Capitulo 2 - Bruno

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Aquela menina é louca.

Nunca nenhuma menina havia me tratado assim. Tudo bem que eu estava com raiva e acabei a tratando mal.

Eu tinha que admitir, ela era bonita, tinha um corpo de dar inveja, seus olhos chamavam a atenção. Mas, infelizmente tinha que ser chata.

- Ih Bruno! A loirinha não que nada contigo, não – disse Matheus, meu melhor amigo – É por isso que você esta assim.

- Calado Matheus – disse nervoso.

Não estava no meu melhor dia. Sabe quando você acorda com o pé esquerdo? Pois é.

- Bruno! – alguém me chamou, olhei para trás e vi Adriana, ela era uma nerd, fiquei uma vez com ela e só, mas ela vivia me perseguindo, tudo que eu pedisse ela fazia – Eu descobri o nome da menina. É Alice Gray, dezesseis anos.

- Obrigado – disse – Por ir.

- De nada – disse ela, voltando para a mesa onde ficava.

- Quem diria em Bruno – disse Marcos – Você não conseguir pegar uma menina.

- E quem disse que eu quero ficar com ela?– disse fazendo careta.

- Esta estampado na sua cara – disse ele Marcos, caindo na gargalhada. - Só não vai ficar de quatro por ela.

- Olha quem esta entrando aqui no pátio – disse Matheus.

Olhei para trás e vi Alice entrando com mais duas pessoas, reconhecia a garota que estava ao lado dela, Aline Medeiros, ela me odiava, porque eu havia ido para cama com ela e no outro dia a dispensei, o menino eu não conhecia, e nem queria conhecer.

O intervalo todo fiquei observando ela, cada movimento, cada sorriso, cada detalhe, faltava uma aula que era de química.

Fiquei sem par nessa aula, não queria ninguém do meu lado. Alguém bateu na porta

- Desculpa professor – disse Alice – Acabei me perdendo.

- Pode entrar – disse o professor - Espero que não aconteça de novo.  Pode se sentar na segunda fileira, terceira carteira.

O professor mandou ela se sentar comigo, ela me encarou, segurei para não rir da cara dela. Ela veio ate mim e se sentou ao meu lado, fiquei encarando ela.

- Bom, alunos continuando – começou o professor – Em cada mesa a uma formula, eu quero que com o seu parceiro resoltavam e façam a experiência.

Ela foi pegar a folha, mas fui mais rápido e a peguei primeiro.

-Licença, mas eu ia ver – disse ela

- Serio? - perguntou – Nem ligo.

- Olha, eu sei que você me odeia, mas agora temos que fazer isso – disse ela seria.

- Ainda bem que você sabe que eu te odeio – disse sorvendo.

Não, eu não a odeio. Só estou tirando uma com a cara dela.

- E por que você me odeia? - perguntou me encarando.

- Porque... – eu não sabia o que falar – Vamos fazer isso ou não?

- Posso ver? - perguntou estendendo a mão.

Entreguei a folha, depois de dez minutos ela já havia acabado, a encarei sem acreditar. Como ela fez isso tudo em dez minutos?

Fomos entregar para o professor, que corrigir ali mesmo. Ganhamos um dez.

Alice deu as costas e saiu da sala, sem dar tchau nem nada.

Dei de ombros e sorri.

(...)

Cheguei em casa tarde.

Meu pai não estava, como de costume, ele era um advogado muito famoso e muito rico, isso fazia com que ele não tivesse tempo pra família.

Já minha mãe era dona de casa e um amor de pessoa.

Quando cheguei ela estava sentada no sofá.

- Oi mãe – disse.

- Oi filho – disse ela se levantando – Como foi à escola hoje?

- Normal – respondi, dando de ombros.

- Já almoçou? – perguntou.

- Comi um lanche – disse – E to sem fome. Vou para o meu quarto qualquer coisa é só chamar.

- Ok filho – disse ela.

Subi as escadas e fui ate meu quarto, joguei minha bolsa de lado e me joguei na cama.

Ser uma pessoa popular não é nem um pouco fácil. Mas tarde teria treino, eu gosto de jogar futebol, daqui algumas semanas terá um torneio, minha escola contra outra.

Acordei com minha mãe me chamando.

- O que foi? – gritei.

- Não vai treinar hoje? – perguntou.

Olhei a hora no meu celular, 16:40.

Merda! Estou atrasado.

Levantei da cama correndo, tomei uma rápida ducha, coloquei um jeans, uma camisa cinza e um tênis, arrumei uma bolsa, com minhas roupas do jogo, passei perfume e sai.

Dei um beijo em minha mãe e fui para a escola.

Cheguei lá em cima do horário, troquei de roupa,rapidamente e fui para o campo.

As liberes de torcida já haviam começado a treinar suas coreografias.

Marcele uma das liberes de torcida piscou para mim, fiquei com ela uma vez, nada mais que isso, mas ela acha que temos algo, eu nem ligo.

Começamos a treinar, Matheus vez um gol, algumas meninas gritaram, depois de um tempo fiz um gol, e as meninas também gritaram, olhei para a arquibancada, havia varias meninas, uma mais linda que a outra, mas só uma me chamou atenção, Alice. 

Diários de uma garota nada normal Onde histórias criam vida. Descubra agora