Tomy rojer

O regresso do mal I

Numa aldeia de bruxos e bruxas chamada vila magica vivia um rapaz chamado Tomy Rojer, um rapaz de 16 anos cabelo grande castanho, com grande força alto e de olhos azuis, ele vivia com o seu avô Alberto que apesar de velho parecia que tinha 20 anos, ele tinha cabelo comprido branco que condizia com o seu bigode e sua barbicha usava uns óculos redondos e suas roupas era de jovem pois os bruxos tinham que se disfarçar das pessoas sem poderes mágicos, não podiam andar com os seus mantos e os seus chapéus pontiagudos, ele era o bruxo mais poderoso da era dominava bem todos os poderes existentes.
Certa manhã chegou Tomy á cozinha para tomar o pequeno almoço e já estava lá o seu avô, Tomy sentou-se e o avô observou-o durante uns segundos e depois falou
-Bom dia- comprimentou ele alegre
-Bom dia avô- contribuiu Tomy com o mesmo ar alegre
-Que vais fazer hoje num belo dia de domingo?- perguntou o avô depois de um gole de chá.
-Vou ter com o Miguel e a Maria- respondeu Tomy comendo a pressa
-Cuidado rapaz não andes por aí a fazer macaquices com os teus poderes.- alertou o avô preocupado
-Não te preocupes avô, eu só vou praticar os meus poderes com o Miguel e a Maria- tranquilizou Tomy vestindo o casaco e saindo
-Adeus- despediu-se o avô arrumando a mesa com seus poderes
-Adeus avô
Cá fora estava frio pois era época de outono, estava a rua quase deserta havia apenas duas bruxas conversando
Tomy passou por elas com pressa
-Bom dia menino Tomy- cumprimentou uma bruxa baixa de cabelos brancos curtos encaracolados.
-Bom dia senhora Odete- respondeu Tomy continuando no seu passo apressado
- Espere aí menino- disse ela dirigindo-se a ele.
- Diga?- disse Tomy sem paciência.
- Como vai o teu avô?- perguntou ela com um sorriso de orelha a orelha
Pois a srs.Odete e metade das bruxas da aldeia tinha uma paixão por avô de Tomy
- Vai bem, mas se não se importa estou com pressa
- Muito bem vai lá rapaz e diz-lhe que quando ele quiser pode vir a minha casa- disse srs.Odete parecendo que tinha sido enfeitiçada pelo feitiço do amor
- Sim eu digo- disse Tomy virando as costas e começar a caminhar a passos largos- Se me lembrar- murmurou de forma que ela não ouvisse.
Não tardou a chegar a casa do Miguel, uma casa grande e muito torta com as flores do jardim mortas e a relva seca, não era o único pois toda a aldeia não se preocupava com o seu jardim.
- Miguel!- chamou em alto e bom som.
Esperou cerca de um minuto e ele finalmente abriu.
- Entra - puxou-o Miguel para dentro de casa
- Temos que ir chamar a Maria- disse Tomy confuso
- Tenho que amostrar uma coisa que descobri- disse Miguel sem perder tempo- Anda ao meu quarto
- Olá Tomy- Cumprimentou a senhora Alzira
A mãe do Miguel era uma senhora alta magra e tinha o cabelo comprido preto tal como o seu filho Miguel mas que ao contrário dela ele usava o cabelo todo espetado como se tivesse explodido alguma coisa na sua cara e usava uns óculos de experiências na cabeça.
- Olá senhora Alzira- respondeu Tomy a ser puxado pelo Miguel
- Queres comer alguma coisa? - ofereceu ela
- Não obrigado- agradeceu Tomy dirigindo-se ao quarto do Miguel
O quarto estava cheio de frascos de vidro com rótulos e nomes de poções.
- Vieste amostrar-me outra poção inventada por ti? - perguntou Tomy olhando para um caldeirão com um líquido viscoso lá dentro.
- Não, desta vez não- disse Miguel pegando num livro velho e cheio de pó- Quero mostrar-te isto
- Queres mostrar um livro velho e cheio de pó- disse Tomy sem paciência para aquilo
- Sim- disse Miguel abrindo o livro- Mas este livro velho e cheio de pó vai te dar uma notícia que te vai deixar de boca aberta
- Diz lá o que é- disse Tomy começando a parecer entusiasmado
- Isto- disse Miguel dando o livro aberto na página que queria mostrar
Tomy leu o que dizia o livro

"Na década de 60 o mundo da magia vivia nas trevas em que um bruxo incógnito que usava uma máscara começou a praticar magia das trevas, ele é conhecido pelo "máscara" o maior bruxo das trevas de todos os tempos, contudo esse mago negro foi derrotado por Alberto Rojer o maior feiticeiro da era"

