XIII - Fonte de Alegria

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SEROTONINA

O abracei colocando meu queixo sobre sua cabeça e afagando suas costas. Se você soubesse que a minha mente parou naquele momento, não estaria me abraçando assim. Se pudesse ler minha mente, com certeza estaria envergonhado demais por conta das imagens que passam repetidas vezes nela.

Me sinto tão pervertido, como seu eu estivesse o violando ao pensar nessas coisas.

- Seu cheiro é tão bom. - Deidara ficou de ponta dos pés e se esfregou sem nenhum pudor em meu corpo, afundando seu nariz em meu pescoço.

Talvez os meus feromônios ainda tivessem exalando odor em minha pele.

- D-Deidara... Não faça isso, por favor. - O empurrei de leve, e vi seus olhos me olharem confusos.

- É sobre aquilo? - Ele se sentou na ponta da cama, cruzou as pernas e deu duas batidinhas em seu lado. - Let's talk.

Andei em passos lentos e me sentei em seu lado, mantendo uma distância que o loiro logo apagou, se aproximando de mim.

- É que...

- Você nunca fez nada desse tipo, e eu entendo. - Ele alisou meu ombro. - Por que está tão envergonhado? Você é virgem, é só isso. Ninguém nasce já tendo transado.

Ele dizia aquilo como se fosse a coisa mais normal do mundo, mas esquecia do fato que eu já tinha 18 anos e nunca havia nem sequer tocado em um Ômega dessa maneira.

- Você me contou sobre aquilo... Que se afastou das pessoas. Talvez seja por isso? - Deidara me olhou e suspendeu as sobrancelhas com um sorriso mínimo em seu rosto. - Não se cobre tanto, Obito, tudo tem o seu tempo certo, não é porque muitas pessoas já fizeram que você tem que ter feito também. Você tem seus próprios motivos e o seu próprio tempo.

- Você deve estar tão decepcionado. - Murmurei.

Deidara só quer fazer com que eu me sinta melhor, não significa que ele não esteja me achando patético em seus pensamentos.

- O que? Como pode dizer uma coisa dessas? Estou sendo sincero, tá legal? Eu não me decepcionaria com uma coisa tão fútil como essa. Se você ainda não teve sua primeira vez, faremos quando estiver pronto, simples assim.

Ele cruzou os braços e fez aquela cara emburrada de sempre, virando o rosto para o lado oposto.

- Vai ter paciência comigo? - Toquei sua bochecha com o indicador para provocá-lo.

- Te ensinarei tudo o que precisa saber. - Ele se virou com um sorriso ameaçador e ao mesmo tempo provocante.

- E como eu deverei te chamar quando me ensinar? Deidara-sensei? Deidara-senpai...?

- Você tem certeza que é virgem? Meu Kami, Obito, olha o tom que está usando! - Ele tapou as bochechas com as mãos, escondendo a leve tonalidade vermelha que elas haviam tomado e se levantando com um tanto de pressa. - Se continuar falando assim, eu não te esperarei ficar pronto para tirar sua virgindade.

- Seja gentil comigo, senpai. - Continuei provocando, amando a forma irritada e envergonhada que ele respondia.

- Obito... Estou falando sério!

- Ok, ok, já parei. - Ri daquilo, o clima já não parecia mais tão constrangedor como minutos atrás. - Os sintomas já passaram?

- Sim, me sinto realmente bem. Obrigado por me ajudar. Cólica é a pior dor do universo.

- Acho que levar um chute nos países baixos dói mais.

- Acredite, eu já levei um chute lá do meu irmão e também já senti cólica. Cólicas são piores. É como se estivesses apertando suas entranhas por dentro e depois alfinetando o que sobrou.

Serotonina - TobiDeiOnde histórias criam vida. Descubra agora