4 - Lauren - Camila

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Tentei ficar la pensando, pensando, mas obviamente não saiu nada, desisti e resolvi ir dar uma corrida em volta do meu quarteirão mesmo. Quando acabei resolvi tomar um sorvete, ao chegar la na sorveteria vi as meninas la, me sentei com elas.

- Oi.

- Nossa, Lauren que susto! - Mani. Eu ri.

- Por que não foi hoje? - Mel.

- Ah não estava afim.

- Uii ta hahaha. - Mel.

- E vocês, tão indo pra casa?

- Vou almoçar no Luke. - Mani

- Hum, bom vou la pedir meu sorvete. Até mais.

- Tchau. - as duas.

Voltei pra casa, tomei banho e mais tarde minha mãe bateu no meu quarto pra me chamar pra jantar. Sentamos os três na mesa, eu meu pai e ela. Eu comia em silêncio enquanto eles conversavam, era sempre a mesma coisa, o mesmo papo. Meu pai falando sobre as façanhas dele na mesa de operações enquanto minha mãe ria e concordava com ele como se ele fosse algum tipo de herói. Patético!! So se fosse pros pacientes dele, porque comigo nunca se importou se eu estava bem ou não. Aquilo me enojava, esse papo dos dois e quando não era ele era ela falando dos indefesos que ela salvava ganhando as causas.

Ainda bem que eu ja tinha acabado. Pedi licença e sair, não tinha estômago pra isso. Subi, liguei a televisão enquanto ia pra varanda pra fumar o resto que eu tinha da última vez que o Arin me deu.

Camila narrando

Acabei de jantar com minha mãe e minha irmãzinha e resolvi dar um pulo na casa da Lucy.

- Toma cuidado, filha.

- Tchau Mila. - minha irmãzinha de 5 anos, a Sofi.

- Tchau meu amor. - dei um beijo na bochecha dela-

Cheguei e bati na porta do quarto dela. A casa da Lucy era dois andares, so que ela fez ha uns três anos uma entrada independente da casa dela, ou seja, podia ir la sem ninguém mais da casa saber. Ela abriu e se tacou na cama de novo.

- Você nao cansa de ver isso nao? - perguntei.

- Ah Mila..me deixa. - e, ela estava vendo Era do Gelo pela milésima vez na televisão-

- Mas e ae, como foi ontem? - sentei na cama ao lado dela-

- ela me olhou de lado- Ué nao era você que não queria saber daquela festa?

- Ei, so estava tentando puxar assunto. - falei.

- Ta Mila, conta outra! Como se eu não te conhecesse... Quer saber dela..pergunta!

- Dela quem? Não sei de quem você ta falando - ela me olhou levantando a sobrancelha, nem acreditou na minha cena rsrs-

- Ta bom, eu te conto! Ela estava como sempre com aqueles amigos idiotas dela, fazendo as coisas idiotas que ela faz, pisando e xingando os outros. Se bem que aquele Keaton...meu Deus, que gatoooooooo!! - a Lucy se derretia por esse garoto, uohhh-

Mais alguma informação?? - ela ria-

- Nao, ate porque nem pedi.

- Ah taaaaaaaa. Acreditei em você!! - Lucy.

- Deveria. - de repente ela deu um grito que ate me assustei.- Que foi garota?

- Essa cena! Espera, não posso perder! - aumentou e muito o volume!-

- Você e louca sabia, garota! Tchau, vou embora antes que você estoure meus tímpanos.

Ja estava na porta e a vaca so me deu tchauzinho com a mão, nem me olhou. Tive que rir.

Voltei a pé mesmo, era bem perto. Estava passando perto da quadra de basquete que era perto de casa quando vejo alguém lá, parecia alguém conhecido, parecia o...

- Arin!

- Mila! - parando de bater a bola.

- Oi! Nossa, você sumiu hein! - abraçando ele.

- Muito trabalho Mila.- disse arremessando a bola e fazendo mais uma cesta.

Que disperdcio o que esse garoto fez com a vida dele, era um dos melhores jogadores da turma, muito melhor que esse Keaton que todos idolatram, quando resolveu entrar nessa. Uma pena mesmo!-

- Sei bem do seu trabalho! - ele me olhou entortando os lábios, era sempre assim quando a gente falava desse "trabalhinho" dele- Ok, desculpa. Mas me conta, o que você esta fazendo aqui, batendo bola sozinho a essa hora da noite? - sentei num banquinho que tinha ali-

- Rs, nada..pensando so.

- Problemas?

- Sempre ne...mas nada que eu não possa resolver.

- Tem certeza? - ele balançou a cabeça- Por que não me conta? Posso te ajudar...quem sabe te dou uma ideia brilhante..- falei rindo e pisquei pra ele. Ele riu e balançou a cabeça- Fala vai..- disse dando um tapinha no ombro dele, que ja estava do meu lado-

- O de sempre...eles sempre querem dar uma de esperto pra cima de mim.

- Quem e agora?

- Um daqueles riquinhos do colégio. Você provavelmente nem conhece.

- Quem?

- Lauren. - quando ele falou o nome dela, arregalei os olhos.

Não que eu não soubesse que ela tomava esses remédios e outras coisas que ele vendia mas nunca imaginei ela sem dinheiro pra paga-lo.

- Imaginei que você não conhecesse.

- Quanto? - ele levantou, pegou a bola e jogou de novo fazendo mais uma cesta.

- 500 dólares. - arregalei os olhos de novo. E eu estava assustada.

- E se ela não te pagar?

- Ela tem que pagar Camila, de qualquer jeito! - ele me olhou de um jeito...frio, distante, nunca vi ele me olhando assim.

Fiquei até com medo. Acho que ele percebeu porque logo mudou o olhar, e eu vi ali o meu amigo de infância de novo, meu irmão. Ele deu um sorriso meigo e me chamou pela mão

- Vem, te levo em casa.

- Ta. Arin..- o chamei enquanto ele se afastava- vai dar tudo certo. - ele so me sorriu eu dei a mão a ele e fomos até em casa

Namorada de aluguel (Camren)Onde histórias criam vida. Descubra agora