Lembranças de Alberto Rojer XI

20 1 0
                                    

Máscara aproximava-se lentamente de Alberto Rojer e Tomy assistia aquilo, Máscara tinha formato de ser humano mas muito magro usava um manto azul escuro e verde esmeralda com um capuz que lhe ocultava um pouco a máscara de uma caveira assustadora.
- Oh Rojer achas mesmo que tens hipóteses contra mim?- dizia Máscara na sua voz fria de cortar a respiração.
- Posso não ter hipóteses contra ti mas pelo menos morro a tentar- respondeu Alberto corajosamente.
Máscara lançou uma gargalhada e lançou um dos seus feitiços como se fosses raios de cor verde, senhor Alberto fez o mesmo e começou a batalha de feitiços mortais, alguns deles que Tomy nunca tinha ouvido na vida.
Tomy estava confuso como fora ali parar, onde estavam o Miguel e a Maria, estaria a sonhar.
Alberto lançou um conjunto de feitiços sincronizados que Máscara desviou com dificuldade.
Alberto lutava como Tomy nunca tinha visto, Tomy reparou que estavam no topo de uma montanha pois não havia nada a volta apenas o cume da montanha e eles.
Lutaram e lutaram até que máscara se envolveu numa bola negra e foi ficando cada vez mais pequena até atingir o tamanho de um berlinde, estava a tornar-se em energia pura, concentrou seus poderes e explodiu, Alberto rapidamente criou um escudo protetor, mas a explosão foi um impacto tão grande que destruiu o escudo de Alberto e rachou a montanha, Máscara tornou a formar-se no seu corpo sólido.
Com grande dificuldade e muito ferido Alberto levantou-se ensanguentado.
- Tenho que admitir Rojer és forte- disse Máscara- Com este ataque era suposto estares desfeito em mil bocados.
- Sim era mas as vezes é preciso ter fé- disse Alberto indo ao interior da camisa e retirando um crucifixo.
Tomy reconheceu o crucifixo, era o mesmo que Ema lhe dera.
- Não é possível?- disse Máscara- É o crucifixo de Albus Rojer, pensei que se tivesse perdido no tempo.
- Exatamente, pensavas mas agora está na hora de desapareceres- disse Alberto furioso.
Pegou no crucifixo lançou-o ao ar e envolveu-o com os seus poderes.
- Grande e poderoso Albus destrói tudo de mau que me rodeia aprisiona tudo de maligno.- disse Alberto com firmeza
Do nada um raio vindo do céu atingiu o crucifixo e juntou-se aos poderes de Alberto.
- Espera que estás a fazer?- perguntou Máscara assustado- Pára!
Crucifixo do nada começou a ganhar a forma de um ser humano se face e começou a tirar cada partícula dos poderes de Máscara.
O corpo de Máscara ficou imóvel e tombou para o chão.
Alberto aproximou-se dele e quando ia se ajoelhar para lhe tirar a máscara o corpo evaporou-se.
Tomy acordou e estava as costas do avô que subia com ele montanha a cima.
- Avô acabei de...
- Eu sei, eu sei- interrompeu o avô- agora sabes como o derrotei.
Miguel e Maria vinham um pouco mais atrás na conversa e Tomy aproveitou para fazer perguntas.
- O que fez com o crucifixo?- perguntou Tomy curioso.
- Bem depois de derrotar o Máscara eu passei pela Aldeia da Angústia e dei ao meu amigo Vítor, com ele estaria mais seguro do que comigo- explicou o senhor Alberto.
- Bem estás a falar deste crucifixo?- perguntou Tomy.
- Onde o arranjaste?- perguntou senhor Alberto pasmado- Roubaste-o?
- Não avô claro que não- disse Tomy sentindo-se ofendido- Foi a Ema a filha do representante que me deu.
- Por um lado fico contente de possuíres o crucifixo porque ele era do Albus Rojer, e vai fazer jeito nesta batalha.- disse senhor Alberto satisfeito
- Como estás Tomy?- perguntou Miguel reparando que Tomy tinha acordado
- Bem obrigado- respondeu Tomy ainda um pouco cansado.
A montanha parecia não ter fim caminhavam e caminhavam rumo ao topo mas sem sinais de estarem a chegar.
- Ainda falta muito?- perguntou o Miguel
- Sim ainda falta uns dias- respondeu senhor Alberto
- Dias? Pensava que chegávamos ao topo hoje- disse Miguel desanimado
- Sabes que quando chegares lá cima tens que estar preparado para o máscara e até lá ele colocou enumeras armadilhas para os invasores- explicou o senhor Alberto- por isso antes de atingirmos o topo temos que estar preparados para a batalha e com energias.
A medida que subiam para a topo o tempo ia arrefecendo e começava a nevar.
- Meu Deus está a nevar muito e está frio- queixou-se Maria
- Vamos continuar até encontrar-mos um abrigo para comermos e recuperar energias- Gritou o avô para conseguir ser ouvido através do vento que começava a ser forte.
Continuaram a caminhar por mais de meia hora até que encontraram uma fenda na montanha, entraram para se protegerem da tempestade.
- Não sinto as mãos- queixou-se Miguel ao entrar na fenda- estou congelado.
Senhor Alberto apressou-se a fazer uma fogueira para todos se aquecerem.

Tomy rojerOnde histórias criam vida. Descubra agora