Capitulo 22 - Alice

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Estou trancada no meu quarto lendo Cidade dos Ossos, me recusei a ler romance, e uma frase me chamou muita atenção. "Amar é destruir, e ser amado é ser destruído"...

Alguem bateu na porta, me tirando dos meus pensamentos.

- Querida - disse minha mãe.

- Oi mãe entra - disse.

- Eu e a sua irmã estamos indo no shopping comprar algumas coisas - disse ela - Quer ir?

- Não - respondi - Eu quero terminar esse livro, pode ir.

- Quer alguma coisa de lá? - perguntou.

- Traz alguma coisa pra eu comer - disse.

- Ok - concordou - Se cuida meu anjo.

Ela fechou a porta, respirei fundo e comecei a ler de novo.

Depois de uma hora, já tinha cansado de ler. Desci e fui para cozinha, meu celular começou a tocar, olhei no visor e vi Bruno escrito, não atendi, deixei tocando.

A campainha tocou, pensei que deveria ser Carla. Abri a porta e dei de cara com Bruno.

Mandy tinha razão ele esta mais magro, mas mesmo assim continuava lindo.

- Desculpa por ter vindo se avisar - disse ele com a voz fraca - Eu tentei lingar, mas você, como sempre, não me atendeu.

- Desculpa, eu meu celular tava aqui em baixo e não escutei - menti.

- Posso entrar? - perguntou.

- Er... Bruno eu não sei - disse, meu coração tava apertado.

- Ta, er... Desculpa - disse ele sem jeito - To! Eu só queria te mostrar isso.

Ele estendeu um envelope.

- O que é isso? - perguntei.

- O resultado do teste de DNA do filho da Alexandra - disse ele.

Meu ar sumiu, fiquei sem palavras. Fiquei com medo de pegar aquele envelope e der positivo, estava com muito medo. Respirei fundo, peguei o envelope da mão dele, por pouco nossas mãos não se encostaram.

Abri o envelope devagar, tomando coragem. Comecei a ler, negativo. NEGATIVO, o exame deu negativo. O menino não era filho do Bruno, olhei para Bruno, ele me encarava.

Devolvi o envelope pra ele.

- Isso não muda nada entre a gente - disse, querendo chorar, minha garganta ardia.

- O que? - perguntou surpreso - Eu pensei que se desse negativo, vol...

- Pensou errado - não deixei ele terminar - Eu acho melhor você ir.

- Alice...

- Bruno, por favor - disse.

Ele olhou para baixo, isso quebro meu coração. Do mesmo jeito que eu queria agarra ele eu queria sair correndo para o meu quarto, me trancar e chorar.

- A gente já conversou - disse - Eu entendo porque você não a parou enquanto te beijava, você estava em choque, e que não é pai do filho dela, que ela mentiu, mas...

- Mas o que? - agora ele parecia nervoso - Cara, você viu que ela mentiu, ela veio com uma bomba pra cima de mim, eu não tive reação, se coloca no meu lugar, inferno!

- Bruno... - não consegui mais segurar as lagrimas.

- Eu te amo - disse ele - Te amo muito. Mas eu não vou ficar esperando passar essa birra sua, eu não nunca fui assim, nem quando Alexandra me traiu, e não vai ser agora. Só não vem querer me dar valor depois que me perder.

Ele não esperou eu falar, deu as costas e saiu. Fechei a porta, escorreguei, sentado no chão, abracei meu joelho, coloquei a cobeça entre ele, e comecei a chorar.

Diários de uma garota nada normal Onde histórias criam vida. Descubra agora