Tomy devolveu o livro sem se surpreender com o que acabara de ler
- Não pareces surpreendido- argumentou Miguel pegando no livro e olhando para ver se Tomy tinha lido a mesma página que ele lera.
- E não estou- disse sentando-se na cama de Miguel- Meu avô já me tinha contado a muito tempo
- Não há nada melhor do que ser neto do melhor bruxo do mundo- retorquiu Miguel zangado
- Não te zangues o meu avô disse para não dizer nada a vocês- vamos chamar a Maria
- É melhor- concordou o amigo ainda um pouco zangado
Eles não demoraram a chegar a casa da Maria, uma casa pequena mas acolhedora tocaram a um sino que tinha no portão da casa
Esperaram um pouco até que a porta abriu e era Maria, uma rapariga estatura média magra, bonita, de olhos verdes e seu cabelo castanho avelã e ondulado.
Tomy tinha um fraquinho por ela mas nunca o admitiu
- Olá Tomy, olá Miguel- cumprimentou ela contente de os ver
- Olá Maria- disseram em coro
- Vamos até ao pátio da escola- surgiu Maria fechando a porta e dirigindo-se à rua
- Nem pensar já chega de escola durante a semana, hoje é domingo Maria tem piedade- disse Miguel com ar aborrecido
- Francamente Miguel, aliás já fizeste os trabalhos sobre as formas de julgar as bruxas no séc.XII?- perguntou Maria com cara como já soubesse a resposta
- Não tive tempo, tenho estado a inventar uma nova poção de imobilidade, acho que correu bem porque testei no meu corvo black e ele não se mexe desde ontem- contou Miguel orgulhoso
- Bem vais ter que inventar uma poção para ele voltar a mover-se se não vais ficar sem o black- disse Tomy rindo
- Pois tens razão- disse Miguel perdendo o orgulho
- Vamos embora- chamou Maria dirigindo-se a escola
Demoraram cerca de 5 minutos a lá chegar, era em forma de castelo mas pequena e acolhedora.
- O que viemos aqui fazer?- perguntou Miguel
- Viemos praticar os nossos poderes- disse Maria olhando a volta do pátio para ver se via alguém
- Isso é falar minha língua- disse Tomy mostrando seu poder, a sua mão flamejava uma cor dourada
Quando algum bruxo ou bruxa se prepara para utilizar os seus poderes as mãos ficam a flamejar, cada bruxo tem uma cor diferente no seu poder.
- Vamos lá- disseram Miguel e Maria ao mesmo tempo
O poder de Miguel era azul e o da Maria era violeta
- O objetivo é levantar aquela enorme rocha- disse Maria apontando para um enorme rochedo
Os três ao mesmo tempo tentaram levantar a grande rocha mas sem sucesso, até que um poder laranja juntou-se ao deles e levantaram a rocha
- Olá meninos- cumprimentou o avô do Tomy
- Olá avô- disse Tomy dirigindo-se a ele- O que fazes aqui?
- Quero falar com vocês os três- respondeu o avô parecendo preocupado e pegando numa carta- Vêem isto?
- Sim- responderam os três ainda sem perceber nada
- Acabei de receber isto agora a pouco, é do meu irmão- disse o senhor Alberto- Leiam esta carta e já vão perceber ou assim espero

"Querido irmão Alberto aqui na Vila Oculta corre rumores que o Máscara voltou para se vingar de quem o derrotou, toma cuidado meu irmão, não posso dizer muito mais pois meu corvo pode dar a mensagem a pessoa errada
Abraços do teu irmão Alfredo"

Os três ficaram calados de boca aberta a olhar para a carta.
- Eu sempre suspeitava que um dia ele voltava- disse Maria pensativa
- Tu também já sabias do máscara?- perguntou Miguel furioso por ser o último a saber- Eu só soube ontem.
- Tem calma Miguel, nem todos os pais querem contar estas coisas aos filhos, se os pais da Maria lhe contaram é porque acharam que ela devia saber- disse o senhor Alberto para tentar acalmar os ânimos.
- Os meus pai são mesmo picuinhas- disse o Miguel zangado
- Então achas que ele voltou mesmo avô?- perguntou Tomy preocupado
- Não acho, tenho a certeza por isso é que vos procurei.
- Para nós alertar para ter cuidado?- perguntou Tomy
- Eu vou ter que travar este Máscara, mas não vou conseguir sozinho eu preciso de ajuda porque se ele arranjou forma de voltar é porque está mais forte.
- Mas a quem vais pedir ajuda?- perguntou Tomy preocupado com o avô.
- A vocês- disse o senhor Alberto
- Nós?- ficaram os três surpresos- Mas nós nem conseguimos levantar uma rocha.
- Eu não preciso que o derrotem, só preciso de auxílio- disse o avô com um sorriso- Partimos amanhã
- Partimos?- perguntou Miguel assustado- A minha mãe nunca me deixaria sair de casa, ela é uma mãe galinha.
- Eu vou falar com ela- tranquilizou o senhor Alberto- E também com os teus pais Maria
Concordaram todos com a desculpa que o avô do Tomy ia inventar.
- E então a escola- lembrou-se a Maria
- Bem ser o melhor bruxo do mundo tem os seus privilégios- gabou-se o senhor Alberto- Já falei com o vosso diretor e ele vai vos dispensar o resto do ano.
- Agora continuem a diversão que eu vou falar com os vossos pais.
O senhor Alfredo afastou-se e eles sentaram-se num banco que tinha lá no pátio e ficaram em silêncio a digerir a notícia.
Nessa noite Tomy estava a arrumar as roupas numa mala de viagem e a pensar no dia seguinte, estava a pensar como seria estar frente a frente com o mago mais negro da história, depois de ter arrumado a mala Tomy já estava deitado pronto para dormir desejoso para chegar ao dia seguinte.