- pediu Miguel descontraído
- Miguel não é assim tão fácil- disse Tomy, eu não sei como é que fiz aquilo da outra vez.
- Miguel, tem respeito pelo Tomy não empurres tudo para ele- disse Maria zangada.
- Calma meninos, só existe uma forma de atravessar- acalmou o senhor Alberto- a cada passo que vocês derem no meio do nada tem que dizer "passo da morte"
- Até parece fácil- disse Miguel olhando o precipício mortal.
Nesse momento aparecem 4 armaduras sem ninguém lá dentro e gritaram todas "passo da morte"
- Para a próxima cala-te Miguel, sempre que dizes que é fácil ou parece fácil tudo se complica- avisou Maria assustada
Eles avançaram todos até as estátuas e sempre dizendo "passo da morte", começaram a lutar com as estátuas, era muito complicado lutar e dizer passo da morte a cada passo que davam, foi uma luta difícil mas sempre lá conseguiram derrotar as armaduras.
Quando acabaram de atravessar o precipício estavam estafados
- Boa meninos estão a portara-se lindamente- felicitou o senhor Alberto- iremos caminhar mais meia hora e estaremos na aldeia onde poderemos repousar.
Avançaram até chegarem a uma muralha de pedra com duas enormes Torres em cada lado do portão.
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Tomy rojer
FantasíaTomy rojer é um jovem bruxo que vai entrar numa impressionante aventura junto com seu avô e seus dois amigos Maria e Miguel numa batalha contra o maléfico máscara o bruxo do mal