Diários de uma garota nada normal

Capitulo 10 - Bruno

Eu nunca tinha me preocupado tanto com uma garota, quando fiquei sabendo que Alice estava doente algo que eu nunca senti despertou em mim. Em todos esses meus 16 anos eu só namorei uma vez, mas não deu certo, depois disso eu nunca mais namorei com ninguém só fiquei.

Quando Alice disse que eu poderia dormir lá na casa dela fique feliz, era a primeira vez que eu dormia na casa de uma garota sem segundas intenções, mas agora eu só queria ficar ali, cuidando dela.

Eu e Alice fomos para a cozinha preparar a janta.

- O que você vai fazer? - perguntei.

- Macarrão - respondeu - Tem problema?

- Não - disse.

- Vai naquele armário e pega uma panela - disse ela apontando para um armário.

Fui ate o armário e peguei uma panela, coloquei água e pus para ferver. Fizemos o molho e tudo, depois de comer fui para a minha casa pegar algumas roupas e avisar minha mãe que hoje não dormiria em casa.

Voltei para casa de Alice, já estava escuro, olhei no relógio e vi que era nove e meia da noite. Toquei a campainha, Alice atendeu, ela já estava de pijama, olhei de cima para baixo, o short era rosa com bolinhas pretas e um pouco curto e uma regata simples branca.

- Pensei que não viria mais - disse ela.

- E porque você pensou isso? - perguntei.

- Sei lá - disse ela - Vai entrar ou vai ficar parado que nem um poste ai?

Entrei, ela fechou a porta atrás de nos.

- Vem - disse ela - É... Então o quarto o quarto de hóspedes esta uma bagunça total, e eu não tive tempo de arrumar. E eu não posso deixar você dormir no sofá.

- Não me diga que vou ter que dormir no chão - disse.

- Eu estava pensando em você dormir comigo - disse ela - Mas já que você deu essa opinião, de dormir no chão...

Olhei para ela, que deu risada.

- Estou brincando - disse ela - Você dorme comigo.

Olhei com um olhar malicioso para ela.

- É só dormir - disse ela, vermelha - Sem segundas intenções.

- Eu não disse nada - levantei as mãos em forma de rendição.

- Estou seriamente pensando em deixar você dormir no chão - disse ela.

- Você não iria resistir em dormir longe de mim - disse.

- Deixa de ser convencido - disse ela - Vem logo.

Ela apagou a luz da sala e tudo ficou escuro, ela passou por mim e subiu a escada, subi atrás dela. Ela abriu a porta do quarto, como eu imaginava era todo arrumado tinha algumas prateleiras cheias de livros, uma mesinha com um notebook, algumas fotos dela com outras pessoas, uma cama de casal, um guarda-roupa enorme...

- Você fica do lado esquerdo - disse ela.

- Ok - disse.

- O banheiro é ali - disse ela apontando para uma porta.

- Hum...

- Esta tudo bem? - perguntou.

- Esta - respondi.

- Então ta - disse ela - Eu já volto, vou dar boa noite para a minha irmã.

Ela saiu do quarto, fui ate o banheiro e coloquei uma bermuda, fiquei sem camisa e voltei para o quarto, Alice estava entrando no quando ela me viu paralisou, dei um sorriso de lado.

- Pode olhar - disse - Não ligo.

- Idiota - disse, fechando a porta, ela se deitou e se cobriu. Deitei do lado dela, fui bem perto do seu rosto e lhe dei um beijo na bochecha.

- Boa noite, Alice - disse.

- Boa noite - disse ela.

- Sonhe comigo - disse.

- Ai não seria sonho e sim pesadelo - disse ela rindo.

- Engraçadinha - disse.

Virei de lado, minutos se passaram e eu ainda não havia conseguido dormir.

O que estava acontecendo comigo? Eu nunca havia sentido nada disso, nem mesmo com Bruna minha ex-namorada. Será que eu estava gostando da Alice? Não, isso é impossível, Bruno Albuquerque não se apaixona, não se apega a ninguém.

Virei-me para ela e sussurrei em seu ouvido.

- Você esta me deixando confuso, menina, por que faz isso? Por que você me deixa assim?

Respirei fundo, virei para o lado e dormi.