O empregado mesterioso II

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No dia seguinte estava uma manhã de sol de outono, Tomy acordou às sete horas.
Veio tomar o pequeno almoço antes da grande viagem.
- Daqui a 5 minutos temos que ir, o Miguel e a Maria devem estar por aí aparecer.- disse o avô com energia
- Os pais do Miguel não acharam absurdo ficarem sem o filho tanto tempo?- Perguntou Tomy
- Depois de ter dito que iria levar o Miguel para uma boa escola que iria melhorar as notas a todas as disciplinas menos a poções que ele já é excelente.- explicou o avô comendo um pouco de bolo.
Eles prepararam-se para sair de casa, Tomy estava desejoso para saber o que lhe esperava nesta aventura, o Miguel e a Maria já estavam cá fora a espera com as malas e de vassouras na mão
- Vamos a voar?- perguntou Tomy ao avô
- Sim- respondeu o avô dirigindo-se a garagem buscar as vassouras- Até a estação são 4 quilômetros, até lá vamos a voar
Eles não tardaram a levantar voo, estava uma manhã de sol mas fria, quando estavam no ar Tomy estava a apreciar os campos e as florestas se não fosse o frio seria uma viagem agradável
Ao longe começaram a avistar a estação que era destinada apenas a bruxos e bruxas.
Aterraram e Tomy viu um comboio com a cor amarelo torrado, estava cheio de pessoas conversando.
- Daqui vamos no comboio até a vila oculta- disse o senhor Alberto.
- Isto vai ser fixe- disse o Miguel entrando para o comboio.
Estava cheio mas conseguiram encontrar um sítio isolado das outras pessoas.
- Fiquem aqui que eu vou falar alí com uma pessoa- disse o senhor Alberto
Acomodaram-se, Miguel arrumou o seu amigo black em cima dos lugares, que no entanto já tinha recuperado do feitiço de imobilização.
- Achas que a viagem vai ser longa?- perguntou Miguel acabando de arrumar a mala
- Não sei- respondeu Tomy observando Maria que estava olhando as pessoas fora do comboio
Tomy ama Maria desde que se conheceram, mas Maria ou ainda não se apercebera ou fazia que não se apercebia.
O senhor a Alberto chegou para se sentar também
- Afastem-se das portas- gritava um funcionário da estação
O comboio começou andar lentamente enquanto pessoas do lado de fora diziam adeus aos seus familiares até que o comboio se ia se afastando da estação e ganhando velocidade rumo à Vila Oculta para uma grande aventura.
Chegaram à vila oculta em cerca de 6 horas de viagem, uma vez lá o resto do percurso foram a voar
Aterraram perto de uma enorme e bela casa com grandes portões e um belo jardim
- Chegamos- disse o senhor Alberto com um sorriso na cara
- Wow- expressou-se Miguel- Esta casa é enorme
- É não é?- comentou uma voz
- IRMÃO- cumprimentou o senhor Alberto- Meninos este é o meu irmão Alfredo
O senhor Alfredo um homem extremamente parecido com o senhor Alberto, menos na barba pois o senhor Alfredo usava uma farta barba mas muito bem cuidada
- Olá meninos- cumprimentou o senhor Alfredo com um enorme sorriso
- Olá senhor Alfredo- cumprimentaram os três em coro
- Vá vamos para dentro- convidou o senhor Alfredo
Entraram na enorme casa, uma vez lá dentro olharam em volta e estavam dentro de uma enorme sala de estar cheia de armas medievais e com todo conforto possível
- Estejam à vontade minha casa é vossa casa- disse o senhor Alfredo
- Habituava-me a isto depressa- disse Miguel lançando-se para um confortável sofá- Maravilha
- Calma Miguel só vamos passar cá a noite, amanhã partimos
- Ide vocês, eu não me importo de ficar aqui- disse Miguel parecendo num paraíso
- Ahahahahahah, és um menino muito engraçado- gargalhou o senhor Alfredo
- Meu irmão então sempre é verdade que o máscara voltou?- perguntou o senhor Alberto
- Sim irmão- disse o senhor Alfredo e seu sorriso desvaneceu- mas falamos disso no fim do jantar
Dirigiram-se todos a sala de jantar igualmente enorme com a mesa e cadeiras todas gravadas com inscrições estranhas e assustadoras.
