XV - Verdadeiro Alfa

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SEROTONINA

O raiar do sol já invadia o meu quarto. Abri os olhos devagar, tentando me acostumar com o cansaço do meu corpo.

Explorei o meu próprio quarto com o olhar enquanto me acostumava com a claridade. Vi as roupas de Deidara dobradas em cima de minha bancada e em poucos segundos me lembrei de tudo o que tinha acontecido no dia interior.

Fizemos sexo ontem a noite.

E foi incrível.

Olhei para o lado, vendo o mesmo apenas de cueca abraçado com braços e pernas o travesseiro.

Ri daquilo, ele era realmente fofo.

O celular de Deidara embaixo do travesseiro começa a tocar em um volume alto, fazendo o mesmo se assustar.

- Bom dia. - Falei calmamente, vendo-o apertar os olhos por conta da claridade

- Bom dia... Obito, fecha a cortina. - Ele disse um pouco irritado e então pegou o celular. - Oi? Desculpa, acabei de acordar.

Levantei para fechar a cortina, deixando-a deslizar pela barra de ferro até tocar a parede. Ele pareceu menos agitado por conta da luz, e continuou conversando com o quem eu acreditava ser um de seus amigos.

- Não! Não, não, não! Meu Kami, coitada de você. - Ele colocou a mão na boca. - Sim, pode ter certeza que eu vou, amiga. A gente conversa melhor pessoalmente, ok? Trate de se cuidar, e esquecer isso. Fique bem, chegarei aí logo.

Ele desligou e continuou com a expressão chocada.

- Vai me contar ou vou precisar perguntar? - Me sentei ao seu lado.

- O Yahiko traiu a Konan, com o melhor amigo dela. - Ele disse e me olhou com raiva em sua expressão. - Eu vou matar aquele ruivo falsificado. Ou melhor, aqueles ruivos falsificados!

- Ei, ei, calma. - Alisei seu ombro. - Você vai até ela? Eu posso te levar.

- Na verdade, não é isso... - Deidara desviou o olhar. - Ela chamou todos para lá... Você, sabe? Pode ir comigo?

- Todos você diz... Todos aqueles?

- É.

- Vou me arrumar.

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Deidara parecia nervoso. Ele sabia que estava indo apenas por Konan, nada mais. Queria se afastar de seus amigos tóxicos e a melhor coisa a se fazer era ignorar qualquer comentário vindo deles.

Ele vestia uma blusa minha com um nó e uma calça moletom preta apertada na cintura e no tornozelo.

- Merda. - Ele disse tocando na orelha. - Meu piercing de pressão caiu.

- Pera, não era verdadeiro?

- Meus pais não me deixam furar. - Ele revirou os olhos. - Eles deixaram o brinco e nada mais, como se eu fosse virar uma vadia.

- Quer que eu te leve escondido? Eu já sou de maior.

- Obito? É você mesmo? - Ele riu. - Ainda preciso de uma casa pra morar, obrigado. Mas acho que se eu pedir mais algumas vezes...

Serotonina - TobiDeiOnde histórias criam vida. Descubra agora