A Batalha do Último Dia

5 1 0
                                    

Autor: Ítalo Parnaíba

@Tarred_

Em uma taverna modesta, ao lado de uma estrada que ligava duas importantes cidades do reino, um bardo alegrava a noite de camponeses, mercenários e homens que tinham ouro o suficiente para desfrutar das canções produzidas pelo seu alaúde

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Em uma taverna modesta, ao lado de uma estrada que ligava duas importantes cidades do reino, um bardo alegrava a noite de camponeses, mercenários e homens que tinham ouro o suficiente para desfrutar das canções produzidas pelo seu alaúde. 

— Conte aquele da última batalha bardo desgraçado! — Gritou um homem bêbado sentado no fundo da taverna. 

— Hoje teremos apenas canções meus nobres senhores, sem histórias essa noite. —Respondeu o bardo recebendo olhares insatisfeitos de todos naquela sua pequena "plateia". 

Andando a passos firmes em meio a taverna, uma mulher grande que tinha um ar de autoridade se dirigia até o bardo que a olhou diretamente nos olhos. 

— Madame Midril, o que desejas, ô bela entre todas as existentes? 

— Sem bajulações bardo, atenda o pedido da minha clientela ou vai dormir no estábulo essa noite.

O bardo encolheu os ombros pressentindo a dor nas costas que viria no dia seguinte após dormir nos estábulos.

— Claro, sem problemas — atendendo o pedido da dona da taverna o bardo começou a história. — Prestem atenção na minha voz seus desgraçados, pois essa história irá fazer vocês chorarem e temerem por suas vidas nessa noite — parando um pouco para ver as faces atentas que o cercava, o bardo continuou. — Essa história data de antes da união dos reinos, onde as guerras eram constantes e a morte de um homem era tão banal quanto a certeza do nascer do dia, mas para contar tal história devo mostrar-lhes a visão dela por meio de um dos seus principais protagonistas, aquele que é chamado de Melih. 

 Incorporando em si aquele que há muito tempo já estava morto, o bardo prossegue. 

 Eu estava em uma campanha quando tudo aconteceu. Era minha primeira campanha então estava bastante nervoso, mas o anseio pela guerra pulsava nas minhas veias de guerreiro. Eu não lutava pelo rei de Karendol, muito menos pelo ouro que a guerra trazia, eu simplesmente lutava para defender meu vilarejo que ficava na fronteira entre os dois grandes reinos que o cercavam. Os conflitos entre Karendol e Endoria acontecem desde os tempos primordiais, quando nem mesmo os grandes reis do passado haviam nascido ainda, em meio a tais conflitos está meu vilarejo, que tem a missão de proteger nossas fronteiras a tanto tempo quanto a própria formação dos reinos. 

A caminho da minha campanha, vejo ao meu lado faces que emanavam medo, confesso que me davam uma certa angústia e ansiedade, mas não podia culpar aqueles homens, o medo deperder a vida e deixar suas mulheres e filhos sozinhos nesse mundo caótico, era a força motriz que faziam aqueles mesmos homens avançarem para a guerra.

 Eu fazia parte de uma divisão de cem homens, éramos uma importante força para a vitória na guerra que estava por vir. Nosso capitão se chamava Amateuh, meu querido irmão mais velho, seu rosto sério e rígido constatava perfeitamente com seu porte musculoso digno deum capitão de divisão, tal semblante era um alívio para os homens na hora do combate, pois mesmo que estivéssemos na pior, meu irmão estava ali para nos salvar do perigo. 

Projeto Writing e o Ano Novo - Concurso de ContosOnde histórias criam vida. Descubra agora