- Sebastião podes servir o jantar- chamou o senhor Alfredo
- Quem é o Sebastião?- perguntou o Miguel
- É o empregado cá de casa- respondeu o senhor Alfredo
- Empregado?- perguntou Miguel surpreendido- Sem dúvida habituava-me a isto depressa
Na porta da sala apareceu um homem baixo corcunda com as suas vestes negras e tinha um olhar vesgo e malicioso
- Oh sim realmente o que é importante a comida- disse o senhor Alfredo
Enquanto Sebastião servia Tomy observava-o muito atentamente
- Passa-se alguma coisa tomy?- perguntou Maria baixinho ao ouvido de Tomy que o fez arrepiar um arrepiar bom
- Este empregado tem um ar tão estranho já reparaste- perguntou Tomy a Maria
- Sim já, é mesmo assustador- arrepiou-se Maria
- Eu até já perdi o apetite de comer- murmurou Miguel que estava a ouvir a conversa- O homem parece que morreu Pah
Depois do jantar com todas as iguarias possíveis dirigiram-se para a sala de estar para falar sobre a missão, sobre o máscara
- E então irmão diz-me o que sabes?- perguntou o senhor Alberto
- Bem irmão é o seguinte, há suspeitas que o máscara voltou, porque na montanha da angústia tem desaparecido pessoas julga-se que pode ser para experimentos
- Mas pode não ser ele irmão mas sim um seguidor ou um mago negro diferente- concluiu o senhor Alberto
- Segundo fontes minhas dizem que ele já foi visto lá e para além disso foi lá a vossa última batalha em que derrotaste-o
- Que sabes mais irmão?- perguntou o senhor Alberto
- Desculpa irmão mas isto é tudo...
Foram interrompidos por um enorme barulho vindo da cozinha
- O que foi isto- levantou-se abruptamente o senhor Alfredo
Foram todos até a cozinha para ver o que se tinha sucedido, quando lá chegaram viram Sebastião desmaiado no chão e tudo desvirado
- Sebastião? Sebastião?- tentou acordar o senhor Alfredo
Sebastião acordou esfregando a cabeça, quando Tomy reparou num frasco com um líquido branco debaixo da mesa perto de Sebastião
- Que aconteceu? perguntou o senhor Alfredo
- Não sei o que aconteceu amo- disse Sebastião desorientado
Tomy fingiu ajudar arrumar a desarrumação e pegou no frasco e guardou no bolso
- Que estás a fazer? perguntou senhor Alfredo a Tomy- Deixa estar isso eu arrumo rápido
E com um movimento com a mão a cozinha rapidamente se arrumou
- Sebastião, vai descansar um pouco- ordenou o senhor Alfredo
- Obrigado amo- agradeceu Sebastião saindo da cozinha ainda a esfregar a cabeça
- Bem meninos porque não vão até ao jardim apanhar ar- recomendou o senhor Alberto
Eles dirigiram-se ao jardim e pararam junto a um pequeno riacho, Tomy estava em silêncio e pensativo até que finalmente falou
- Miguel tu és capaz de reconhecer uma poção seja ela qual for? perguntou Tomy
- É claro eu distingo qualquer poção através de cheiro, cor entre outros pormenores- gabou-se Miguel com um sorriso orelha a orelha
- Diz-me que poção é esta- disse Tomy tirando o frasco do bolso e entregando a Miguel
Miguel pegou no frasco e elevou-o até ao nível da cabeça observou, cheirou tornou a observar enquanto abanava o frasco
- Está é a poção controlix, está poção faz com que quem a ingerir fique ligado e controlado a mente do autor da poção, em outras palavras quem beber isto fica totalmente controlado por quem fez a poção- explicou Miguel
- O que andas a fazer com uma poção dessas Tomy- perguntou Maria um pouco assustada
- Encontrei isto perto do Sebastião quando ele tinha desmaiado- explicou Tomy
- Sim esse é o primeiro sintoma de quem toma a poção- disse Miguel relaxado- espera aí será que o Sebastião a tomou?- perguntou Miguel assustado
- Bem agora que contaste os sintomas penso que sim- disse Tomy pensativo
- Mas quem iria querer controlar um empregado?- perguntou Miguel
- É óbvio Miguel, o máscara- concluiu Maria- ele deve saber que o avô do Tomy começou agir e ele de certeza que sabe da existência do irmão dele é só juntar 1+1 Miguel
- Bem vamos tentar não falar da missão perto de Sebastião e tentar que o meu avô ou o senhor Alfredo falem- disse Tomy- bem vamos para dentro já está a escurecer
Chegaram à sala e estavam lá o senhor Alberto e o senhor Alfredo sentados a conversar bebendo um pouco de vinho do porto
- Bem meninos é melhor vocês irem se deitar que amanhã é preciso acordar cedo as 6 partimos rumo à Montanha da Angústia- disse senhor Alberto
Eles foram deitarem-se cada um tinha seu quarto e Tomy deitou-se a pensar no que se tinha sucedido até finalmente adormecer no seu sono profundo.

Tomy rojerOnde histórias criam vida. Descubra agora