Capitulo 11 - Alice

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Acabei dormindo rápido, e tive um sonho estranho. Estava na escola, no pátio, não havia ninguém lá, as luzes estavam apagadas, olhei para um lado e para o outro, escutei um barulho, como um copo quebrando. Fui em direção do barulho, vinha de um corredor, entrei no corredor e havia cacos de vidros espalhados no chão, mas não havia ninguém lá.

Escutei uma porta bater, virei para trás e nada, olhei para frente e dei de cara com uma pessoa, abri a boca, para gritar, mas ele tampou.

- Não grita - disse ele em meu ouvido.

Ele tirou a mão da minha boca, olhei para seu rosto, mas seu rosto estava coberto por algo preto, só deixando seus olhos a vista, seus olhos eram azuis, da cor do mar...

Acordei assustado, estava com a respiração rápida, Bruno estava dormindo como um anjo, respirei fundo. Fiquei observando ele, um sorriso se formou em meu rosto, Bruno parecia sonhar com algo bom, pois estava com um leve sorriso.

Levantei com cuidado para não acorda-lo, desci a escada e fui para a cozinha, preparei as coisas para o café da manha e coloquei na mesa, depois de tudo pronto subi para o segundo andar.

Entrei no quarto de Mandy, ela ainda estava dormindo.

- Mandy - chamei ela - Mandy, acorda. Vai se arrumar para a escola e tomar café.

- Hummm - resmungou - Daqui a pouco.

- Agora - disse.

Ela se levantou ainda com os olhos fechados.

- Grosa - disse ela, mostrando a língua.

- Você tem dez minutos - disse - Se não estiver lá em baixo eu te busco e te levo pelo cabelo.

- Ta bom - disse ela - Já entendi.

Sai do quarto e fui para o meu, Bruno ainda estava dormindo, peguei um short e uma regata vermelha e fui no banheiro e troquei de roupa, escovei os dentes, penteei meus cabelos e prendi em um rabo-de-cavalo.

Sai do banheiro, e Bruno não estava mais deitado, estava na janela olhando para fora, fui ate ele.

- O que esta pensando? - perguntei.

Ele olhou para mim.

- Nada não - respondeu.

- Vai colocar uma roupa - disse - Depois vamos descer para tomar café, porque pelo que vi hoje nenhum de nos vamos para a escola.

- Vou lá - disse ele, chegou mais perto de mim e deu um beijo em minha testa.

Enquanto ele se trocava, desci e fui para a cozinha. Mandy já estava tomando café.

- Bom dia - disse ela.

-Bom dia - disse.

- Lice posso perguntar uma coisa?

-Pode - respondi.

- Você esta gostando de um garoto - disse ela - Mas não sabe se ele gosta de você, como você faz para ver se ele gosta ou não de você?

- Bom, eu acho... - eu não sabia o que falar, eu nunca havia chegado em um garoto e tal.

- Vê se ele olha para você - disse Bruno, entrando na cozinha e se sentou ao meu lado - Se ele se aproximar de você e ficar te olhando e porque ele ta afim.

- Obrigado - disse ela, vermelha de vergonha.

- Não foi nada - disse ele.

Quando minha mãe chegou Bruno já havia ido embora e Mandy estava na escola.

- Como você esta? - perguntou minha mãe.

- Estou muito bem - respondi - Só um pouco de tose, a febre já passou. Amanha já posso ir para a escola.

- Certeza? - perguntou.

- Certeza - respondi.

A campainha tocou, levantei e fui abri. Quando abri levei um susto.

- Dan - gritei, fui ate ele e o abracei forte, fazendo sua mala cair. Beijei sua bochecha.

- E ai loirinha - disse ele - Como você esta?

- To ótima - disse - Entra.

Ele pegou a mala no chão e entro.

- Oi Dan - disse minha mãe dando um abraço nele.

- Oi - disse ele.

- Vem - disse puxando ele para o meu quarto.

Ao chegar lá, Dan colocou a mala em um canto e se jogou na minha cama.

- O que você esta fazendo aqui? - pergunte, deitando ao lado dele.

-Bom, o colégio deu umas pequenas férias para nos então eu resolvi vim te ver - disse ele - Eu tava com saudade da minha piralha.

- Eu também estava com saudade de você grandão - disse.

- Como esta a vida? - perguntou.

- Esta boa - disse.

- Namorado? - perguntou com uma cara seria.

- Não - respondi.

- Ficante? - perguntou.

-Er... Er...

- Você esta ficando com alguém. Eu não acredito - disse ele - Você me trocou.

Ele fez uma cara de indignado.

- Troquei - disse, começamos a rir.

Estava com saudade do Dan, ele era meu melhor amigo, com ele eu podia falar qualquer coisa e depois não ficar um clima estranho.

Diários de uma garota nada normal Onde histórias criam vida. Descubra agora