Capitulo 24 - Alice

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Estava na sala com a minha mãe e Mandy, quando escutamos um estrondo. Levantei e fui ate a janela.

- O que foi isso? - perguntou minha mãe, abrindo a porta. - Meu Deus! Bateram o carro e parece que capoto.

Eu e minha mãe fomos ate o lugar do acidente.

- Meu Deus! - exclamei, reconheci o carro.

- O que foi? - perguntou minha mãe.

- O carro - disse tentando recuperar o ar - É o carro do Bruno.

Não pensei duas vezes e sai correndo, ouvi minha mãe gritar meu nome. Abaixei e vi Bruno ele estava desmaiado, sua cabeça estava sangrando, minha mãe se abaixou do meu lado.

- Vamos tirar logo ele daqui - disse ela - O carro pode explodir.

Minhas mãos estavam tremendo, lagrimas caiam sem para. As pessoas começaram a juntar, algumas ajudaram a tirar Bruno outras foram ajudar o outro motorista.

A ambulância chegou, fui junto com o Bruno. Liguei para a mãe dele.

- Alo?

- Vera - disse, minha voz era a pior por causa do choro.

- O que foi? Você esta chorando? - perguntou.

- Vera, o Bruno - disse - Ele sofreu um acidente de carro.

- O que? - ela gritou - O que aconteceu? Ele ta bem?

- Estão levando ele para o hospital - disse.

- Que hospital? - perguntou.

- Aquele do centro - disse.

- Estou indo pra lá - disse ela.

- Ai eu te explico - disse.

Já fazia duas horas que eu estava no hospital, contei tudo o que eu sabia para a mãe dele, Bruno teve que fazer uma cirurgia de emergência. O medico não aparecia.

O medico apareceu, Vera foi ate ele.

- Como esta o meu filho? - perguntou

- Apesar da cirurgia ter sido muito arriscada - disse o medico - Ele esta bem sim, e já esta acordado. Só uma de cada vez pode entrar.

Vera olhou para mim.

- Pode ir - disse - Eu espero.

- Obrigada querida - disse ela dando um beijo na minha testa.

Vi ela sumir pelo corredor. Eu tinha percebido que a gente não pode esperar, não pode ficar esperando as coisas, ficar com medo, com reseio, pois uma hora ou outra você pode perder que você ama.

Eu perdoaria o Bruno por tudo, pois eu o amava. Nunca me iria me arrepender de ficar com ele, ficaria com ela mil vezes, faria tudo de novo. Pois eu amava ele.

Meia hora passo, Vera voltou, ela disse que não havia falado nada para Bruno que eu estava aqui.

Parei na frente do quarto que Bruno estava, abri a porta devagar. Bruno estava de olhos fechados, fechei a porta e fui ate ele.

- Mãe, eu já disse que eu estou bem - disse ele.

- Eu não sou sua mãe - disse.

Ele abriu os olhos rapidamente e me olhou assustado.

- O que você ta fazendo aqui? - perguntou.

- Bom, eu vi o acidente - disse - Eu que te trouxe para o hospital.

- Obrigado - disse ele. - Mas não precisava, o carro poderia explodir.

- Eu faço tudo por você Bruno - disse.

- Mas...

- Esquece o que eu falei mais cedo - disse - Eu estava insegura. Com medo. Me perdoa?

- Se eu te perdoo? - perguntou - Se só pode estar de brincadeira. É lógico que eu perdoo você, como eu disse antes eu te amo.

- Eu também te amo - disse.

Fui ate ele e selei nossos lábios, o beijo era calmo e carinhoso.

- Você teve que esperar eu sofre um acidente, para voltar comigo - disse ele rindo - Poxa! Poderia ter dito isso mais cedo.

- Desculpa - disse rindo.

Fiquei encarando ele, ele estava com um arranhão do lado da sobrancelha e outro no queixo, e mesmo assim ele estava lindo.

- O que foi? - perguntou - Estou ficando sem graça.

- Ai meu Deus! Bruno Albuquerque esta ficando sem graça por uma menina esta o encarando - disse.

- A menina mais linda do mundo - disse - Que me ama muito.

- Convencido? Que nada - disse, dando risada.

A porta abriu e o medico entro.

- Desculpa atrapalhar, mas o horário de visita acabou - disse ele.

- Ok - concordei, virei para Bruno - Mas tarde eu volto.

Dei um selinho nele e sai.

Diários de uma garota nada normal Onde histórias criam vida. Descubra agora