SEROTONINA
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Os dias passavam devagar, eram tediosos e vazios, além de bem monótonos. O meu sono havia voltado a ser difícil, e minhas unhas estavam completamente roídas, as pontas dos meus dedos doíam. A nuvem insuportável de tristeza que vivia me perseguindo estava de volta.
As manhãs eram ainda mais difíceis que as noites. Eu não queria sair da cama sabendo que viveria toda a agonia mais uma vez, então passava o dia inteiro em meu computador, afundado nos lençóis que permaneciam bagunçados durante todas as 24 horas, eu não tinha disposição para levantar e arruma-los.
Na noite, os meus olhos estavam cansados, mas mesmo assim eu não conseguia dormir. Eu os fechava, ou eles quase fechavam por si mesmos, mas a minha mente estava sempre me relembrando dos bons momentos e me apunhalando com isso: Eu não os teria novamente.
Dessa forma, eu me remexia de um lado para o outro na cama e mordia o interior da minha boca até sangrar. Logo as bolsas escuras se formaram embaixo de ambos os meus olhos.
Eu estava cansado.
Mas nenhuma mensagem chegava em meu celular para me acalmar, ele realmente não iria falar comigo.
E eu não tinha a coragem o suficiente para fazer isso eu mesmo.
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A lâmina refletia o meu rosto, eu via as lágrimas que haviam escapulido de meus olhos por meu reflexo.
Naquele momento, todo o meu corpo tremia, ele estava tomado de adrenalina e medo.
Antes de morrer, eu queria dizer tudo o que eu queria à Deidara, mas é tarde demais.
O que eu diria, afinal?
Eu sou um idiota, um verdadeiro idiota, ele já sabe isso. O que mais eu teria a dizer?
Nunca fui e nunca serei o suficiente para Deidara. Nunca serei um ótimo aluno no colégio. Nunca serei um bom filho para meus pais.
Eu sou apenas um desistente medíocre, e não existe lugar para mim. Nem mesmo um aconchego que possa fazer com que eu seja uma pessoa melhor. Porque eu sou incurável.
Olhei novamente para a lâmina afiada, ela chamava por mim.
Tudo passará em alguns instantes.
A dor sumirá, certo? Em algum momento irá.
Apertei os meus olhos e aproximei o objeto afiado do meu pulso, sentindo o metal roçar e arranhar a minha pele, mas superficialmente.
As lágrimas não cessavam, eu as sentia escorrer pelos meus olhos e trilharem pelo meu pescoço.
Sensações.
Eu queria não sentir dor, seria mais rápido. Mas eu ainda sou um humano. Um humano falho, mas sou.
Enquanto o meu corpo parecia estar em uma maratona, as palavras se repetiam várias e várias vezes em minha mente.
"Me desculpe, Hashirama.
Me desculpe, Madara.
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Serotonina - TobiDei
Fanfiction[ᴄᴏɴᴄʟᴜɪᴅᴀ] "De repente as cores enfraquecem e logo se tornam imperceptíveis. Um mundo que ao meu ver não vale mais apenas, perdeu seu calor e energia e se torna cada vez mais monótono. E não há mais motivos para permanecer aqui, se não a insistênci...