John e Peter foram procurar a pedra na cidade, enquanto Tommy e Kate ficaram na floresta.
- Como é que vamos encontrar esta pedra? - perguntou Peter - Pode estar, literalmente, em qualquer lugar.
- Tenta ficar atento ao chão - disse John.
Foram andando pelas ruas escuras, olhando para o alcatrão das estradas e para os passeios.
- Poderá estar nas casas? - perguntou Peter - Ou nos arbustos?
- O Amon poderia saber mais alguma coisa... - disse John - Ao que parece estamos aqui no meio da cidade sem qualquer pista.
Viraram à direita numa esquina e Peter viu uma luz vermelha no fundo da rua.
- TAPA OS OLHOS, JOHN! - ele gritou.
John ao se lembrar da história que Peter lhe havia contado acerca das luzes, obedeceu à sua ordem.
- O que fazemos? - perguntou John - Não podemos ficar aqui no meio da rua de olhos tapados.
Peter destapou os olhos por um segundo para olhar em volta.
- Temos uma casa à nossa direita - disse Peter - Devemos conseguir alcança-la antes que qualquer criatura note que estamos aqui.
Após ele dizer isso começaram a ouvir sussurros.
- É preciso ter azar - disse John com medo.
- CORRE PARA A DIREITA - gritou Peter.
Ambos correram e conseguiram chegar à porta de casa que, felizmente, encontrava-se aberta.
Os sussurros continuavam do lado de fora.
John pegou num armário e arrastou para frente da porta, de maneira a manter as criaturas do lado de fora.
Poderam ver vultos a correr a uma velocidade alocinante do lado de fora, pelas janelas.
- De onde apareceram tantos? - perguntou John.
- Para aparecerem tantos... - disse Peter - É porque estão a proteger alguma coisa.
- Tens a certeza? - perguntou John olhando para Peter.
Peter olhou para John nos olhos.
- Nem por isso... - ele respondeu - Mas porque outra razão estariam tantos aqui?
- Talvez para nos matar - disse John ironicamente.
- Eu quero acreditar que não - respondeu Peter - Acho que a pedra com o anel está aqui perto. Mas primeiro temos que encontrar uma maneira de sair daqui.
Dito isto, Peter andou pela casa à procura de algo.
Após procurar por algum tempo, encontrou uma lanterna e baterias.
- O meu telemóvel ficou sem bateria, mas ainda temos as lanternas... - disse ele - Usamos a luz para ir afastando as criaturas negras, enquanto afastamos o olhar das luzes.
- E se aparecerem aquelas crianças do assobio que o Tommy falou? - perguntou John.
Peter encolheu os ombros.
- Parece algo que vamos ter que decidir, caso eles apareçam - respondeu Peter.
- Isto não me parece boa ideia - respondeu John.
- E ficar aqui dentro? É uma boa ideia? - ripostou Peter ironicamente.
- Nós estamos a agir com base em suposições - disse John - Não sabemos se a pedra está mesmo perto e não sabemos se aquilo que o Tommy falou vai aparecer.
- Se ficarmos aqui morremos, John - disse Peter - Se sairmos, pelo menos tentámos fazer algo.
John olhou para Peter. Deu para perceber que ele não iria mudar de ideias.
- Não acredito que vamos fazer isto - disse John por fim.
Peter sorriu e entregou uma das lanternas a John.
- Arrisca o menos possível - avisou Peter.
Eles estavam a preparar-se para a saída, quando na sala as sombras começaram a bater nas janelas, partindo-as de seguida.
- É agora ou nunca, John - disse Peter abrindo a porta das traseiras.
Ambos correram pelo jardim das traseiras, até saltarem a cerca e darem os primeiros passos no alcatrão.
— Eles não estão aqui - disse Peter - A pedra deve estar perto da entrada principal da casa.
— Ainda bem que saímos vivos... - disse John antes de ser interrompido.
— Temos que voltar para lá - interrompeu Peter.
John olhou para ele como se ele fosse louco... Talvez fosse.
— Peter, diz-me por favor - disse John - Tu queres morrer?
— Pelo contrário, quero sair deste lugar e regressar a casa vivo - respondeu Peter - Mas para isso é preciso chegar a casa primeiro.
— Peter... Eu acho que estás com essa ideia demasiado presa na cabeça - disse John - Tu viste quantos eles eram?
— John, sem ofensa, estou farto de discutir sobre isto - disse ele - Eu já disse que vou fazer tudo o que posso para sair daqui.
Após dizer isto, ele começou a dirigir-se para a porta principal, dando a volta a casa.
— Peter... - sussurrou John enquanto ele se afastava.
Peter apenas continuou.
— Não acredito que vou fazer isto - pensou John em voz alta.
E dito isto seguiu Peter para a parte da frente da casa onde se encontrava grande parte das criaturas.
Peter apontou a lanterna, fazendo muitas das sombras se afastarem. Porém, quando o fez, conseguiu avistar algo brilhante na relva do jardim da frente da casa.
O anel era tão relusente que a luz fazia um reflexo gigante no meio daquela escuridão.
— JOHN! ESTÁ ALI! - gritou Peter.
John avistou a luz e correu na sua direção, seguido de Peter.
John estava perto da pedra com o anel, quando uma das criaturas chutou a pedra, fazendo-a ir parar ao alcatrão.
John apontou imediatamente a luz para o caminho que teria que percorrer agora.
Correu na sua direção e conseguiu alcançar a pedra e apanhá-la.
Quando o fez, surgiu um monte de luz em forma cilíndrica à sua volta e de Peter, alcançando o céu, que os protegia dos monstros à sua volta.
John sorriu quando viu aquilo, mas deixou ânimo de lado, ao ver que Peter se tinha ferido.
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O Dia em que o Sol não voltou [CONCLUÍDO]
Ficção Científica(Livro de Ficção Científica e Paranormal) LIVRO ANTIGO! A ESCRITA PODE NÃO ESTAR TÃO BOA! "O Dia em que o Sol não voltou" conta a história de várias personagens que testemunharam o dia em que o Sol não se levantou de manhã. Com medo, tentam encont...