O tempo que Taehyung tem de vida é bem menor do que se imagina. Desde os oito anos, sofre com a doença arterial coronariana, uma deficiência cardíaca genética; rara em pessoas jovens, mas fatal. Mantendo-se com a ajuda de remédios, ele conta com o a...
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Jeongguk varreu o local com os olhos, procurando por gravetos perto das árvores. Uns eram muito pequenos, outros pontudos demais, outros com toda certeza teriam farpas que os machucaria assim que encostasse os dedos. Mas então, perto do tronco de uma árvore com flores de cerejeiras, viu alguns gravetos que pareciam perfeitos para simular espadas afiadas e brilhantes de piratas.
Com um sorriso no rosto, Jeongguk pegou dois dos gravetos, relativamente do mesmo tamanho, e entregou um ao Taehyung.
— São praticamente do mesmo tamanho, não vai ter desvantagem. - Disse Jeon.
— Tá. - Taehyung girou o gravetos entre seus dedos, como de fosse uma baqueta de bateria, e então voltou o olhar para o colega. — E agora? O que fazemos?
— Hum. - Jeongguk dava um olhar do tipo "não é óbvio?" — Batemos os gravetos um no outro como se fosse uma luta de espadas, até uma se quebrar.
Taehyung pareceu mudar a expressão animada por uma bem entediada.
— Só isso? - questionou em tom de decepção.
— Hum. -Repetiu Jeongguk, confuso. — Sim.
Taehyung bufou e depois colocou um sorriso nos lábios, começando a caminhar para o meio do parquinho novamente. Jeongguk o seguiu.
— Pensei que teria a mente mais aberta, Jeongguk. - Tornou a se virar para o colega, encarando os olhos tão pretos quanto um besouro.
— Como? - Cruzou os braços, ainda confuso.
— Você é um artista. Deveria ter mais imaginação...
— Mais imaginação? - Repetiu Jeongguk como se fosse algo engraçado.
— Sim. - Taehyung correu até um balanço e subiu nele, ficando de pé, tentando se equilibrar. Jeongguk foi até o colega e o olhou como se fosse algum louco. — O que você vê a nossa volta, Jeongguk?
O garoto desviou o olhar do acastanhado e observou a paisagem, ainda confuso de onde Kim queria chegar.
— Um parquinho infantil e um passeio vazio, ué. - Taehyung riu e então desceu do balanço. — O que eu deveria ver? - Perguntou por perceber que não tinha chegado na resposta que o outro queria receber.
— Vem comigo. - Segurando a mão de Jeon, o puxou até um trepa-trepa infantil, daqueles que você precisa atravessar agarrando as barras como um macaco.
Os garotos escalaram o brinquedo e por fim se acomodaram acima das barras de ferro.
Taehyung se aproximou de Jeongguk e abriu um pequeno sorriso nos lábios ao ver um vento fraco batendo sobre os fios negros, os deixando desorganizados. Jeongguk o observava com interesse, tentando adivinhar o que se passava na cabeça de Kim.
