20 de abril, quarta-feira
07:49AM
Começo a despertar quando sinto um toque em meu rosto, quente e carinhoso, percorrendo minha testa e afastando um pouco dos meus cabelos. Pisco algumas vezes até conseguir abrir os olhos e poder sorrir de forma larga para a visão do lindo homem com quem eu me casei, perfeitamente vestido em seu terno preto. Hm, boy... Isso faz com que eu me lembre que ele irá viajar e automaticamente penso em alguma forma de convencê-lo a ficar.
Espreguiço-me de forma manhosa, sentindo minha camisola subir um pouco e notando que Killian foca nisso, mas desvia o olhar para nossa filha. Nossa pequena garotinha. April está com um novo pijama e daqui posso sentir o cheirinho da sua colônia, assim como posso ver seus cabelos úmidos.
Oh, boy...
— Bom dia — sussurro para Killian — você deu banho nossa filha?
— Sim.
— Hm...
Ainda tomada pelo sono, volto a me espreguiçar, dessa vez recebendo uma palmada na bunda que me faz rir em surpresa pela ação inesperada do meu marido.
— Pare de me provocar. Preciso sair agora.
— Já?
Quero fazer beicinho, pedir que não vá, mas não posso fazer isso.
Tecnicamente, eu posso, porém, não devo. Não quero fazer com que Killian sinta que não pode nem trabalhar em paz. Isso seria absurdamente louco. Agora que as coisas se acalmarem, preciso que saiba que confio plenamente nele e, mesmo preocupada, quero que faça seu trabalho. Afinal de contas, parece que foi Catarina que estragou isso.
— Sim, amor. Quero resolver logo as coisas em Nova Iorque — Killian fala e eu volto dos meus devaneios com um beicinho manhoso.
Tentando não pensar sobre o quanto sua ida começa a me chatear, puxo minha garotinha para mais perto e abaixo minha camisola, oferecendo-lhe meu seio. Não consigo olhar para Killian nesse momento, pois não quero que pense que estou chateada... mesmo que eu seja incapaz de esconder minha tristeza em saber que ficaremos longe um do outro.
Killian segura meu queixo então, obrigando-me a lhe encarar, depois me dá um beijo.
— Não fique assim. Vou voltar o mais rápido possível.
— Promete?
— Quatro dias nos máximo. Nós vamos nos falar todos os dias também, porque eu odeio ficar longe.
Oh, Deus!
Como lutar contra isso?
— Ok.
Um sorriso empolgado o toma e ele se curva para me beijar, não me dando outra alternativa a não ser finalmente ceder ao toque quente e macio dos seus lábios, que dura bons segundos antes de April começar a chorar, resmungando por estar sendo apertada entre nós.
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Quanto Vale o Amor? - HISTÓRIA COMPLETA
RomanceApós uma série de acontecimentos ruins que transformaram a vida feliz de Harper Simmons em uma vida triste e solitária, não restava muita a ela que não fosse arrastar seus dias monótonos, culpando-se por escolhas que fez no passado e pensando se em...