Aldeia de mortos vivos XII

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Finalmente estavam todos de volta da fogueira aquecerem-se, o vento zoava lá fora fortemente.
Senhor Alberto pegou no mapa que o irmão lhe dera e observou-o atentamente.
- Bem podemos seguir por fora e morrer congelados ou podemos ir por dentro da montanha e enfrentar mais perigos- disse calmamente senhor Alberto.
- Não sei qual a forma melhor de morrer- desabafou Miguel.
- Bem sugiro irmos por dentro da montanha- sugeriu Tomy- lá fora é certo que morreríamos com esta tempestade, e por dentro temos hipóteses de sobreviver se enfrentarmos o perigo.
- Tenho a mesma opinião- concordou Maria
- Muito bem então terminamos de comer e iremos continuar por aqui- disse senhor Alberto apontado para o fundo da gruta.
- Outra vez numa gruta- disse Miguel- pelo menos não é a gruta da morte.
- Bem acho que preferia a gruta da morte que esta- disse senhor Alberto.
- Porquê?- perguntou Miguel curioso
- Porque esta gruta nem nome tem- respondeu senhor Alberto com ar sinistro- nunca ninguém chegou tão longe para poder batizar esta gruta ou saber os perigos que contém.
- Bem sempre vamos morrer e vamos por isso é me igual- disse Miguel tentando ser otimista.
Apagaram a fogueira e continuaram gruta a dentro, chegaram a um corredor feito por mão humana e iluminado com tochas na parede.
- Bem pelo menos esta gruta está iluminada- observou Miguel- muito menos assustadora que a gruta da morte.
- Bem preferia que não tivesse iluminada- disse senhor Alberto
- Porquê gosta de andar no escuro- perguntou ironicamenteMiguel.
- Não entendes Miguel- explicou senhor Alberto- se está iluminada e bem apresentável é porque vive aqui alguém ou alguma coisa.
- É mas o Miguel não entende senhor Alberto- comentou Maria- Ele tem o cérebro do tamanho de uma noz.
- Ei eu ouvi essa- disse Miguel ofendido
Caminharam o longo corredor até começarem a subir umas escadas em caracol, parecia não ter fim subiam e subiam sempre com as escadas em caracol.
Chegaram ao final do túnel e viram um portão em grades ferrugento com vegetação no exterior a tapá-lo, senhor Alberto abriu o portão ferrugento e arrumou a vegetação para poder sair.
Quando observaram a paisagem viram que já escurecia, já tinham passado as nuvens já não conseguiam ver nada abaixo deles, apenas existiam uma pequena aldeia abandonada onde eles se encontravam.
- Vamos ter que atravessar a aldeia se queremos subir a montanha- disse senhor Alberto
- Podíamos passar a noite na aldeia pelo menos tínhamos abrigo para esta noite- sugeriu Miguel
-Não- disse senhor Alberto com firmeza- não sabemos o que contém esta aldeia.
Continuaram a subir aldeia a cima e não havia sinal de vida, subiram mais um pouco e Maria gritou, Tomy olhou para trás e viu um zombie tentando morder Maria, correu e esbofeteou o zombie estourando-lhe a cabeça, quando deu conta estavam rodeados deles.
- Boa mortos vivos- ironizou Miguel- Que vem a seguir?
- Vamos fugir meninos rápido- ordenou o senhor Alberto.
Mas antes de eles chegar a saída da aldeia já mais zombies os rodeavam famintos por carne.
- Subam para o telhado da casa rápido- disse senhor Alberto.
Subiram todos para o telhado e ficaram a observar os zombies de volta da casa a tentar alcançá-los em vão.
- Que fazemos agora avô?- perguntou Tomy- poderia usar a minha força mas arriscaria a ser contaminado.
- Deixem me pensar um pouco- pediu senhor Alberto.
Ficaram ali pensativos alguns minutos
- Já sei eu vou descer e atraí-los atrás de mim, enquanto isso vocês vão descer e criar o feitiço da prisão triangular, quando eu os atrair através da barreira vocês fecham-na.
Todos concordam e senhor Alberto desceu a casa e automaticamente os zombies começaram a ir atrás dele, entretanto Tomy, Miguel e Maria desceram e formaram uma posição triangular entre ele e começaram a ligar os poderes entre eles formando uma barreira de energia.
Senhor Alberto começou atraí-los para dentro da barreira e eles seguiram-no
- Agora- gritou o senhor Alberto- Fechem a barreira
Selaram a barreira com o feitiço de selamento e o zombies ficaram presos lá dentro.
- Vamos sair daqui- disse o senhor Alberto- A barreira não vai durar muito
Saíram o mais rápido que conseguiram e caminharam por mais de uma hora apesar de já ter escurecido.
Estavam exaustos acabaram por acampar numa zona abrigada vistosa e com pouca vegetação.

Tomy rojerOnde histórias criam vida. Descubra agora